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Dissertations |
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HELDER JOSÉ FARIAS DA SILVA
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ANÁLISE DE TENDÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO SAZONAL E INTERANUAL DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO PARA O ESTADO DO ACRE – BRASIL
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Advisor : PAULO SERGIO LUCIO
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COMMITTEE MEMBERS :
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PAULO SERGIO LUCIO
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BERGSON GUEDES BEZERRA
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CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA
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MARIA HELENA CONSTANTINO SPYRIDES
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JOSEMIR ARAÚJO NEVES
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Data: Mar 13, 2015
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Show Abstract
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Esta pesquisa se propôs a investigar aspectos climatológicos (caracterização) mensais, sazonais, anuais e interdecadais da Evapotranspiração potencial para o estado do Acre a fim de compreender melhor sua variabilidade temporal e espacial e identificar possíveis tendências na região, tendo como unidades de estudos os municípios de Rio Branco, capital do Estado, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, considerando um período de 35 anos: 1980 a 2014, a partir de dados mensais de estações meteorológicas de superfície do Instituto de Nacional de Meteorologia. Como metodologia adotou-se realizar, primeiramente, a consistência dos dados meteorológicos desta forma foi feito o preenchimento de falhas através da imputação de dados na série temporal por meio da imputação multivariada, na seqüência foram realizados testes estatísticos de homogeneidade, de tendência (Mann-kendall) e do estimador de Sen's (magnitude), assim como os testes de t-student e Mann-Whitney para identificar a partir de que ano a tendência passou a ser significativa. E por fim, a técnica de Análise de Variância - ANOVA foi adotada a fim de verificar se há diferença significativa nas médias anuais da evapotranspiração entre as localidades. O método indireto de Penmann-Montheith foi utilizado para o cálculo da Evapotranspiração potencial. Os resultados deste trabalho, permitiram concluir que a média anual da ETp é de 3,78, 2,90 e 2,80 mm dia ano-1, para Rio Branco, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, respectivamente. Apresentando sinal sazonal bastante marcante com um mínimo em junho e um máximo em outubro. Pela ANOVA foi verificada que as médias entre as localidades diferem estatisticamente para um nível de significância de 1%. A década de 2000 foi a que apresentou os anos com maiores valores de evapotranspiração, associados à fase fria da ODP, e a década de 80 os de menores, associada à fase quente da ODP, para as três localidades. Mediante análise do teste de Mann-kendall, verificou-se tendência de elevação de 0,10 mm/década, aproximadamente, na evapotranspiração potencial na escala anual e sazonal, com exceção do verão na localidade de Cruzeiro do Sul. Esta tendência tronou-se estatisticamente significativa a partir dos anos: 2000, 1996 e 1988/90 para as localidades de Rio Branco, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, respectivamente. Para análise de tendência dos parâmetros meteorológicos que condicionam a ETp foi observado tendência positivo/negativa em nível de 5% de significância, com exceção do Déficit de Pressão de Vapor que não apresentou incremento/declínio nas escalas anual ou sazonal.
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JORIO BEZERRA CABRAL JUNIOR
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ESTIMATIVAS, VARIABILIDADE E ANÁLISE DE TENDÊNCIA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA, EM PERÍMETROS IRRIGADOS, NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE BRASILEIRO
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Advisor : CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA
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COMMITTEE MEMBERS :
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CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA
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BERGSON GUEDES BEZERRA
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MARIA HELENA CONSTANTINO SPYRIDES
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CARLOS ANTONIO COSTA DOS SANTOS
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HERMES ALVES DE ALMEIDA
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Data: Jun 29, 2015
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Show Abstract
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A variabilidade/mudança climática tem gerado grandes preocupações em nível mundial, sendo uma das grandes questões o aquecimento global, que pode está afetando a disponibilidade dos recursos hídricos em perímetros irrigados. No semiárido do Nordeste brasileiro sabe-se que há predominância de déficit hídrico, porém pouco se conhece sobre tendências em séries climatológicas da perda conjunta de água por evaporação e transpiração (evapotranspiração). Por isso, neste trabalho procurou-se analisar se há indícios de aumento e/ou diminuição no regime da evapotranspiração de referência (ETo), nas escalas mensal, anual e interdecadal no polo irrigado das localidades de Juazeiro, BA (9°24’S; 40°26’W e 375,5m) e Petrolina, PE (09°09’S, 40°22’W e 376m), sendo essa análise o objetivo principal. De posse dos dados meteorológicos diários, disponibilizados pela EMBRAPA Semiárido, no período de 01.01.1976 a 31.12.2014, estimou-se a ETo diária utilizando-se o método padrão de Penman-Monteith (EToPM) parametrizado por Smith (1991). Outros métodos de estimativas mais simplificados foram calculados e comparados à EToPM, sendo: Radiação Solar (EToRS), Linacre (EToL), Hargreaves e Samani (EToHS) e o método do Tanque Classe A (EToTCA). As principais análises estatísticas foram os testes não paramétricos de homogeneidade (Run), de tendência (Mann-kendall), magnitude da tendência (Sen) e detecção de início da tendência (Mann-Whitney), a significância estatística adotada foi de 5 e/ou 1%. A técnica de Análise de Variância - ANOVA foi aplicada para averiguar se há diferença significativa nas médias interdecadais. Para efeitos comparativos entre os métodos de ETo, foram utilizados a correlação (r), o teste t-student e Tukey aos níveis de 5% de significância. E por fim, as estatísticas de Willmott et al. (1985) foi utilizada para avaliar o índice de concordância e de desempenho dos métodos simplificados comparados ao método padrão. Obteve-se como principais resultados que houve diminuição na série temporal da EToPM nos perímetros irrigados de Juazeiro, BA e Petrolina, PE, significativos respectivamente a 1 e 5%, com uma magnitude anual de -14,5 mm (Juazeiro) e -7,7 mm (Petrolina) e início da tendência em 1996. Os métodos de melhor concordância com a EToPM foi a EToRS com desempenho muito bom, nas duas localidades, seguido pelo método da EToL com desempenho bom (Juazeiro) e mediano (Petrolina). A EToHS obteve o pior desempenho (péssimo), para as duas localidades. É sugerido neste que a diminuição da EToPM pode está associado ao aumento das áreas agrícolas irrigadas e da construção do lago de Sobradinho à montante dos perímetros.
