Banca de QUALIFICAÇÃO: WILDNA FERNANDES DO NASCIMENTO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : WILDNA FERNANDES DO NASCIMENTO
DATA : 18/03/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Departamento de Oceanografia e Limnologia
TÍTULO:

Resposta dos corais a evento de branqueamento em massa causado por onda de calor


PALAVRAS-CHAVES:

Mudanças climáticas; Onda de calor; branqueamento de corais.


PÁGINAS: 29
RESUMO:

As ondas de calor marinhas estão se tornando mais frequentes e intensas, sendo considerada uma das maiores causas de degradação nos recifes. Os recifes de corais do Atlântico Sudoeste experimentaram menos eventos de onda de calor em comparação com o Indo-Pacífico e o Caribe, mas esse cenário mudou na última década, quando a região foi atingida por alguns eventos de branqueamento. Em 2020, o nordeste brasileiro foi afetado por uma das maiores ondas de calor dos últimos anos, causando um branqueamento jamais visto anteriormente na região chegando a 16,86°C-weeks, maior valor desde que se iniciou os registros em 1985. Monitoramos a saúde dos corais ao longo deste evento, nos recifes de Rio do Fogo – RN. Nosso objetivo é entender se os impactos causados pela onda de calor variam entre espécies de corais e são influenciados por atributos morfológicos como o tamanho das colônias. Avaliamos a saúde dos corais usando o Coral Watch Coral Health Chart através de foto-quadrados ao longo de 5 transectos. Avaliamos a saúde dos corais pétreos Agaricia agaricites, Favia gravida, Porites astreoides, Siderastrea stellata e dos zoantídeo Palythoa caribaeorum, Palythoa grandiflora, Palythoa variabilis e Zoanthus sociatus. Observamos que os corais pétreos apresentaram um elevado branqueamento quando a onda de calor esteve mais alta (abril e maio) e as espécies P. astreoides e S. stellata conseguiram recuperar a coloração saudável em cerca de dois meses. O contrário foi observado para A. agaricites e F. gravida que apresentaram perdas na cobertura de 100% e 90% respectivamente. No caso dos zoantídeo as espécies se mantiveram estáveis. Observamos que colônias pequenas (< 5cm²) de S. stellata (coral dominante) apresentaram maior sensibilidade ao evento de calor, branqueando antes das colônias maiores. No período em que a onda de calor foi mais severa mais de 85% do número de colônias de todas as classes apresentaram sinal de branqueamento, com o declínio desse valor após a queda do DHW. Desse modo, as espécies de corais devem se manter estáveis após eventos de branqueamento, apesar de espécies menos abundantes não se recuperaram, que pode causar a perda de diversidade de corais, ameaçando a fauna de corais que é altamente endêmica nessas áreas. 


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - BARBARA RAMOS PINHEIRO - UFAL
Presidente - 2319234 - GUILHERME ORTIGARA LONGO
Interna - 2412921 - JULIANA DEO DIAS
Notícia cadastrada em: 08/03/2023 14:22
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