DA GRADUAÇÃO À RESIDÊNCIA: PERSPECTIVA E ANÁLISE DOS PROCESSOS FORMATIVOS NA VISÃO DO RESIDENTE EM SAÚDE
Internato não médico. Educação Superior. Formação Profissional em Saúde. Educação Interprofissional. Formação baseada em competências.
As transformações na sociedade e no processo saúde-doença no Brasil evidenciam a importância de se ter profissionais e serviços que atuem mediante as necessidades em saúde, de maneira a fortalecerem os preceitos do SUS. Nessa perspectiva, dá-se ênfase ao trabalho interprofissional, colaborativo, mediante práticas de ensino emancipatórias, que promovam a conexão teórico-prática, a serem desenvolvidas no campo da graduação e pós-graduação. Desse modo, esse estudo objetiva analisar como se dá a formação acadêmica nas Instituições de Educação Superior e nos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde do Nordeste Brasileiro. A população do estudo é composta por residentes do segundo ano vinculados aos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde do Nordeste do Brasil que tenham como área de concentração as seguintes denominações: Saúde da Família, Saúde da Família e Comunidade, Atenção Básica, Atenção Primária à Saúde e Saúde Coletiva. A coleta de dados será realizada em dois momentos, considerando que será desenvolvido um estudo quantitivo e um estudo qualitativo. A coleta de dados quantitativos será por meio de questionário eletrônico auto-preenchido na plataforma google forms, a partir de características sócio-demográficas dos participantes e questões que objetivam compreender aspectos da trajetória formativa do residente na graduação e na residência. Para o estudo qualitativo será realizada entrevista a partir de roteiro semiestruturado, por meio de plataforma de reuniões online (google meet). Como resultados preliminares do estudo, identifica-se que a maioria dos participantes é do sexo feminino, com menos de 5 anos de formação na graduação, idade inferior à 30 anos; O local de formação na graduação se deu, em sua maior parte, em instituições públicas, no interior dos Estados do Brasil. Destaca-se que a maioria dos aspectos julgados pelos residentes, como interprofissionalidade, educação permanente e comunicação, foi vivenciado de forma mais intensa nos PRMS. Enquanto na avaliação dos PRMS é visto que a interprofissionalidade é o item melhor avaliado e o suporte dos preceptores foi avaliado com os menores conceitos.