Conhecimento Ecológico Local associado a agricultura familiar no Agreste Potiguar
Etnobiologia, Etnobotânica, Gênero, Estrutura Morfológicas, Percepção Ambiental.
O Conhecimento Ecológico Local (CEL) é cada vez mais importante dentro da ciência para discutir a conservação dos recursos biológicos e os processos dos ecossistemas. Aqui nesta tese, descrevemos as contribuições e o potencial do CEL para construção de hipóteses no uso etnobotânicos, estruturação filogenética dentro da otimização de uso e para o resgate da memória biocultural; e a percepção para avaliar os serviços ecossistêmicos. A tese tem como objetivo inicial descrever o Conhecimento Ecológico Local da relação entre agricultores e plantas de uso madeira e medicinais, preenchendo uma lacuna nos trabalhos etnobotânicos na região do Agreste Potiguar. Dentro deste primeiro objetivo principal, temos questões específicas: 1) Quais são as características sociais associadas aos informantes mais especializados no uso da madeira a partir da análise da filogenia? 2) Como é o padrão de dispersão das espécies ao longo da filogenia criada a partir do conhecimento dos agricultores para várias doenças distribuídas por 11 partes do sistema do corpo humano e 10 estruturas morfológicas das plantas mencionadas? O segundo objetivo principal é saber como duas partes interessadas (servidores públicos ambientais e agrários) nos modos de vida das comunidades rurais percebem o Conhecimento Ecológico Local. Como objetivo específico dessa segunda parte, classificaremos as análises de consenso para quatro tipos de classificações associadas aos serviços ecossistêmicos. Os resultados mostram que existem padrões dispersão dentro da ecofilogenia das especies construídas a partir das citações dos agricultores familiares do agreste potiguar para os usos madeireiros, e para os usos medicinais. Dentro dos usos medicinais as estruturas morfológicas das plantas tendem a formar mais padrão filogenético do que os sistemas do corpo humano. Com relação a percepção dos serviços ecossistêmicos, tanto atores agrícolas e ambientais tem percepções distintas sobre a sobre os mecanismos imateriais associados a conservação e o Conhecimento Ecológico Local. Solicitamos aos atores, pesquisadores associados a conservação e ao mundo rural que respeitem e garantam todos os direitos necessários para que a Comunidade Indígena do Catu, talvez a única dentro desse território rural, possa reproduzir suas atividades e seus modos de vida, porque é no entorno desse território que os agricultores citam mais especie associados a memória biocultural.