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JOSÉ PEDRO DA SILVA JÚNIOR
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DESENVOLVIMENTO DE UM MAGNETÔMETRO FLUXGATE PARA ESTUDOS DE CLIMA ESPACIAL E AEROESPACIAL
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Advisor : JOSE HUMBERTO DE ARAUJO
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COMMITTEE MEMBERS :
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DAVID MENDES
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JOSE HUMBERTO DE ARAUJO
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NEDNALDO DANTAS DOS SANTOS
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Data: Jul 30, 2015
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Show Abstract
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Neste trabalho foi desenvolvido um magnetômetro, em que toda a etapa de conversão de sinais e aquisição de dados foi realizada por software, constituída unicamente de um sensor de fluxo saturado, comercial. O magnetômetro possui alta sensibilidade para medir campos magnéticos de baixa intensidade, estático ou de pequenas variações. Esse tipo de sensor funciona a partir da saturação de um material ferromagnético utilizado como núcleo. Foram elaborados dois programas. O primeiro em linguagem Labview, esse faz a comunicação entre o sensor e o usuário através de um computador, o aplicativo produzido é responsável pela obtenção e armazenamento dos dados referentes ao sinal de saída do sensor. O segundo programa feito em linguagem Java é incumbido pela conversão dos dados para assim estudá-los, além de armazená-los em vários formatos e construir gráficos. Os resultados obtidos são de grande importância para estudos do comportamento do campo geomagnético, pois as variações de fluxo magnético podem induzir correntes elétricas na superfície e assim afetar a distribuição de energia elétrica e também os sistemas de telecomunicações. Mostrou-se que é possível, com este magnetômetro, estudar as variações de campos em tempestades magnéticas e em períodos considerados calmos.
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ABIMAEL AMARO XAVIER BARBOSA
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ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE ATIVIDADES GEOMAGNÉTICAS E CINTILAÇÕES DE SINAIS DE GPS EM NATAL-RN (BRASIL)
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Advisor : ENIVALDO BONELLI
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COMMITTEE MEMBERS :
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ENIVALDO BONELLI
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GILVAN LUIZ BORBA
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JOSE HENRIQUE FERNANDEZ
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RICARDO ARLEN BURITI DA COSTA
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Data: Jul 31, 2015
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Show Abstract
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Criado no início da década de setenta, o Sistema de Posicionamento Global (GPS) chega aos meados da segunda década do século 21 com sua popularização através de softwares que podem ser facilmente utilizados em aparelhos celulares e em painéis de automóveis. Além disso, a navegação aérea brasileira utiliza tal sistema de satélites como um de seus meios de orientação. Tais fatos tornam os problemas relacionados ao uso de serviços de localização por GPS em assuntos de interesse social. Dentre esses problemas estão as cintilações, que são súbitas mudanças na amplitude e/ou fase da onda eletromagnética que ocorrem quando esta atravessa regiões de irregularidades na densidade eletrônica da ionosfera, camada atmosférica situada entre 50 Km e 2000 Km de altitude. Entre as causas da formação de tais irregularidades, conhecidas como bolhas de plasma, há o acentuado crescimento do campo elétrico zonal durante as últimas horas da tarde devido ao efeito dínamo na camada F e à diminuição da condutividade elétrica na camada E, criando, assim, o pico de pré-reversão com intenso aumento da deriva vertical do plasma ionosférico antes da sua inversão, quando a ionosfera desce, após o pôr do Sol, produzindo uma instabilidade, segundo o modelo de Rayleigh-Taylor. No Brasil, a ocorrência desse processo é mais intensa entre os meses de Setembro e Abril, de modo que as cintilações são mais frequentes nesse período. Estudos tem relacionado o comportamento desse fenômeno eletromagnético na região brasileira com tempestades geomagnéticas por meio de modelos de campos elétricos perturbados nas proximidades do equador magnético. Este trabalho, então, visando identificar a relação entre cintilações de GPS em Natal-RN (Brasil) e perturbações geomagnéticas de quaisquer intensidades e variações, fez analises do comportamento ionosférico e das variações do índice Dst (Disturbance storm time) concernente a épocas distintas do ciclo solar do período entre os anos de 2000 e 2014. Parte dos dados desta pesquisa se originou no observatório da UFRN, a partir de uma placa GEC Plessey ligada a uma antena ANP –C 114 3 modificada pelo grupo Cornell University’s Space Plasma Physics de modo a operar o ScintMon, um programa de monitoramento de GPS. Neste estudo, portanto, foram constatados vários casos de cintilações inibidas após a fase principal de tempestades magnéticas, fato que, juntamente com outros, corroboraram com a categorização de Aarons (1991) e com os modelos de dínamo pertubado (de acordo com Bonelli, 2008) e de penetração over-shielding, defendido por Kelley et al. (1979) e Abdu (2011) [4]. Além dessas constatações, foram notados diferentes aspectos morfológicos em tais perturbações no sinal de GPS de acordo com atividades magnéticas precedentes. Também foi constatada uma relação moderada entre a taxa de variação do Dst (de horário específico) e o S4 médio do sinal noturno, por meio de uma função polinomial. Tal constatação, portanto, corroborando com Ilma et al. (2012) [17], é uma importante evidência de que as cintilações de GPS não são diretamente controladas por indução magnética de tempestades. Ao concluir este trabalho, essa relação também se mostrou como um meio de previsão parcial de cintilações.
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LIDIA GABRIELA RODRIGUES DE SOUZA
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Estudo da variabilidade da precipitação das capitais do Nordeste do Brasil por meio de Transformada Wavelet.
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Advisor : JOAO MEDEIROS DE ARAUJO
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COMMITTEE MEMBERS :
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JOAO MEDEIROS DE ARAUJO
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CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA
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JOSEMIR ARAÚJO NEVES
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Data: Aug 17, 2015
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Show Abstract
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O estudo sobre o clima vem crescendo constantemente no decorrer dos últimos anos e a precipitação é uma das variáveis em destaque para essa finalidade. Neste estudo levando em consideração as dimensões territoriais e as distinções físico-climáticas existentes entre os estados do Nordeste Brasileiro (NEB), objetiva-se estudar as oscilações da precipitação no NEB, no período de 1961 a 2010, tendo como referência as médias mensais das capitais da região. Para tanto, inicialmente foi feita a descrição dos principais sistemas meteorológicos geradores de chuva na região e em seguida a análise dos dados com o auxílio da estatística descritiva, assim como a divisão dos nove estados em três grupos homogêneos com o auxilio de cluster, por meio de K-Means e a Análise dos Componentes Principais, para assim poder observar as séries temporais. Partindo dessas questões, fez-se uso da Transformada Wavelet (TW), a qual se apresenta como ferramenta eficaz na obtenção da variabilidade periódica num dado recorte temporal dos elementos meteorológicos, visando detectar alterações no padrão da precipitação. Os resultados são apresentados a partir das TW, a fim de visualizar as oscilações. Tais resultados possuem importância nos estudos climáticos, pois são obtidos por meio de um método que se utiliza de representações de tempo e frequência de forma simultânea e precisa, permitindo a análise de qualquer serie temporal.
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CLEITON CRUZ SERAFIM
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ESTUDO DA VARIABILIDADE DA VELOCIDADE DE DERIVA VERTICAL DO PLASMA IONOSFÉRICO SOBRE A REGIÃO DE NATAL/RN, FORTALEZA/CE E CACHOEIRA PAULISTA/SP NOS PERÍODOS DE TEMPESTADES MAGNÉTICAS PARA O MÁXIMO SOLAR 2000.
