Banca de DEFESA: LAURA MARTINA FERNANDEZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAURA MARTINA FERNANDEZ
DATA: 30/08/2013
HORA: 09:00
LOCAL: Anfiteatro dos Anfíbios
TÍTULO:

Ajudando aos inimigos: Árvores enfermeiras nativas facilitam a exóticas na invasão de florestas secas brasileiras   


PALAVRAS-CHAVES:

Facilitação - Invasões biológicas - Semiárido - Caatinga - Espécies exóticas -Árvores nativas- Interações espécie-específicas 


PÁGINAS: 45
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

Interações positivas entre plantas nativas são forças fundamentais determinantes da estrutura e composição de comunidades em habitats estressantes. Em ecossistemas áridos e semiáridos, as condições microclimáticas fornecidas pelas árvores nativas (“enfermeiras”) são um fator chave, promovendo o estabelecimento de plântulas arbóreas. Escassos estudos avaliam se esse mecanismo beneficia também espécies exóticas. Este trabalho visou testar se árvores exóticas podem ser facilitadas por árvores nativas para invadir o bioma semiárido Caatinga. Realizou-se um experimento na Estação Ecológica do Seridó (RN, Brasil), com um desenho fatorial em blocos, incluindo duas espécies exóticas invasoras importantes Leucaena leucocephala e Prosopis pallida, assim como cinco espécies nativas dominantes Aspidosperma pyrifolium, Combretum leprosum, Croton sonderianus, Poinceianella pyramidalis e Mimosa tenuiflora. Quatro mil sementes das espécies exóticas (alvo) foram semeadas em presença e ausência das plantas enfermeiras. Nós encontramos evidencias de que árvores nativas podem facilitar a invasão de espécies exóticas neste bioma. A presença de enfermeiras reduziu a temperatura do solo incrementando tanto o número de sementes germinadas quanto a altura máxima das plântulas, assim como o número máximo de folhas e a sobrevivência das mesmas. A predação de sementes de L. leucocephala não variou com a presença das árvores nativas, enquanto que a herbivoria média das folhas foi maior dentro da copa, diminuindo a intensidade da facilitação. A intensidade do efeito facilitador foi maior para L. leucocephala do que para P. pallida. Os resultados indicam que a intensidade de facilitação na fase de germinação pode variar dependendo da espécie da planta enfermeira, enquanto que a herbivoria demostrou ser um processo espécie-específico. Todas as plântulas morreram passados sete meses do experimento devido a condições de extrema seca. Por fim conclui-se que as modificações microclimáticas associadas com espécies “enfermeiras” podem ser importantes para o sucesso de germinação e estabelecimento de plântulas de espécies exóticas em ambientes semiáridos, porém em anos secos a facilitação não é suficiente. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1678202 - CARLOS ROBERTO SORENSEN DUTRA DA FONSECA
Interno - 1677189 - GISLENE MARIA DA SILVA GANADE
Externo à Instituição - SERGIO M. ZALBA - UNS
Notícia cadastrada em: 20/08/2013 15:17
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