Banca de DEFESA: KALINE MURIEL DE FIGUEIREDO GOMES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KALINE MURIEL DE FIGUEIREDO GOMES
DATA : 19/12/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Vídeo conferência
TÍTULO:

EVOLUCAO DO USO E OCUPACAO DO SOLO E SEUS IMPACTOS NA VAZAO DA BACIA HIDROGRAFICA DO RIO MAXARANGUAPE: UMA ANALISE HISTORICA E DE MODELAGEM HIDROLOGICA


PALAVRAS-CHAVES:

Recursos hídricos, desmatamento, SWAT, InVEST


PÁGINAS: 110
RESUMO:

A expansão agrícola sem planejamento acelera a transformação do uso e ocupação do solo, pressionando os ecossistemas naturais e prejudicando os recursos hídricos. Embora haja extensas áreas desmatadas no Brasil, a expansão agrícola ainda se dá sobre os ecossistemas naturais, como a Bacia Hidrográfica do Rio Maxaranguape, onde essa pressão se manifesta acentuadamente, com a conversão de áreas naturais em áreas agrícolas. O objetivo deste estudo foi analisar a evolução do uso e ocupação do solo e seus impactos no regime de vazões da bacia hidrográfica do Rio Maxaranguape, a partir da análise de tendência de variáveis hidroclimáticas e modelagem hidrológica. Neste último, foram considerados dois cenários: um otimista (S1), onde a expansão agrícola ocorre sobre as áreas degradadas de pastagem; e o outro cenário de tendência atual (S2), em que a expansão agrícola ocorre sobre a vegetação natural. A análise de tendência das séries históricas de precipitação e evapotranspiração não indicaram uma alteração significativa, por outro lado, a análise da vazão média indicou uma diminuição significativa de 0,07 m³s -1 por ano (2,28% por ano da vazão média anual). Na análise de uso e ocupação do solo percebeu-se que a taxa de expansão agrícola de cresce 5,8 km²/ano na bacia hidrográfica. Essa taxa foi a base para projetar por 15 anos os cenários S1 e S2, que resultaram em um aumento de 5% e 9% da área agrícola, respectivamente. O impacto dessa expansão resultou em um aumento no escoamento superficial de 11,8% e de 13,2%, enquanto o fluxo subterrâneo sofreu um decréscimo de 0,6% e 1,1% nos cenários S1 e S2, respectivamente. De modo geral, os resultados mostraram que, em ambos os cenários, observou-se um decréscimo nas vazões mínimas e um aumento nas vazões máximas, mas com padrões distintos conforme o trecho de rio da bacia hidrográfica avaliado. Para todos os trechos de rios analisados o cenário de tendência atual (S2) reduziu mais a vazão mínima, sobretudo as vazões mínimas de maior magnitude. A queda na vazão mínima fragiliza a disponibilidade hídrica e, considerando a ocorrência de secas frequentes no nordeste brasileiro, o cenário de tendência atual S2 promove maior insegurança hídrica. Por outro lado, a expansão agrícola sobre as áreas de pastagem degradadas (S1), um cenário aceitável, traria um menor desserviço hidrológico, pois impediria o avanço das áreas agrícolas sobre a vegetação natural e diminuiria o impacto na disponibilidade hídrica.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2411669 - JONATHAN MOTA DA SILVA
Interna - ***.212.764-** - DANIELE TÔRRES RODRIGUES - UFPI
Externa ao Programa - 2190974 - JOANA DARC FREIRE DE MEDEIROS - UFRNExterno à Instituição - FABRÍCIO DANIEL DOS SANTOS SILVA - UFAL
Externo à Instituição - JEAN LEITE TAVARES - IFRN
Notícia cadastrada em: 22/11/2024 14:02
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