“APOIO SOCIAL E O BEM-ESTAR SUBJETIVO EM GESTANTES ADOLESCENTES, ADULTAS JOVENS E TARDIAS”
Apoio Social, Bem-estar Subjetivo, Gestação.
Existem momentos considerados críticos durante o ciclo de vida da mulher: a adolescência, a gravidez e o climatério. Autores relatam que a base emocional da mãe adolescente é influenciada pelo apoio social recebido, que consequentemente acaba refletindo nos cuidados e no desenvolvimento da criança. No tocante a gestação tardia existe um aumento mundial na ocorrência desse fenômeno. Já o Bem-Estar Subjetivo pode ter impactos direto na gestação e na formação do vínculo afetivo na díade. Assim, objetivou-se analisar as relações entre escores dos constructos de apoio social e bem-estar subjetivo em gestantes adolescentes, jovens adultas e tardias. Pesquisa multimétodo sequencial, realizou-se em três estudos. 1) Revisão Integrativa dos construtos Apoio Social e Bem-estar Subjetivo. 2) Investigar a relação entre escores do apoio social e o bem-estar subjetivo e dessas entre as variáveis sociodemográficas, gestacionais e obstétricas. 3) Compreender a importância do apoio social e do bem-estar subjetivo na vivencia do período gestacional entre o público investigado. O quantitativo foi de 366 sujeitos para o Estudo II e 6 sujeitos no Estudo III. Foram incluídas puérperas adolescentes, adultas jovens e tardias internadas, internadas por motivo de parto e/ou puerpério, após 12 horas pós-parto. Excluídas puérperas que tenham tido filhos com má formação fetal, óbito fetal, prematuridade e o fato de ter engravidado fazendo uso de algum método de fertilização artificial. Instrumentos foram: Questionário estruturado, Escala de Apoio Social (EAS) e Escala de Bem-estar Subjetivo (EBES). SPSS para a estatística descritiva e inferencial, com significante nível de 5% para o erro alfa, sendo a hipótese nula rejeitada quando p<0,05. Os dados evidenciaram escores da EAS altos com valores evidenciados acima de 80 pontos, com ressalva para o grupo das gestantes tardias material (76,05), emocional (78,80) e informação (77,85), ratificado pelo teste de Kruskal-Wallis. Sobre a EBES nota-se médias aproximadas nas dimensões entre as adolescentes, adultas jovens e tardias, sem diferença estatística significativa. Houve uma correlação positiva entre a dimensão afetos positivos da EBES e com a EAS. Como possível explicação para o fato justifica-se que para o grupo de adolescentes e gestantes tardias deste estudo o apoio social se revela como uma base importante de fomento para bem-estar subjetivo e suas dimensões. E se aprofundando nessa perspectiva teórica, há estudos que relacionam escores moderados/elevados de BES a uma melhor regulação emocional. E nesse sentido, a capacidade do indivíduo em regular suas emoções, proporciona um melhor comportamento adaptativo e está conectada ao desenvolvimento de competências sociais, assim como, na manutenção de relações saudáveis. Contribuindo, assim, para uma melhor qualidade de vida das pessoas.