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Advisor : GILVAN LUIZ BORBA
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COMMITTEE MEMBERS :
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DAVID MENDES
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GILVAN LUIZ BORBA
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JOÃO GUALBERTO DE CERQUEIRA JÚNIOR
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Data: Aug 18, 2015
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Show Abstract
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Neste trabalho, estão sendo apresentados os resultados da investigação sobre a variação da velocidade do pico de pré-reversão de deriva vertical do plasma ionosférico que comumente ocorre nos períodos próximos ao pôr-do-sol (entre 21UT – 22UT) para os municípios de Natal/RN (33.7º O, 5.6º S), Fortaleza/CE (38.45º O, 3.9º S) e Cachoeira Paulista/SP (45.0ºO, 22.7º S). Os dados (ionogramas) de altura virtual () em função da frequência emitida para a região Fda ionosfera foram obtidos junto ao Centro de Lançamento da Barreira do Inferno – CLBI, localizado em Natal, ainda se obteve dados junto às cidades de Fortaleza e cachoeira Paulista. Esses dados foram coletados por meio da ionossonda tipo CADI (Canadian Advanced Digital Ionosonde) para as cidades de Natal e Fortaleza, e pela digissonda DPS para a cidade de Cachoeira Paulista. Foram considerados apenas os dados de 2000, ano de solar máximo, para os meses com tempestades magnéticas e para períodos calmos. Para identificação dos períodos com tempestades magnéticas e períodos calmos utilizou-se o índice Dst (Disturbance Storm Time) que pode ser obtido a partir do seguinte endereço: http://lasp.colorado.edu/space_weather/dsttemerin/archive/dst_years.html, bem como também se utilizou o índice Kp. A partir dos dados foi possível reduzir os parâmetros ionosféricos desejados para as alturas virtuais de 5 e 6MHz utilizando o programa ionocadi para as cidades de Natal e Fortaleza, e para Cachoeira Paulista utilizou-se do software SAO-Explorer para obter as alturas reais. Com os dados de alturas virtuais () e reais reduzidos para as respectivas frequências anteriormente citadas, o passo seguinte foi o cálculo do , que se deu por meio da média entre as velocidades para as frequências de 5 e 6MHz para as respectivas cidades estudadas nesse trabalho. Com resultados para a velocidade de deriva vertical da região F ionosférica pode-se verificar as influências das tempestades magnéticas nos resultados, como exemplo, podemos citar a penetração de campos elétricos, bem como também campos elétricos do dínamo perturbado.
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LAYARA CAMPELO DOS REIS
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AGRONEGÓCIO E VARIABILIDADE CLIMÁTICA: UM ESTUDO CLIMATOLÓGICO E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A PRODUTIVIDADE DA SOJA NO MUNICÍPIO DE BOM JESUS (PI)
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Advisor : CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA
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COMMITTEE MEMBERS :
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CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA
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BERGSON GUEDES BEZERRA
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LARA DE MELO BARBOSA ANDRADE
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MARIA HELENA CONSTANTINO SPYRIDES
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DANIELLE BARROS FERREIRA
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Data: Nov 13, 2015
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Show Abstract
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Nos últimos anos o município de Bom Jesus (PI) passou a figurar como uma região de grande potencial para produção de soja (Glycine max (L.) Merrill) em larga escala. Esta cultura agrícola ganha espaço nos cerrados bonjesuenses apresentando, no decorrer dos anos, crescimento exponencial de áreas cultivadas. Entretanto, a produtividade não acompanha esse mesmo ritmo de crescimento, passando por períodos de oscilações, ainda que exista disponível um grande suporte de tecnologias, materiais genéticos de maior potencial produtivo, uso de técnicas de manejo e correção do solo e da crescente qualificação dos produtores rurais. Portanto, no presente estudo, considerou-se que as condições climáticas exercem uma ação limitante às máximas produtividades de soja neste município. Diante desse contexto, a pesquisa visa analisar possíveis tendências em variáveis meteorológicas que possam influenciar na produtividade da soja no município de Bom Jesus. Para tanto utilizaram-se diferentes conjuntos de dados meteorológicos: i) dados diários de dois períodos (1984-2014) e (1974-2014), ambos obtidos a partir do banco de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET); ii) Normais Climatológicas do Brasil de 1961-1990 do INMET; iii) dados de produção agrícola municipal da cultura da soja dos anos/safras de 1997/1998 a 2012/2013 obtidos no banco de dados de Produção Agrícola Municipal (PAM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nas análises foram realizados cálculos para o cômputo das Normais Climatológicas (1984-2014) e aplicações estatísticas. Dentre os métodos estatísticos foram realizados: i) o teste de Wilcoxon – pareado para avaliar as diferenças entre as climatologias dos períodos de 1961-90 e 1984-14; ii) o teste de tendência (Mann-Kendall), no intuito de analisar a tendência de variação dos dados agrometeorológicos (precipitação, temperatura máxima, temperatura mínima e amplitude diurna da temperatura – DTR); iii) análise multivariada (análise de Cluster) pelo método de Ward e o teste de correlação de Spearman (rs), para identificar a relação entre os dados agrometeorológicos e dados de variabilidade anual da produtividade da soja. Para a aplicação dos testes o estudo adotou nível de significância estatística de 5%. Os resultados apresentados indicam que a sazonalidade da climatologia de 1984-2014 apresentou mudanças com relação à climatologia passada em todas as variáveis analisadas, exceto na insolação e na precipitação. Quanto à variabilidade dos elementos agrometeorológicos, observaram-se tendência negativa significativa para a precipitação no mês de outubro e positiva significativa no mês de dezembro, as quais constatam alterações nos padrões do clima local, demonstrado pelo atraso da retomada do período chuvoso, que poderá ser considerado na condução de medidas de planejamento para a definição da época de semeadura do cultivo da soja. Foi possível identificar também tendências positivas com significâncias estatísticas, na temperatura máxima, para todos os meses que fazem parte do ciclo da soja (novembro - abril), que por sua vez tenderá a provocar efeitos adversos sobre a fisiologia da cultura, e consequentemente impactos no rendimento final. Notou-se uma correlação positiva significativa entre a produtividade de soja e a precipitação no mês de março, apontando que períodos de estiagens neste mês são prejudiciais para o desenvolvimento da cultura da soja. Quanto à correlação entre as variáveis (temperatura máxima, mínima e DTR) e a variabilidade anual da produtividade da soja, o resultado do teste não mostrou correlação com significância estatística para o período analisado, visto que considerando a faixa recomendada para o desenvolvimento do cultivo, estas variáveis climáticas não são fatores limitantes na produtividade final da soja no município de Bom Jesus (PI). Assim, espera-se que este estudo possa contribuir para a proposição de medidas estratégias de planejamento, que levam em conta o papel da variabilidade climática sobre a produtividade final da cultura da soja.
