Estrutura genética espacial em escala fina, diversidade genética e autocorrelação espacial da Copaifera arenicola em fragmento de Mata Atlântica
Copaíba, ISSR, coancestria, estágios de vida
Devido a intensificação das atividades antrópicas, a Mata Atlântica está suscetível a processos de fragmentação ocasionando a perda da biodiversidade. Isso acarreta impactos na dispersão dos genes no espaço, bem como nos índices de diversidade das populações remanescentes. Por isso, a fim de propor medidas de manjo sustentável e conservação das espécies remanescentes o presente objetivou-se avaliar a estrutura genética espacial em escala fina, a diversidade genética e o padrão de distribuição espacial da Copaifera arenicola [(Ducke) J. Costa e L.P.Queiroz]. Sete marcadores foram utilizados para caracterizar 249, subdivididos em três estágios de vida. A percentagem média de loci polimórficos variou de 80 a 100%. Os genótipos analisados revelaram um elevado nível de diversidade genética a nível de espécie (h=0,27, I=043). A análise bayesiana detectou valor de k = 3 para a população. A Estrutura Genética Espacial (EGE) revelou uma tendência de indivíduos próximos estarem mais aparentados. Indivíduos regenerantes mantiveram a agregação até, aproximadamente 16 metros, seguindo posteriormente em completa aleatoriedade. O padrão espacial revelou agregação para todos os estágios de vida. Recomenda-se evitar coletar sementes em distâncias inferiores a 37 metros, a fim de minimizar o grau de parentesco entre os indivíduos. O entendimento e as respostas rápidas da diversidade genética garantem a eficácia das medidas conservacionistas em espécies arbóreas. O manejo florestal sustentável em associação com avaliação da estrutura genética espacial e o padrão de distribuição são bases que permitem a continuidade do tamanho populacional e da variabilidade genética nos fragmentos florestais.