MEDIAÇÃO FORMATIVA COLABORATIVA NO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR DE UM ESTUDANTE CEGO
Educação Inclusiva. Formação Continuada. Colaboração. Aluno com cegueira.
A formação continuada de vertente colaborativa, em nosso parecer, é uma das vias de sustentação para o estabelecimento de práticas pedagógicas inclusivas. Tal premissa nos levou a desenvolver a pesquisa, em nível de Mestrado, de abordagem qualitativa, do tipo colaborativa (Ibiapina, 2016), de matriz etnográfica,aplicada via método de estudo de caso, intitulada: Mediação Formativa Colaborativa no Processo de Inclusão Escolar de um Estudante Cego, traçamos como objetivo central - analisar contribuições da mediação formativa colaborativa na prática pedagógica de um(a) professor(a) que têm em sala de aula um estudante com cegueira; e, objetivos Específicos: Apontar as concepções de uma professora sobre o campo da deficiência visual e das práticas pedagógicas junto a um estudante com cegueira, antes e após participação em formação colaborativa; Mediar, via aplicação de formação colaborativa, conhecimentos, estratégias e instrumentos específicos ao ensino de um estudante com cegueira; Elencar elementos da mediação formativa colaborativa que mais contribuíram para mudança de concepções e de posturas pedagógicas da professora colaboradora da pesquisa, considerando a presença do estudante com cegueira em sala de aula; Identificar estratégias e instrumentos de ensino específicos utilizados pela professora em sala de aula junto a um aluno com cegueira, antes e depois da mediação formativa; Verificar as contribuições dos aspectos socioafetivos na relação entre a professora, o estudante com cegueira e, deste, com os demais alunos da turma, antes e depois da mediação formativa. O locus investigativo, uma escola de Ensino Fundamental – Anos Iniciais, da rede pública municipal da cidade de Natal/RN. Os sujeitos da pesquisa: 01 professora titular; 01 estudante com cegueira congênita. Para construção dos dados, utilizamos como instrumentos: a) entrevista semiestruturada aplicada com a professora participante; b) observação não participante; c) oficinas pedagógicas – com mediação colaborativa junto a professora; d) Diário de Campo - para registro do observado e mediado; e) ensaio fotográfico da aplicação pela professora das estratégias e instrumentos mediados. A análise dos dados, à luz da literatura especializada, como: Zabala (1998), Pires (2019), entre outros, considerou a realidade encontrada e os princípios da Análise de Conteúdo (Bardin, 1997). Os resultados alcançados refletem que nossa pesquisa cumpre com as proposições iniciais em virtude de possibilitar melhorias concernentes a autonomia e conquista da cidadania por meio de uma educação adequada ao estudante com cegueira.