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MAURÍCIO LIMA DE ALCÂNTARA
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UM ESTUDO SOBRE A INFLUÊNCIA DO CICLO SOLAR NOS FATORES CLIMATOLÓGICOS DE NATAL - RN
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Advisor : GILVAN LUIZ BORBA
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COMMITTEE MEMBERS :
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GILVAN LUIZ BORBA
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DAVID MENDES
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MARIO PEREIRA DA SILVA
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NEDNALDO DANTAS DOS SANTOS
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Data: Nov 27, 2015
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Show Abstract
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Resumo
Compreender mudanças climáticas é um assunto de extrema importância e tem estimulado inúmeras pesquisas. Grande parte do aumento observado na temperatura da superfície global sobre os últimos anos ocorreu antes de 1940 e depois de 1980. As principais causas relacionadas são a variabilidade solar, mudanças na atmosfera, conteúdo de gás de efeito estufa ou enxofre devido à ação natural ou antrópica, ou variabilidade interna do sistema oceano-atmosfera. O magnetismo e as tempestades magnéticas têm sido raramente citados, e as evidências para conexões entre clima e estes eventos têm recebido pouca atenção. Relatos indicam que pode exister uma correlação entre mudanças na amplitude das variações geomagnéticas de origem externa, radiação solar e da temperatura global. Estes parecem se correlacionar com eventos climáticos significativos na região do Atlântico Norte. O mecanismo proposto envolve as variações da geometria do campo, o que resulta num aumento de raios cósmicos a nucleação induzida de nuvens. Aquisição de dados sobre eventos pouco elucidados são necessários para investigar mais indicações de que os campos magnéticos do Sol e da Terra podem ter influência significativa sobre a mudança climática em determinadas escalas de tempo. As correlações da atividade solar com o clima foram investigadas em regiões de baixas latitudes da América do Sul. Em algumas regiões da Terra, os ciclos de 11 e 22 anos correlacionam, por exemplo, com a variação dos níveis de chuvas. O mecanismo responsável por esta correlação ainda não é conhecido.
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Thesis |
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NAURINETE DE JESUS DA COSTA BARRETO
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Estudo da Variabilidade Intrassazonal do Brasil Tropical no cenário de Mudanças Climáticas.
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Advisor : DAVID MENDES
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COMMITTEE MEMBERS :
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DAVID MENDES
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EVERALDO BARREIROS DE SOUZA
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JOSÉ MARIA BRABO ALVES
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MARIA HELENA CONSTANTINO SPYRIDES
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PAULO SERGIO LUCIO
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Data: Feb 6, 2015
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Show Abstract
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A variabilidade intrassazonal é uma importante componente do sistema climático da Terra, apresenta interação com diversos fenômenos meteorológicos, sendo um elo entre os sistemas de tempo e clima, tornando-se uma ferramenta essencial para previsão e projeção do clima. O objetivo principal deste trabalho é avaliar o comportamento intrassazonal da precipitação sobre o Brasil Tropical e possíveis alterações ocasionadas nos cenários de simulação climática: “Historical” que representa o clima atual (1979 -2005) e “RCP8.5” representando as projeções de mudanças climáticas com o aumento da forçante radioativa da atmosférica em 8,5 W/m² para o período de 2070 até 2100. Entre os resultados obtidos estão: na primeira etapa à elaboração de um índice multivariado intrassazonal para o Brasil Tropical, por meio da aplicação da análise de máxima covariância, associada à projeção dos modos dominantes em eixos ortogonais. Desta forma é possível caracterizar os padrões resultantes em oitos fases, cujas composições representam a evolução da intrassazonalidade sobre a região de estudo. Na segunda Etapa foi realizada uma avaliação da sensibilidade dos modelos do “Coupled Model Intercomparison Project Phase 5”(CMIP5) à variabilidade semanal de precipitação durante os meses de verão e outono austal, dos dezesseis modelos avaliados, observou-se que apenas seis foram capazes de representar de forma significativa o padrão de precipitação, e dentre estes o modelo MRI-CGCM3 foi o que obteve o melhor resultado. A terceira e ultima etapa consistiu na aplicação da metodologia empregada na etapa 1 no modelo que melhor representou o padrão de precipitação, encontrado na Etapa 2, ou seja no MRI-CGCM3, num contexto geral notou-se que este modelo é capaz de representar bem o padrão de variabilidade espacial e ciclo evolutivo, entretanto do ponto de vista regional, ainda há necessidade de melhorias na representatividade dos sistemas.
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ELIANE BARBOSA SANTOS
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MODELAGEM ESTATÍSTICA E ATRIBUIÇÕES DOS EVENTOS DE PRECIPITAÇÃO EXTREMA NA AMAZÔNIA BRASILEIRA.
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Advisor : PAULO SERGIO LUCIO
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COMMITTEE MEMBERS :
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PAULO SERGIO LUCIO
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CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA
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FRANCISCO ALEXANDRE DA COSTA
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KELLEN CARLA LIMA
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CAIO AUGUSTO DOS SANTOS COELHO
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MARIA ASSUNÇÃO FAUS DA SILVA DIAS
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Data: Feb 24, 2015
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Show Abstract
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Os Eventos de Precipitação Intensa (EPI) vêm causando grandes prejuízos sociais e econômicos às regiões atingidas. Na Amazônia, esses eventos podem acarretar consequências negativas principalmente aos núcleos de ocupação populacional nas margens dos seus inúmeros rios, pois quando há elevação do nível dos rios, em geral, têm-se inundações e enchentes. Neste sentido, o objetivo principal desta pesquisa é estudar os EPI, com aplicação da Teoria dos Valores Extremos (TVE), para estimar o período de retorno desses eventos e identificar as regiões da Amazônia Brasileira com ocorrências mais graves. Para tanto, foram utilizados os dados diários de precipitação da rede hidrometeorológica gerenciada pela Agência Nacional de Água e do Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa do Instituto Nacional de Meteorologia, para o período de 1983 a 2012. Primeiramente, regiões homogêneas de precipitação foram determinadas, através da análise de agrupamento, utilizando o método hierárquico aglomerativo de Ward. Em seguida, séries sintéticas para representar as regiões homogêneas foram criadas e aplicadas na TVE, através da Distribuição Generalizada de Valores Extremos (Generalized Extreme Value - GEV) e da Distribuição Generalizada de Pareto (Generalized Pareto Distribution - GPD). A qualidade do ajuste dessas distribuições foi avaliada pela aplicação do teste de Kolmogorov-Smirnov, que compara as distribuições empíricas acumuladas com as teóricas. E, por último a técnica de composição foi utilizada, para caracterizar os padrões atmosféricos dominantes na ocorrência dos EPI. Os resultados sugerem que a Amazônia Brasileira possui seis regiões pluviometricamente homogêneas. Espera-se que as ocorrências mais graves dos EPI ocorram nas sub-regiões do sul e litoral da Amazônia. Os eventos mais intensos são esperados durante o período chuvoso ou de transição, com total diário de 146.1, 143.1 e 109.4 mm (GEV) e 201.6, 209.5 e 152.4 mm (GPD), ao menos uma vez ao ano, no sul, litoral e noroeste da Amazônia Brasileira, respectivamente. Na análise sinótica, no sul da Amazônia, os campos de composição mostraram uma configuração favorável a formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul. No litoral, os eventos de precipitação intensa devem estar associados com sistemas de meso escalas, como as Linhas de Instabilidade. E, no noroeste, são aparentemente associados à Zona de Convergência Intertropical e/ou à convecção local.
