RECURSOS HÍDRICOS E MUDANÇAS CLIMÁTICAS: CONTRIBUIÇÕES PARA GOVERNANÇA ADAPTATIVA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
Região Semiárida. Recursos Hídricos. Mudanças Climáticas. Governança Adaptativa.
A região semiárida brasileira é caracterizada por uma intensa variabilidade climática, com chuvas irregulares, longos períodos de estiagens e secas recorrentes. Com o aumento de temperatura associado à mudança climática decorrente do aquecimento global, independente do volume de chuvas, haverá impactos na disponibilidade de água. Tendo em vista a complexidade já existente na gestão de recursos hídricos, esses novos agravantes excedem a capacidade da região em operar respostas aos novos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Dessa forma, o problema dessa dissertação desenvolve-se a partir do seguinte questionamento: a aplicação da governança adaptativa na gestão dos recursos hídricos garante a maior capacidade dos governos em operar respostas aos impactos das mudanças climáticas? O objetivo desta dissertação é compreender, no âmbito da região semiárida do estado do Rio Grande do Norte, como a governança adaptativa pode contribuir para construção da adaptação climática na gestão dos recursos hídricos. Para atingir tal objetivo, serão utilizadas a entrevista e o grupo focal como principais recursos de coleta de dados, com enfoque na abordagem qualitativa. Como resultados pretende-se apresentar uma série de dados que demonstram os principais impactos das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos no estado; as principais apreensões dos atores envolvidos na gestão de recursos hídricos no estado, sobre as mudanças climáticas; a identificação da estrutura política-institucional e as estratégias de gestão para minimizar os efeitos da seca no estado, a partir daí, será feito uma reflexão sobre o que tem contribuído para adaptação e quais são os desafios à gestão hídrica no contexto das mudanças climáticas e; a apresentação de estratégias que contribuirão para uma proposta de governança adaptativa dos recursos hídricos, sendo um começo para incorporar, efetivamente, a discussão sobre as mudanças climáticas na agenda ambiental do governo.