O TRABALHO DOS ASSISTENTES SOCIAIS: OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO PERMANENTE NOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS ONOFRE LOPES (HUOL) E HOSPITAL ANA BEZERRA (HUAB) DA UFRN NATAL/RN
2012
Formação Permanente. Trabalho Coletivo em Saúde. Ensino-Pesquisa-Extensão. Trabalho Profissional.
Discute o processo de formação permanente dos assistentes sociais no ambiente dos Hospitais Universitários (HU’s). Estes hospitais constituem espaço de formação tendo em vista uma atuação profissional crítica e propositiva. Enquanto espaços de formação e produção de conhecimentos e de prestação de serviços essenciais à população, estas unidades hospitalares exigem de todos os profissionais integrantes da equipe de saúde uma formação permanente. Compreendendo que a formação contínua deve ser prioridade e concebida como a busca constante de atualização a partir da interação das áreas de ensino, pesquisa e extensão. Estas dimensões são propiciadoras de aproximações e domínio de conhecimentos teórico-metodológico, conferindo especial importância ao conhecimento sobre a realidade social, condição sine qua non ao trabalho do profissional de Serviço Social. A pesquisa teve como objetivo central apreender como se dá a formação permanente do assistente social e a sua relação com iniciativas de articulação entre o ensino, pesquisa e extensão, como elementos significativos ao exercício profissional dos assistentes sociais no Hospital Universitário Ana Bezerra e do Hospital Universitário Onofre Lopes/UFRN. A investigação foi realizada através de pesquisa bibliográfica, documental e de campo com entrevista semi estruturada incluindo o grupo de 09 (nove) assistentes sociais dos hospitais universitários Ana Bezerra e Onofre Lopes da UFRN, tomando como referência a abordagem quanti-qualitativa, buscando analisar as mediações que se interpõem entre os sujeitos e o contexto social. Os resultados indicam que os assistentes sociais nesses hospitais universitários têm a sua inserção além da assistência prestada ao paciente, em atuação nas áreas de ensino através de preceptoria ao discente de graduação e aos residentes de serviço social, em projetos de extensão e com reduzida inserção na área de pesquisa. Observamos que há um reconhecimento da importância de uma formação permanente, indicando que a qualificação do assistente social é imprescindível na transformação da sua pratica para acompanhar, explicar criticamente as particularidades da saúde pública, em suas expressões cotidianas de desigualdades de acessos que enfrentam e resistem os seus usuários.