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ANA CARLA DOS SANTOS GOMES
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TRÊS ALTERNATIVAS ESTOCÁSTICAS PARA MODELAR MORBIMORTALIDADE POR DOENÇAS RESPIRATÓRIAS E CARDIOVASCULARES VIA VARIÁVEIS ATMOSFÉRICAS
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Advisor : MARIA HELENA CONSTANTINO SPYRIDES
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COMMITTEE MEMBERS :
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MARIA HELENA CONSTANTINO SPYRIDES
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CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA
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JUDITH JOHANNA HOELZEMANN
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PAULO SERGIO LUCIO
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ADRIANA GIODA
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IDEMAURO ANTONIO RODRIGUES DE LARA
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Data: Mar 6, 2015
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Show Abstract
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O clima e a poluição do ar, dentre outros, são fatores responsáveis pelo aumento da vulnerabilidade da saúde das populações residentes nos grandes centros urbanos. Alterações climáticas combinadas a altas concentrações de poluentes atmosféricos estão associadas a doenças respiratórias e cardiovasculares. Neste sentido, o objetivo principal da pesquisa é modelar de diferentes formas a relação clima e saúde, especificamente para a população de crianças e idosos residentes em São Paulo. Para tanto, foram utilizados dados de variáveis meteorológicas, poluentes atmosféricos, internações e óbitos por doenças respiratórias e cardiovasculares no período de 10 anos (2000 a 2010). Por intermédio da modelagem via equações de estimação generalizadas, captou-se o risco relativo. Com a regressão dinâmica, foi possível prever o número de óbitos por meio das variáveis atmosféricas e o modelo beta-binomial-poisson foi capaz de estimar o número de óbitos e simular cenários. Os resultados mostraram que o risco das internações por asma aumenta aproximadamente duas vezes para crianças expostas às concentrações do material particulado do que crianças que não são expostas. O risco de morte por infarto agudo do miocárdio de idosos aumenta em 3%, 6%, 4% e 9% devido ao CO, SO2, O3 e PM10, respectivamente. Com relação à modelagem via regressão dinâmica, os resultados mostraram que os óbitos por doenças respiratórias podem ser previstos de forma consistente. Já o modelo beta-binomial-poisson conseguiu retratar o número médio de óbitos por insuficiência cardíaca, na região de Santo Amaro o número observado foi de 2.462 e o simulado de 2.508, na região da Sé o observado foi de 4.308 e o simulado de 4.426, o que possibilitou a geração de cenários que possam servir como parâmetro para a análise destinada à tomada de decisão. A partir dos resultados obtidos, é possível contribuir com metodologias que possam auxiliar a compreensão da relação clima e saúde fornecendo subsídios aos gestores no planejamento de políticas de saúde pública e ambiental.
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JOSÉ UELITON PINHEIRO
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VÓRTICES CICLÔNICOS DE AR SUPERIOR SOBRE O NORDESTE DO BRASIL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS: ANÁLISE PARA O CLIMA ATUAL E CENÁRIOS FUTUROS
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Advisor : ROSANE RODRIGUES CHAVES
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COMMITTEE MEMBERS :
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DAVID MENDES
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FERNANDO MOREIRA DA SILVA
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JOSEMIR ARAÚJO NEVES
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JOSÉ MARIA BRABO ALVES
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ROSANE RODRIGUES CHAVES
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WERÔNICA MEIRA DE SOUZA
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Data: Mar 18, 2015
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Show Abstract
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Neste trabalho foi estudado a saída de modelos de mudanças climáticas do IPCC/AR5/CMIP5 que melhor expressam a atuação dos Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCANs) no Nordeste Brasileiro (NEB), no clima atual e cenários futuros, como também sua influência na precipitação. Para alcançar os objetivos propostos na Tese foram feitos quatro ESTUDOS EXPERIMENTAIS. O primeiro, denominado de Piloto, onde estudou-se 13 modelos de mudanças climáticas para avaliar e selecionar o modelo que melhor expressava a atuação dos VCANs no NEB. O segundo onde, uma vez selecionado o melhor modelo, o MIROC4h, avaliou a eficiência desse modelo comparando com dados de reanálise para um período de 31 anos (1975-2005). O terceiro onde foram analisados os cenários climáticos futuros do MIROC4h para o período de 21 anos (2015-2035). E o quarto onde foi analisado a contribuição dos VCANs na precipitação sobre o NEB através dos dados de reanálise do NCEP/NCAR/DOE. Foram utilizadas duas abordagens estatísticas comparativas nos Estudos Experimentais 1 e 2, a primeira utilizando o Número de Dias de Atuação de VCANs (N.D.A.VCANs) mensais e a segunda usando o comparativo da atuação de VCANs diário, com a utilização dos índices estatísticos: correlações de Pearson, Kendall e Spearman, Raiz quadrada do erro quadrático médio (RMSE), Raiz quadrada do erro quadrático médio normalizada (NRMSE), Nash-Sutcliffe (NSE), Kling-Gupta (KGE), Índice de Concordância de Willmott (d), Índice de Proporção Correta (PC), Índice de Sucesso Crítico (ISC), Probabilidade de Detecção (POD), Taxa de alarme Falso (TAF) e Taxa de Tendência (VIÉS). E nos Experimentos 3 e 4 foram calculados desvios e médias. Os resultados mostraram a viabilidade na representação dos VCANs nos modelos de mudanças climáticas do CMIP5, seja para o clima atual como nos cenários futuros. Com relação a contribuição dos VCANs para a precipitação do NEB estes apresentam percentuais que variam de 47,88% (LNE) a 49,89%(NNE) para o período de outubro a março. Sendo que Ceará (49,89%), Piauí (49,49%) e Maranhão (47,88%) são os Estados onde os VCANs induzem mais precipitação e Alagoas (41,93%) e Sergipe (38,03%) os Estados onde os VCANs induzem menos precipitação. A projeção de cenário futuro para os VCANs revelaram um desvio negativo 8,97% na ocorrência deste fenômeno no NEB e áreas adjacentes para o período de 2015 a 2035. O que poderá impactar em -4,08% a precipitação do NEB neste período.
