Banca de DEFESA: BRENO DE ASSIS SILVA ARAUJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BRENO DE ASSIS SILVA ARAUJO
DATA : 15/07/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet, link da videochamada: https://meet.google.com/tuc-upzn-kzo
TÍTULO:

POLÍTICA, SECAS E ALGODÃO: A ESTRADA DE FERRO CENTRAL DO RIO GRANDE DO NORTE E OS USOS DO TERRITÓRIO




PALAVRAS-CHAVES:

Território Usado; Geografia Histórica; Ferrovias; Cotonicultura; Federalismo.


PÁGINAS: 163
RESUMO:

O desenvolvimento da rede ferroviária no Brasil esteve desde as primeiras linhas projetadas fortemente vinculado ao objetivo de garantir o escoamento da produção agrícola realizada no interior do território nacional. Nos estados que hoje compõem a região Nordeste, em geral, e no Rio Grande do Norte, em particular, o instrumento político de uso do discurso do “combate à seca” revestiu o propósito da construção das estradas de ferro como um dos elementos centrais das “obras contra as secas”. Dessa empreitada, intensamente promovida nas primeiras décadas do século XX, surgiu a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte (EFCRGN), tida pelas oligarquias regionais que defendiam sua edificação como a infraestrutura que garantiria não apenas o arrefecimento dos efeitos causados pelas irregularidades climáticas, mas também o desenvolvimento econômico do estado. Do desígnio pronunciado inicialmente, esta ferrovia adquiriu outras atribuições no desenrolar dos anos que sucederam à sua inauguração em 1906. A historiografia da gênese das alterações nas funções atribuídas à EFCRGN demonstra que, por vezes, tais transformações estiveram alinhadas à interesses de elites locais e, em outras, mais vinculadas à projetos de orientação nacional. A partir disso, é possível questionar: como a EFCRGN refletiu as dinâmicas de poder entre as elites locais e o poder central na definição dos usos do território norte-rio-grandense? Isto posto, o objetivo desta pesquisa de dissertação é analisar como as interações entre o poder central e as elites locais influenciaram a utilização e o planejamento do território potiguar através do desenvolvimento e uso da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte entre 1872 e 1949. Para tal, elenca-se como princípio analítico os pressupostos da Geografia Histórica e a leitura do território usado como eixo norteador da investigação. Ainda no universo teórico-conceitual, promove-se às discussões sobre situação geográfica e federalismo como centrais na análise efetuada. Todo o arcabouço conceitual foi confrontado com o exame de fontes primárias e secundárias, que variam desde documentos e relatórios produzidos no âmbito governamental, aos jornais, revistas e demais registros produzidos no período estudado. A apreensão geral aqui emitida é a de que a maneira como o território foi usado pela Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte ao longo da primeira metade do século XX foi sempre determinado pelas aspirações das intervenções instituídas pelo governo federal, ou seja, o poder central. Por parte das facções oligárquicas locais, especificamente, e do governo estadual, de maneira geral, coube assimilar de que maneira suas intenções coadunavam com os propósitos nacionais. Nesse sentido, a “autonomia” proporcionada pelo federalismo brasileiro ficou, nesse caso, apenas no âmbito do discurso e da possibilidade de garantir alguma barganha. Do ponto de vista de projetos e administração, a União ditou de que forma seria utilizada a ferrovia enquanto objeto técnico.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2615432 - JANE ROBERTA DE ASSIS BARBOSA
Interna - 6350736 - EUGENIA MARIA DANTAS
Externa ao Programa - 347654 - ANGELA LUCIA DE ARAUJO FERREIRA - UFRNExterno à Instituição - BRENO VIOTTO PEDROSA - UFRGS
Notícia cadastrada em: 01/07/2024 13:50
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