DOSSIÊ JAN FABRE: DIÁLOGOS E GERMINAÇÕES
Teatro Performativo; Jan Fabre; Performance; The Power of Theatrical Madness; Mount Olympus.
O presente trabalho procura desenvolver reflexões no campo das artes sobre as possibilidades de teatro para além do texto clássico (aristotélico) e das separações homogêneas das linguagens artísticas levando em consideração duas produções do artista belga Jan Fabre. Entendendo que teatro performativo seria esse lugar entre o teatro e a performance, onde um percebe no outro a capacidade de germinação, objetiva-se apresentar esse artista e utilizar como base as obras The Power of Theatrical Madness (o reenectament de 2012) e Mount Olympus (uma performance de 24 horas de duração – 2015), e, ainda, a sede do diretor – o Troubleyn / Laboratorium. A partir do título do trabalho, sou encaminhado para a ideia de dossiê enquanto espécie de coleção de documentos ou “pequeno arquivo” que contém algum assunto para análise. Nessa ideia, procuro desmembrar características do trabalho artístico de Fabre. Trata-se de obras específicas, mas cuja análise crítica acaba por denunciar o modus operandi de Fabre como um todo. Reside aqui, uma tentativa de traduzir Fabre e seu trabalho, não somente no que tange à linguagem, mas no que se refere às imagens, vídeos e buscas. É uma tradução das várias informações e entrevistas realizadas ao longo dessa jornada. É a tradução também do que eu sinto, percebo e assimilo nesses diálogos constantes com o Troubleyn.