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FRANCISCO RAIMUNDO DA SILVA
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Estudo do desenvolvimento da Camada Limite Convectiva no semiárido brasileiro
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Advisor : CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA
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COMMITTEE MEMBERS :
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CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA
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ARTHUR MATTOS
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BERGSON GUEDES BEZERRA
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NEUSA MARIA PAES LEME
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JOSÉ FIDELES FILHO
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RÔMULO DA SILVEIRA PAZ
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Data: Jun 2, 2015
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Show Abstract
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Objetivo desta tese foi estudar experimentalmente o comportamento termodinâmico da Camada Limite Convectiva (CLC) durante a estação seca e chuvosa em uma região de clima semiárido do nordeste brasileiro (NEB), com o uso de radiossondas nos dias 16, 17 e 18 de novembro de 2013 (estação seca) e de 03 a 08 de abril de 2014 (estação chuvosa) no município de Apodi-RN e no 2 período chuvoso de 09 a 17 de abril de 2011 nos municípios de Mossoró-RN e Quixeramobim- CE. Foram lançados 15 balões (período seco) e 32 (chuvoso) em Apodi, 35 em Mossoró e 36 em Quixeramobim (chuvoso). Através das radiossondagens foram coletados dados do perfil de pressão atmosférica, temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade e direção do vento. Para os dados de superfície em Apodi, utilizou-se uma estação meteorológica de superfície modelo Vantage Pro 2 da Davis Company (EUA). Como procedimento de análise aplicou-se o método dos perfis na determinação da altura da CLC e se analisou três informações de cada perfil: a média da camada, o valor na base e no topo. Aplicou-se o teste t-Student para avaliar a diferença estatística entre os dados por período e localidade. Em Apodi, a altura da CLC foi aproximadamente 850 m (estação seca) e 362 m (estação chuvosa), no início da manhã (05:00 HL - Hora Local) e no final da tarde as 17:00 HL atingiu a altura máxima de 2500 m (seca) e 1765 m (chuvosa), já a temperatura potencial mínima às 05:00 HL foi de 298 K (seco) e 297 K (chuvosa) atingindo a máxima de 306 K (seca) e 304 K (chuvosa) às 17:00 HL. Em Mossoró e Quixeramobim, a altura da CLC no período chuvoso, em média, atingiu 839,6 m e 965 m enquanto que a temperatura potencial atingiu 301 K com um razão de mistura de 15,5 (g/kg) e temperatura potencial de 302 K com uma razão de mistura 16,6 g/kg respectivamente em ambos os sítios. Para os dados de superfície coletados em Apodi foram calculados as médias, máximos e mínimos a cada 10 minutos durante 24 horas, também foi aplicado o teste t-Student, e se constatou que algumas variáveis meteorológicas apresentaram diferenças estatísticas significantes ao nível de 5%.
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RÊNIO LEITE DE ANDRADE
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Dinâmica do microclima e fluxo de calor sensível armazenado no dossel vegetativo da caatinga no semiárido do Brasil.
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Advisor : FERNANDO MOREIRA DA SILVA
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COMMITTEE MEMBERS :
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ARTHUR MATTOS
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FERNANDO MOREIRA DA SILVA
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CREUZA
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MARCOS AURELIO FERREIRA DOS SANTOS
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MÁRCIA REGINA FARIAS DA SILVA
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Data: Jun 3, 2015
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Show Abstract
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No presente trabalho, utilizaram-se dados do Experimento Cariri coletados em região de caatinga nativa no município de São João do Cariri estado da Paraíba nas coordenadas de 7º22'45,1"S e 36º31'47,2"W com altitude de 458 m. As medidas microclimáticas foram realizadas em duas épocas, nos período de 01 a 13 de janeiro de 2002 (Período Chuvoso) e 07 a 19 de setembro de 2002 (Período Seco). O estudo microclimático envolveu a medição das seguintes variáveis meteorológicas: precipitação; saldo de radiação; radiação solar global; temperatura do ar no dossel vegetativo e fora do dossel vegetativo; fluxo de calor no solo vegetado e não vegetado e umidade relativa do ar. Foram comparadas as médias durante o período experimental através da análise de variância e estatística descritiva. O objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização microclimática e comportamento do fluxo de calor sensível armazenado no dossel vegetativo. Os resultados referentes às variáveis estudadas durante o período experimental e submetidos à análise estatística revelaram efeitos significativos a 1% pelo teste F. O saldo de radiação médio foi superior durante o período seco quando comparado ao período chuvoso com média 163,20 Wm-2 e 44,26 Wm-2, respectivamente. No período noturno o saldo de radiação foi negativo enquanto que durante o dia foi positivo. A radiação solar global durante o período chuvoso foi menor do que no período seco com média de 208,27 Wm-2 e 265,49 Wm-2, respectivamente. A temperatura do ar dentro do dossel vegetativo são maiores que a temperatura do ar fora do dossel vegetativo em ambos os períodos estudados. O fluxo de calor no solo médio foi superior no solo não vegetado quando comparado ao solo vegetado com média no período chuvoso de 26,79 Wm-2 e 6,52 Wm-2, respectivamente em ambos os períodos estudados. E para o período seco apresentou-se média de 30,50 Wm-2 solo não vegetado e 3,88 Wm-2 solo vegetado. A umidade relativa do ar no período chuvoso foi maior do que no período seco com médias de 79,60% e 62,73%, respectivamente. O fluxo de calor sensível armazenado no dossel vegetativo não revelou efeito significativo a 5% entre o período seco e chuvoso pelo teste F, com média de -0,011 Wm-2 no período chuvoso e -0,017 Wm-2 no período seco. Houve efeitos significativos entre os períodos avaliados para as variáveis microclimáticas estudadas.
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MAYTÊ DUARTE LEAL COUTINHO
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MUDANÇAS CLIMÁTICAS SIMULADAS NAS COMPONENTES DO BALANÇO DE UMIDADE SOBRE A AMÉRICA DO SUL
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Advisor : KELLEN CARLA LIMA
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COMMITTEE MEMBERS :
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KELLEN CARLA LIMA
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CLAUDIO MOISES SANTOS E SILVA
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PAULO SERGIO LUCIO
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WEBER ANDRADE GONCALVES
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GYRLENE APARECIDA MENDES DA SILVA
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TERCIO AMBRIZZI
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Data: Jun 18, 2015
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Show Abstract
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No contexto de mudanças climáticas sobre a América do Sul (AS) tem-se observado que a combinação de altas temperaturas mais chuvas e altas temperaturas menos chuvas, provocam diferentes impactos como: eventos extremos de precipitação, condições favoráveis para queimadas e secas. Com isto, estas regiões enfrentam ameaça crescente de escassez de água, local ou generalizada. Assim, a disponibilidade de água no Brasil depende em grande parte, do clima e de suas variações em diversas escalas de tempo. Neste sentido, o objetivo principal desta pesquisa é estudar o balanço de umidade por meio de Regional Climate Models (RCM) do Project Regional Climate Change Assessments for La Plata Basin (CLARIS- LPB), assim como, combinar estes RCM por meio de duas técnicas estatísticas, na tentativa de melhorar a previsão sobre três áreas da AS: Amazônia (AMZ), Nordeste do Brasil (NEB) e Bacia do Prata (LPB) nos climas do passado (1961-1990) e do futuro (2071-2100). O transporte de umidade sobre AS foi investigado por meio do fluxo de umidade integrado verticalmente. Os principais resultados mostraram que os fluxos médios de vapor d’água nas regiões tropicais (AMZ e NEB) são maiores através das bordas leste e norte, assim indicando que as contribuições dos ventos alísios do Atlântico Norte e do Sul são igualmente importantes para a entrada de umidade durante os meses de JJA e DJF. Esta configuração foi observada em todos os modelos e climas. Na comparação dos climas verificou-se que a convergência do fluxo de umidade no clima passado foi menor em relação ao futuro em diferentes regiões e épocas. De forma semelhante, constatou-se que a precipitação foi reduzida no clima futuro nas regiões tropicais (AMZ e NEB), possivelmente devido os intensos fluxos de umidade que adentraram nas regiões. Por intermédio das técnicas de Regressão Múltipla por Componente Principal (C_RCP) e da combinação convexa (C_EQM), analisamos e comparamos as combinações dos modelos (ensemble). Os resultados indicaram que a combinação por RCP foi melhor em representar a precipitação observada em ambos os climas. Sendo que, além dos valores mostrarem ser próximos aos observados, a técnica obteve coeficiente de correlação de moderada à forte magnitude, em praticamente todos os meses nos diferentes climas e regiões. Além do mais, na avaliação das técnicas de combinação, a tendência percentual (PBIAS) mostrou que em geral, a C_RCP obteve valores de baixa magnitude (PBIAS = 0%) indicando ter um desempenho “muito bom” no clima passado e (PBIAS = -4% a 3%) para o clima futuro, sobre as regiões de estudo. Enquanto a C_EQM mostrou no clima passado, que a AMZ obteve um desempenho “bom” e nas regiões do NEB e LPB obtiveram desempenho de “bom a satisfatório”. Logo, os resultados mostraram que as técnicas tem um potencial promissor para aplicações operacionais em centro de previsão de tempo e clima.
