A INSTRUÇÃO PAULISTA À ÉPOCA DA GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870)
Guerra do Paraguai; Instrução; Patriotismo; São Paulo.
Este trabalho teve como objetivo analisar os impactos da Guerra do Paraguai na instrução pública da província de São Paulo no período em que perdurou o conflito (1864-1870). Entre 1864 e 1870 a região hoje conhecida como América do Sul vivenciou seu maior conflito armado. Brasil, Argentina e Uruguai declararam Guerra contra o Paraguai. Os governantes brasileiros passaram a conceber o Império como superior à nação paraguaia, que para eles era um país não-civilizado. Entenderam que para manter a civilização e seguir o progresso, precisavam desenvolver sua instrução. O Império mobilizou homens de toda a parte de seu território. Alguns partiram para a Guerra voluntariamente e outros foram forçados. Com o desenvolver da Guerra o recrutamento tornou-se cada vez mais difícil, levando famílias inteiras a deslocarem-se, professores e alunos a abandonarem as escolas e a cidade. Os professores paulistas passaram a recorrer ao passado patriótico da província na qual havia sido proclamada a independência do Império. Civilização e progresso, presentes nas falas dos governantes foram refletidas nas práticas sociais paulistas que culminariam na noção de patriotismo refletida também na instrução das crianças e jovens do período. A pesquisa embasada nos conceitos da história cultural utilizou-se de fontes oficiais como relatórios de ministros, presidentes de província, de diretores de instrução e documentos extraoficiais como diários e periódicos.