QUANTO MAIS REGIONAL, MAIS UNIVERSAL EU SOU – O cordel de Antônio Francisco como matriz criativa para a construção da cena
Teatro. Dramaturgia. Cordel. Cultura Popular.
Este trabalho é resultado de uma pesquisa interventiva desenvolvida no programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas/UFRN, e tem caráter qualitativo. Apresenta uma possibilidade de proposta dramatúrgica para pesquisadores interessados em trabalhar com textos não teatrais, neste caso, a literatura de cordel, utilizada como matriz criativa para a construção da cena teatral. A fonte da presente pesquisa é a poesia popular do cordelista e historiador mossoroense Antônio Francisco, explorada durante o processo de adaptação de folhetos de cordéis em peças de teatro. Nossa tentativa de contribuição aqui talvez se encontre nos diálogos processuais, nos detalhes relatados, nas experiências comprovadas pelas apresentações públicas da adaptação da peça e nos resultados que surgem e se renovam ao longo delas. Entendemos que cada processo criativo possui sua própria singularidade. Os instrumentos e estratégias são semelhantes, mas não idênticos. Como objeto de investigação, nos basearemos na montagem dos espetáculos ‘Dois Cabras Num Cordel Só’, 2010, e ‘Oscabra’, 2017, feitas pela Ciamargem de Teatro, de Natal, nas quais utilizamos os cordéis do livro do poeta Antônio Francisco: ‘Dez Cordéis Num Cordel Só’, 2002.