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MARIA DAS VITORIAS MEDEIROS DA MATA
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ESTIMATIVA DAS EMISSÕES DE DIÓXIDO DE CARBONOASSOCIADAS ÀS MUDANÇAS NO USO E COBERTURA DA TERRA DO BIOMA CAATINGA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.
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Advisor : JUDITH JOHANNA HOELZEMANN
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COMMITTEE MEMBERS :
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JUDITH JOHANNA HOELZEMANN
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NEUSA MARIA PAES LEME
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ANDRE MEGALI AMADO
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ANA PAULA DUTRA DE AGUIAR
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JEAN PIERRE HENRY BALBAUD OMETTO
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RAMIRO GUSTAVO VALERA CAMACHO
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Data: Jun 18, 2015
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Show Abstract
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Esta pesquisa apresenta as estimativas das taxas de emissões de CO2 por mudanças no uso e cobertura da terra (MUCT) no Bioma Caatinga do Estado do Rio Grande do Norte, que compreende uma área de aproximadamente 52.810km2.Como ferramenta foi utilizando o modelo de emissões INPE-EM (INPE- Emission Model) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O principal objetivo desta pesquisa foi adaptar o modelo de emissões INPE-EM (INPE- Emission Model) para quantificar as emissões de CO2 por MUCT na região no período entre 2000 – 2010. Na adaptação do modelo, foram utilizados dados de desmatamento anuais entre 2000 e 2010, além de dados de biomassa e uma série de parâmetros disponíveis na literatura, como a porcentagem de biomassa acima e abaixo do solo removida, a porcentagem de biomassa acima do solo após o desmatamento que será queimada no primeiro ano, o ciclo de queimadas, o decaimento do corte, o número de anos para o abandono de uma área de agricultura, etc. Uma primeira base de dados entre 1900 e 1999 foi simulada para incluir as contribuições do passado nos cenários de emissões. Os resultados permitiram a geração de uma base de dados inédita das emissões de CO2 nessa região com resolução espacial de 5 km x 5 km. Esta base de dados servirá para outros estudos regionais/globais de balanço de carbono, contribuindo também para a melhoria de inventários de emissões da região. Este trabalho é de fundamental importância para a modelagem da geração, transporte e deposição de poluentes na química da atmosfera, tanto para estudos ambientais a curto prazo quanto para estudos climáticos. O estudo poderá servir para tomadas de decisões na política ambiental da região e para análises de impactos da ação antrópica no Bioma Caatinga.
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CATI ELISA DE AVILA VALADÃO
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Impacts of the Madden–Julian Oscillation on Intraseasonal Precipitation over Northeast Brazil
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Advisor : PAULO SERGIO LUCIO
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COMMITTEE MEMBERS :
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DAVID MENDES
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EVERALDO BARREIROS DE SOUZA
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JOSÉ MARIA BRABO ALVES
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PAULO SERGIO LUCIO
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ROSANE RODRIGUES CHAVES
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Data: Aug 14, 2015
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Show Abstract
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Este estudo tem como objetivo investigar os impactos da oscilação de Madden–Julian (OMJ) na precipitação da região Nordeste do Brasil (NEB). Para tanto foram utilizados dados diários de precipitação baseados em 492 pluviômetros distribuídos na região e cobrindo um período de 30 anos (1981 − 2010). As análises através de composições de anomalias de precipitação, radiação de onda longa e fluxo de umidade, foram obtidas com base no índice da OMJ desenvolvido por Jones–Carvalho.
Para distinguir o sinal da OMJ de outros padrões de variabilidade climática, todos os dados diários foram filtrados na escala de 20 − 90 dias; portanto somente dias classificados como eventos da OMJ foram considerados nas composições.
Uma análise preliminar baseada apenas nos dados de precipitação foi feita para uma pequena área localizada no interior semiárido do NEB, conhecida como Seridó. Essa microrregião é uma das áreas mais secas do NEB e foi reconhecida pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas como particularmente vulnerável à desertificação. Composições de anomalias de precipitação foram feitas para cada uma das oito fases da OMJ durante Fevereiro–Maio (principal período chuvoso da microrregião). Os resultados mostraram a existência de variações significativas nos padrões de precipitação (de precipitação excessiva à deficiente) associados à propagação da OMJ. A combinação dos sinais de precipitação obtidos durantes as fases úmidas e secas da OMJ mostrou que a diferença corresponde cerca de 50 − 150% de modulação das chuvas na microrregião.
Em seguida, uma investigação abrangente sobre o papel da OMJ sobre toda a região Nordeste foi feita considerando-se as quatro estações do ano. Os resultados mostraram que os impactos da OMJ na precipitação intrassazonal do NEB apresentam forte sazonalidade. A maior coerência espacial dos sinais de precipitação ocorreram durante o verão austral, quando cerca de 80% das estações pluviométricas apresentaram anomalias positivas de precipitação durante as fases 1 − 2 da OMJ e anomalias negativas de precipitação nas fases 5 − 6 da oscilação.
Embora impactos da OMJ na precipitação intrassazonal tenham sido encontrados na maioria das localidades e em todas as estações do ano, eles apresentaram variações na magnitude dos sinais e dependem da fase da oscilação.
