Banca de DEFESA: ADRIANA MARIA ALVES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ADRIANA MARIA ALVES
DATA: 19/09/2014
HORA: 09:30
LOCAL: Sala de Aula 1
TÍTULO:

MORBIMORTALIDADE MATERNA NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ: Desvelando seus fatores à luz da bioética. 


PALAVRAS-CHAVES:

Morbimortalidade materna; Profissionais da saúde; Bioética; SUS; Obstetrícia


PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
SUBÁREA: Saúde Pública
RESUMO:

O objetivo deste trabalho, caracterizado como uma pesquisa de abordagem qualitativa de caráter exploratório descritivo, é analisar os aspectos que contribuem para a morbimortalidade materna em Mossoró-RN à luz da bioética. As informações foram coletadas entre os meses de Novembro e Dezembro de 2013, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com 16 profissionais de saúde, sendo metade deles trabalhadores de Atenção Primária à Saúde e a outra metade de urgência obstétrica, e 04 mulheres que tiveram gravidez de alto risco com internação em UTI. O número de profissionais e de mulheres foi determinado pelo método da saturação na coleta de informações em pesquisas qualitativas. As entrevistas foram transcritas e submetidas a técnica de análise de conteúdo, especificamente a análise temática, possibilitando um aprofundamento e ultrapassando o conteúdo das falas. Diante disso, foram construídas três categorias de análise, a saber: a atenção à gestante no município de Mossoró/RN; os fatores que contribuem para a morbimortalidade materna em Mossoró/RN; e a morte de perto: O  relato de gestantes de alto risco que foram internadas em Unidade de Terapia Intensiva. A interpretação das informações analisadas revelaram a realidade difícil da rede de atenção à gestante no município, nos seus três níveis, apontam alguns fatores que contribuem com o aumento da morbimortalidade materna e estes correlacionados  com os princípios da bioética de BEAUCHAMP & CHILDRESS e os princípios da  Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos da UNESCO, sugerem algumas ações que poderiam diminuir este índice, relatam como lidam e percebem a morte materna e os sentimentos envolvidos, e relatam também a vivência de mulheres que tiveram risco de morte  na gestação. Percebemos então, na fala dos profissionais a necessidade de pôr em prática o que já existe na teoria, nos protocolos, manuais e portarias do Governo Federal. Mais uma vez sabemos o que precisa ser feito para reduzir a mortalidade materna e melhorar a qualidade da atenção, porém não há iniciativa concreta para que se efetive tudo isso e tenhamos o resultado esperado. O que existe é negligência não de todos, mas de todas as partes. Precisamos inicialmente capacitar os gestores e sensibiliza-los para essa temática. Os cidadãos também precisam ser empoderados de seus direitos e conhecedores das políticas públicas, para que possam cobrar dos serviços e dos gestores seu cumprimento. Por último precisamos sensibilizar os profissionais na busca de conhecimentos e na luta por melhores condições de trabalho, recursos humanos suficientes  e de salário, para também cobrar deles a excelência no atendimento. Desta forma os profissionais entendem que teremos menores números da mortalidade materna e maior satisfação dos usuários do SUS, especialmente neste caso, das mulheres que necessitam do serviço de obstetrícia.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1674041 - ANA KARENINA DE MELO ARRAES AMORIM
Externo à Instituição - FATIMA RAQUEL ROSADO MORAIS - UERN
Presidente - 4308027 - KARLA PATRICIA CARDOSO AMORIM
Notícia cadastrada em: 04/09/2014 16:26
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