DINÂMICA DA VEGETAÇÃO ARBUSTIVA-ARBÓREA EM UMA ÁREA DE CAATINGA DA FLORESTA NACIONAL DE AÇÚ - RN
Parâmetros fitossociológicos; Processos dinâmicos; Unidade de conservação.
A Caatinga ocupa uma área que corresponde a 11% do território nacional, onde ao longo dos anos tem sofrido com o aumento do desmatamento. A compreensão do estudo da dinâmica da floresta em áreas protegidas possibilita previsões futuras quanto ao desenvolvimento da comunidade vegetal. Partindo desse princípio, o presente trabalho objetivou avaliar possíveis mudanças florísticas e estruturais no componente arbustivo-arbóreo adulto e regenerante entre os anos 2015 e 2019. O estudo foi conduzido na Floresta Nacional de Açu, localizada no município de Assú/RN. Na amostragem até 07/2019 foram alocadas onze parcelas (4400 m²) permanentes de 20x20m (400 m²) cada, utilizando-se coordenadas geográficas das unidade de amostras instaladas em 2015. Em seguida todos os indivíduos lenhosos com circunferência a altura do peito CAP ≥ 6 cm foram mensurados. Para o estudo da regeneração natural, foram instaladas subparcelas de 1x20 m dentro de cada parcela. Medindo-se a altura dos indivíduos e posteriormente foram classificados em quatro classes de tamanho. Nos dois anos os maiores valores de densidade foram encontrados para as espécies Handroanthus impetiginosus e Cenostigma pyramidale, em 2019 essas espécies representam 24,53% e 22,57% respectivamente, em relação à densidade total da área. No ano de 2019 o número de indivíduos foi maior (1267) em relação ao ano de 2015 (1166), assim, o maior número de indivíduos encontrados para o ano de 2019 indicou um valor de área basal de 5,388 m².ha-1, enquanto o diâmetro médio e altura média foram de 4,87 cm e 4,70 m, respectivamente. Na regeneração natural as espécies com maior densidade em todas as classes de tamanho foram Handroanthus impetiginosus (114 ind.) e Bauhinia cheilantha (32 ind.). Em 2015 essas mesmas espécies obtiveram as maiores densidades (H. impetiginosus= 78 ind. e B. cheilantha= 19 ind.). Entre os anos de 2015 e 2019 observa-se algumas mudanças na florística e estrutura do componente arbustivo-arbóreo adulto e regenerante da floresta, essas mudanças são positivas, pois mostra o desenvolvimento da floresta, indicando que a mesma está sendo conservada, e os objetivos de conservação da Flona de Açu estão sendo atingidos.