CADEIA PRODUTIVA DO BABAÇU (Attalea Speciosa MART. EX SPRENG) NO TERRITÓRIO DE CIDADANIA DOS COCAIS MARANHENSE: uma visão na sustentabilidade e potencialidades
extrativismo, coco babaçu, comunidades tradicionais
A utilização de produtos florestais não madeireiros pelo homem, vem desde seus primórdios, tais produtos representam importante fonte energética, nutricional e de renda para inúmeras comunidades tradicionais. O babaçu representa para muitas famílias, no estado do Maranhão, a "Palmeira da Vida", pois desta tudo se aproveita. Essa exploração quando feita sem o devido manejo desses recursos, traz consigo danos ao ambiente. O objetivo deste trabalho é entender a cadeia produtiva do coco babaçu, seus agentes envolvidos, os produtos e subprodutos, além da análise do uso e cobertura do solo, e de que forma isso impacta nessa cadeia. Para tanto foi utilizado uma série histórica preestabelecida, para quatro municípios da zona dos cocais maranhenses Codó, Coroatá, Timbiras e Caxias. Para o uso do e ocupação do solo foram utilizados dados do MapBiomas dos anos de 1987, 2003 e 2019, permitindo assim avaliar a evolução temporal daquela região. Para os dados referentes à produção e extração vegetal, produtos, subprodutos e como a cadeia produtiva de babaçu funciona, será utilizada uma pesquisa documental e bibliográfica, assim como a extração de dados secundários de fontes oficiais. Os resultados parciais desse trabalho indicam que houve uma evolução significativa nas classes de pastagem e agricultura na região, além disso, ocorreu a diminuição de formações vegetais nativas, decorrente, principalmente, da evolução das classes anteriores. Conclui-se dessa forma, como ocorrem as transformações nos territórios dessa região e como isso pode a vir impactar a produção de babaçu.