Trôpegos caminhos: Um estudo comparativo sobre a Rota da Cachaça Potiguar no Rio Grande do Norte/Brasil e a Rota da Aguardente Portuguesa no Vale do Douro/Portugal
Cachaça. Aguardente. Rio Grande do Norte. Portugal. Patrimônio Cultural
O trabalho propõe apresentar um estudo comparativo sobre o valor da cachaça enquanto patrimônio cultural e sua relação com as atividades turísticas no Estado do Rio Grande do Norte/Brasil, e na região do Douro/Portugal, onde as rotas do vinho já são consolidadas. Apoiado numa discussão a partir dos estudos históricos relacionados ao setor turístico, especialmente no que diz respeito à gastronomia, a cachaça brasileira e a aguardente portuguesa se definem não apenas como um importante instrumento para a construção de identidades, mas, também, como um elemento capaz de tecer relações sociais, políticas e econômicas. Isto é, um produto turístico capaz de proporcionar novos destinos. Para tal análise é necessário um estudo comparativo entre as duas realidades (Rio Grande do Norte/Brasil e Região do Douro/Portugal). No caso Brasileiro a “Rota da cachaça Potiguar” contempla cinco alambiques localizados nas regiões Leste Potiguar e Seridó, as quais oferecem uma historicidade e produção significativa para o Estado do Rio Grande do Norte. No caso português, baseado em pesquisa da Universidade de Lisboa foram selecionados 11 pontos de visitação que fazem parte da “Rota dos Vinhos do Douro”. Dessa forma, torna-se necessário considerar a trajetória dos alambiques, períodos de maiores produções e inserção no mercado turístico. Trata-se de um estudo comparativo entre duas rotas distintas que através de levantamentos documentais e observações feitas em visitas de campo, a pesquisa tem uma abordagem qualitativa com finalidade descritiva e exploratória, metodologia que nos permite abordar questões em torno das articulações entre patrimônio, identidade e turismo.