A autodireção como experiência criativa do ator
Autodireção. Processo Criativo. Diretor. Ator. Performer.
Esta pesquisa tem como objeto a autodireção num trabalho solo. O estudo parte de um processo criativo para investigar modos de se dirigir e a dinâmica de quem cria ocupando os lugares de ator e diretor. Além do enfoque no papel do ator e do diretor, o trabalho também analisa a posição do performer quanto à sua autonomia criativa. Foram entrevistados ainda atores-diretores que passaram pela mesma experiência recentemente, são eles: Georgette Fadel, Nena Inoue, Matteo Bonfitto e Michel Melamed. As entrevistas foram utilizadas para a análise das formas de autodireção e delas foram extraídos pontos de discussão sobre o tema. Além disso, serve de base teórica para o trabalho relatos de diretores, como Anne Bogart (2011), Peter Brook (2002), Antônio Araújo (2011) e David Mamet (2014), e obras que pensam o ator sob a ótica da sua autonomia criativa, como nos trabalhos de Matteo Bonfitto (2002 e 2013) e Cassiano Sidow Quilici (2015). Destaco para a utilização do método cartográfico em face da intervenção do pesquisador no processo e daquele investigar a autodireção durante uma experiência de criação. Por fim, a escrita adota um estilo ensaístico, tratando cada ensaio sobre um dos pontos principais da pesquisa.