MOBILIDADE URBANA E ORGANIZAÇÃO SÓCIO-ESPACIAL NA REGIÃO METROPOLITANA FUNCIONAL DE NATAL
Organização sócio-espacial, mobilidade urbana, transporte público coletivo.
Diante da complexidade que envolve o processo de desenvolvimento do espaço urbano, o conceito de organização sócio-espacial apresenta-se como orientação teórico-metodológica para compreender os processos simultâneos de produção e funcionamento desse espaço. Nesse sentido, esta pesquisa empenhou-se em compreender a mobilidade urbana mediante a perspectiva da organização sócio-espacial, averiguando as limitações impostas à rede de atuação do Sistema de Transporte Público Coletivo Urbano, tendo como área de estudo a Região Metropolitana Funcional de Natal. Para tal fim, buscou-se, inicialmente, compreender a organização sócio-espacial da Região Metropolitana Funcional de Natal, baseando-se na análise associada da estrutura de circulação e da distribuição populacional, sendo possível a delimitação de áreas para as variáveis densidade demográfica e rendimento médio mensal. E, ainda, a partir da análise de centralidades, mediante a identificação da formação e/ou consolidação de novas áreas centrais – em escala metropolitana – como polos geradores (ou intensificadores) de fluxos. Tal análise baseou-se na identificação de concentrações de unidades locais de atividades empregatícias e da apreensão das interações espaciais entre as cidades que compõem a Região Metropolitana Funcional de Natal, considerando a movimentação pendular motivada pelo deslocamento residência-trabalho. Por fim, buscou-se compreender os efeitos desta organização espacial no Sistema de Transporte Público Coletivo a partir da sua rede física de atuação, limitando-se a categoria transporte regular (modal ônibus). Com o apoio de ferramentas de Análise Espacial e da utilização de dados primários e secundários, de fontes diversas, as análises realizadas possibilitaram constatar as influências na rede de Transporte Público Coletivo, evidenciando um modelo de desenvolvimento marcado pelas desigualdades e pelas dificuldades de acesso impostas ao cidadão metropolitano