Desempenho Físico em Idosos com Diferenciados Perfis Epidemiológicos: Análise do Estudo IMIAS (International Mobility in Aging Study) sob a Perspectiva Epidemiológica do Curso da Vida e de Biomarcadores da Inflamação e do Estresse
Idosos, desempenho físico, curso da vida, adversidade sócio-economica, biomarcadores, proteína c-reativa, cortisol
O presente estudo analisou a associação entre a adversidade no curso da vida e o desempenho físico em idosos comunitários de diferentes sociedades. Além disso, avaliou a influência de biomarcadores de inflamação e do estresse no desempenho físico desses idosos.
Métodos: Foram utilizados dados do Estudo Internacional de Mobilidade no Envelhecimento (pesquisa de base), composto por 1.995 indivíduos entre 65 e 74 anos de idade e residentes na comunidade. Desempenho físico foi avaliado através do Short Physical Performance Battery (SPPB) e da força de preensão manual. Adversidades econômica e social foram estimada a partir de eventos adversos na infância, baixo nível de educação, ocupação laboral semi-qualificada durante a idade adulta, morar sozinho e ter renda insuficiente na velhice.
A proteína c-reativa foi considerada como o biomarcador inflamatório e o cortisol como o biomarcador de estresse.
Resultados: o baixo desempenho físico foi associado a ter sofrido adversidade social e econômica na infância ter tido ocupação semi-qualificada na idade adulta, morar sozinho e possuir renda insuficiente na velhice. O baixo desempenho físico também foi associado com os altos índices de inflamação e de estresse. Além disso,o desempenho físico foi menor nos participantes que vivem na Colômbia, Brasil e Albânia do que nos que vivem no Canadá, apesar de ajuste para a adversidade no curso da vida, idade e sexo. Conclusões: Os resultados evidenciaram uma associação entre inflamação, estresse e desigualdades sociais e econômicas na infância sobre o desempenho físico durante a velhice em populações distintas.