Banca de DEFESA: JONAS RAYFE VASCONCELOS DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JONAS RAYFE VASCONCELOS DA SILVA
DATA : 02/12/2022
HORA: 08:00
LOCAL: Laboratório de Psicologia - sala 630
TÍTULO:

A ESCUTA DO DELÍRIO: DIÁLOGOS ENTRE A PSICANÁLISE E A SAÚDE MENTAL


PALAVRAS-CHAVES:

Delírio; instituição psiquiátrica; psicanálise; escuta; desinstitucionalização.


PÁGINAS: 72
RESUMO:

Trata-se de um estudo a respeito dos efeitos da escuta do delírio psicótico para a construção de processos de desinstitucionalização. O discurso delirante provoca reações antagônicas, tanto de estranheza frente a dimensão enigmática da linguagem nas psicoses, quanto de fascínio em desejar saber como o delírio se constitui para cada sujeito e o que pode operar aquele que o escuta. Na atividade de escuta aos sujeitos psicóticos, que historicamente são silenciados como uma técnica de tratamento, interrogo sobre o que pode acontecer quando o delírio é escutado e quais os efeitos que se produzem nos modos de cuidar. A interrogação que baseia esta pesquisa é: como a escuta de sujeitos psicóticos, em seus discursos ditos delirantes, pode ousar a construção de processos de desinstitucionalização? Nesta perspectiva, analisamosos efeitos da escuta do delírio como verdade singular de um sujeito. A pesquisa teve como base a orientação do método psicanalítico. O campo de pesquisa foi o Hospital Geral Dr. João Machado, componente da Rede de Atenção Psicossocial do RN, que historicamente é conhecido como uma instituição psiquiátrica, com atenção à crise em saúde mental e possibilidade de internação. Utilizei o dispositivo clínico-metodológico denominado escuta-flânerie articulada com diários das experiências do campo problemático e a ferramenta de construção do caso clínico. A aposta de trabalho com delírio não foi de confrontá-lo, buscando certa adaptação do sujeito ao discurso compartilhado, mas de levar em conta sua força reconstrutiva na estabilização psicótica, bem como a capacidade de formar laço social e tecer caminhos que apontem saídas da clausura. No trabalho da desinstitucionalização, em suas itinerâncias pelos territórios, tratou-se de delirarousando andar pelos caminhos indicados por aquilo que estava fora dos sulcos, fora dos caminhos retos da razão manicomial. Portanto, escutou-se o delírio para delirar um lugar no mundo junto com os sujeitos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1066809 - MARIO FRANCIS PETRY LONDERO
Externo à Instituição - MÁRCIO MARIATH BELLOC - UFPA
Externa à Instituição - ZAETH AGUIAR DO NASCIMENTO - UFPB
Notícia cadastrada em: 18/11/2022 16:35
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