Educação em Saúde e Educação Permanente em Saúde na Deficiência Intelectual: produção científica, capacitação e proposta de intervenção
Educação em Saúde, Educação Permanente em Saúde, Deficiência Intelectual, Adolescentes, Funcionalidade
Deficiência Intelectual (DI) é um Transtorno de Neurodesenvolvimento caracterizado por déficits funcionais no comportamento adaptativo e inteligência. A Educação em Saúde (ES) e Educação Permanente em Saúde (EPS) são paradigmas fundamentais para a compreensão de ações no campo das Políticas Públicas em Saúde no país. O objetivo da presente pesquisa é analisar a ES e EPS como estratégias de cuidado em Saúde para pessoas com DI. Os objetivos específicos são 1) analisar a produção científica sobre Educação em Saúde para pessoas com DI no cenário nacional, 2) analisar a inserção do eixo da DI nos Planos Estaduais de Educação Permanente em Saúde (PEEPS), 3) Mapear contribuições da Neuropsicologia, em termos de intervenção, com a descrição de um serviço direcionado a crianças e adolescentes com DI e 4) Elaborar proposta de intervenção para adolescentes com DI. Metodologia: A pesquisa subdivide-se em três estudos. O primeiro é revisão integrativa da literatura com pesquisa documental, em que foram identificados estudos descritivos, antigos, com baixa operacionalização conceitual e poucas propostas de intervenção no eixo da ES e baixa frequência de diretrizes específicas para DI com pouca previsão orçamentária no eixo da EPS. O segundo é um estudo teórico-descritivo em identificou como principais alvos terapêuticos no Funcionamento Sensório-motor, Linguagem, Atenção, Funções Executivas e Funcionamento Socioemocional com ênfase em atividades concretas e mediadas por Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e como principais ações de intervenção a psicoeducação e intervenções no auxílio dos Planos de Ensino Individualizado e nos Projetos Terapêuticos Singulares. O terceiro é uma proposta de intervenção, desenvolvida a partir do modelo da multidimensional, biopsicossocial e hierárquico da CIF construída a parte de protocolos de intervenção e materiais técnicos sobre a DI e que foi pensado para contemplar como alvo terapêutico os três eixos do Comportamento Adaptativo, habilidades sociais, conceituais e práticas, bem como os subcomponentes de Atividade/Participação da CIF.