DO VERSO AO SUBVERSO: AULA-PERFORMANCE E OS SEUS DESLOCAMENTOS POÉTICOS
Artes na escola; Pedagogias da performance; Subversão na escola; Programa Performativo; Aula-performance.
Ser um arte-educador que nunca esteve satisfeito com a realidade escolar me fez analisar a minha trajetória escolar e acadêmica, e a partir dessas experiências percebi que estamos vivendo em um “verso” escolar engessado, quadrado e que não acolhe manifestações artísticas e as subjetividades das partes envolvidas no processo de educar. O objetivo desta pesquisa é cartografar deslocamentos poéticos provocados em um ambiente escolar a partir de práticas performativas que subvertem os espaços e os sentidos de escola, de aula, de estudante e professor. Para isso, foram desenvolvidos experimentos performativos em uma turma do 1° ano do Ensino Médio integrado ao Técnico em Edificações do IFRN - Campus Mossoró. A inspiração na cartografia como método de pesquisa evidenciou pontos importantes deste percurso pedagógico, em diálogo com discussões relativas à subversão (Teixeira, 2019), deslocamento poético, transpedagogia (Helguera, 2011), professor-performer (Ciotti, 2014), aula em fluxo (Oliveira Junior, 2013), orientação emancipatória (Ranciére, 2002), skholé (Masschelein; Simons, 2014), errância (Kohan, 2016), programa performativo (Fabião, 2013), aula-performance e pesquisador do chão da escola. O estudo desse aporte teórico e a investigação por meio da experiência me leva a defender a ideia que a aula-performance cria deslocamentos poéticos que permitem que o subverso da escola emerja.