As anomalias de precipitação do NEB observadas são explicadas através da interação existente entre as ondas de Kelvin-Rossby acopladas convectivamente e as características climáticas predominantes sobre a região em cada estação do ano. O aumento de precipitação observado sobre a maior parte do NEB durante o verão e primavera austrais encontra-se associado com o fluxo de umidade de oeste (regime de oeste), o qual favorece a atividade convectiva em amplas áreas da América do Sul tropical. Por outro lado, as anomalias de precipitação durante o inverno e outono austrais apresentaram uma variabilidade espacial mais complexa. Durante estas estações, as anomalias de precipitação observadas nas estações localizadas na costa leste do NEB dependem da intensidade do anticiclone do Atlântico Sul, o qual é modulado em grande parte por ondas de Rossby. As características topográficas do NEB parecem desempenhar um papel importante na variabilidade observada na precipitação, principalmente nestas áreas costeiras. A intensificação do anticiclone aumenta a convergência dos ventos alísios na costa contribuindo para a ocorrência de precipitação observada à barlavento do planalto da Borborema. Por outro lado, o aumento da subsidência parece ser responsável pelos déficits de precipitação observados à sotavento. Tais condições mostraram-se típicas durante o predomínio do regime de leste sobre a região tropical da América do Sul e o NEB, durante o qual ocorre uma diminuição no fluxo de umidade proveniente da Amazônia.
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THALYTA SOARES DOS SANTOS
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CÁLCULO DAS INCERTEZAS CLIMÁTICAS SOBRE AMÉRICA DO SUL UTILIZANDO MODELOS DO CMIP5: AFERIÇÃO ATRAVÉS DAS REDES NEURAIS ARTIFICIAIS
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Advisor : DAVID MENDES
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COMMITTEE MEMBERS :
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DAVID MENDES
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ENIO PEREIRA DE SOUZA
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MARIA HELENA CONSTANTINO SPYRIDES
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ROGER RODRIGUES TORRES
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WEBER ANDRADE GONCALVES
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Data: Sep 30, 2015
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Show Abstract
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Neste trabalho objetivamos analisar as incertezas envolvidas nas projeções de mudanças climáticas na América do Sul (AS) simuladas por inúmeros modelos numéricos de circulação geral acoplado oceano-atmosfera (MCGOA) da Quinta Fase do Projeto do Modelo Intercomparação Acoplado (CMIP5) para a América do Sul. As incertezas nas projeções das mudanças climáticas futuras surgem a partir de fontes diferentes e são introduzidos na sequência de passos no processo de modelação, produzindo assim uma cascata de incertezas (Knutti et al. de 2010;. Giorgi 2005). Essas incertezas projetadas pelos modelos climáticos serão calculadas através do método Reliability Ensemble Averaging (REA) desenvolvido por Giogi e Mearns (2002) que é utilizado para calcular o intervalo de incerteza e uma medida de confiabilidade das mudanças climáticas simuladas por um conjunto de diferentes modelos de circulação geral da atmosfera. O método leva em conta dois critérios de confiabilidade; i) o desempenho do modelo em reproduzir o clima atual e, ii) convergência das mudanças simuladas entre os modelos. O REA será aplicado para os séculos XX e XXI em diferentes cenários do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Em uma segunda fase, será aplicado também Redes Neurais Artificias (RNA) juntamente com o cálculo das incertezas, para avaliarmos se uso das RNA serão uma boa ferramenta para diminuir as incertezas geradas pelos modelos, melhorando assim a precisão dos mesmos. Assim sendo, com o estudo proposto espera-se avaliar e quantificar detalhadamente os intervalos de incerteza nas mudanças climáticas apresentadas no CMIP5 para a AS, com e sem a utilização de RNA, relacionadas ao uso de diferentes modelos numéricos e futuras emissões de gases de efeito estufa. Avaliando os níveis de incerteza, disponibilizaremos uma ferramenta muito útil para os estudos de impacto, adaptação e vulnerabilidade. Os resultados preliminares deste estudo mostraram que a variação REA para a precipitação é um pouco menor sobre a América Sul em comparação com a média simples conjunto de modelos. A confiabilidade do conjunto de modelos foi satisfatória para toda a América do Sul, indicando boa simulação dos modelos nessa região.
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ALLAN RODRIGUES SILVA
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Energia eólica em alto mar: distribuição dos recursos e complementaridade hídrica
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Advisor : FELIPE MENDONCA PIMENTA
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COMMITTEE MEMBERS :
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FELIPE MENDONCA PIMENTA
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MARIA HELENA CONSTANTINO SPYRIDES
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VINICIO DE SOUZA E ALMEIDA
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ARCILAN TREVENZOLI ASSIREU
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ROSIBERTO SALUSTIANO DA SILVA JUNIOR
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Data: Dec 21, 2015
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Show Abstract
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A estabilização da oferta de energia no Brasil tem sido um desafio para o planejamento do Sistema Interligado Nacional, diante das variações hidrológicas e climáticas. Termoelétricas são utilizadas como fonte emergencial no período de escassez hídrica. Porém a utilização de combustíveis fósseis tem elevado o custo de produção, da energia elétrica. Por outro lado, a energia eólica em alto mar (offshore) vem ganhando importância no cenário internacional, e tornando-se competitiva a ponto de tornar-se uma possibilidade futura de geração no Brasil. Nesse sentido, o objetivo principal desta tese foi investigar a magnitude e distribuição dos recursos eólicos offshore, verificando também possibilidades de complementaridade com a fonte hídrica. Para isto, foi utilizado uma série de dados de precipitação do Climatic Research Unit (CRU) e conjunto de dados satelitários de velocidade de vento do projeto Blended Sea Winds da National Climatic Data Center (NCDC/NOAA). De acordo com critérios estatísticos foi encontrado três tipos de complementaridade presentes no território brasileiro: hídrica hídrica, eólica eólica e hídrica eólica. Notou-se que houve complemento bastante significativo (r=-0,65) entre as fontes, hídrica e eólica, principalmente das bacias hidrográficas do sudeste e centro oeste com os ventos do Nordeste. Com intuito de refinar a extrapolação dos ventos sobre o oceano, foi utilizado método baseado na teoria de Monin-Obukhov para modelar a estabilidade da camada limite atmosférica. Foi utilizado o conjunto de dados de fluxos de calor, temperatura e umidade do Projeto Objectively Analized Air-Sea Flux (OAFLUX), além de dados de pressão ao nível do mar do projeto NCEP/NCAR e o modelo de relevo global ETOPO1 da National Geophysical Data Center (NGDC/NOAA). Verificou-se um bom recurso em águas rasas, entre 0-20 metros, estimados em 559 GW. A contribuição do recurso eólico em um reservatório, foi investigada com um modelo híbrido eólico-hidráulico simplificado que permitiu o cálculo do nível dos reservatórios a partir de dados de vazão afluente, defluente e produção de turbina. Notou-se que o sistema híbrido evita os períodos de estiagem, poupando continuamente água dos reservatórios através da produção eólica. Assim, a partir dos resultados obtidos, é possível afirmar que os bons ventos das costa brasileira podem, além de diversificar a matriz elétrica, estabilizar as flutuações hídricas evitando racionamentos e apagões, reduzindo o uso das térmicas que eleva o custo de produção e emite gases poluentes. Políticas públicas voltadas ao incentivo da energia eólica offshore serão necessárias para seu pleno desenvolvimento.
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