Análise não linear de pórticos planos considerando modelos hiperelásticos pelo método dos elementos finitos posicional
mecânica computacional; modelos hiperelásticos; método dos elementos finitos posicional; estruturas planas; pórticos planos.
A mecânica computacional, em particular o Método dos Elementos Finitos, tornou-se uma ferramenta essencial para os engenheiros simularem o comportamento de estruturas usando diferentes condições. Além disso, modelos hiperelásticos são comumente usados para representar o comportamento de materiais altamente deformáveis, como elastômeros e polímeros, cada vez mais usados em aplicações de engenharia. O uso de modelos hiperelásticos é apropriado para capturar relações tensão-deformação não lineares de materiais, mas a precisão desses modelos pode variar dependendo das propriedades do material e do regime de deformação, por isso é importante selecionar um modelo apropriado às condições específicas de interesse. Com isso, implementou-se os modelos hiperelásticos Mooney-Rivlin, Neo-Hookean, Ogden e Yeoh em um código computacional em FORTRAN usando o Método dos Elementos Finitos Posicional juntamente com a cinemática de Reissner e o método de Newton-Raphson para análise não linear de porticos planos com amostras de elastômeros adicionados de diferentes porcentagens de negro de carbono. A partir disso, utilizou-se o Método dos Mínimos Quadrados para determinação de coeficientes constitutivos dos modelos hiperelásticos e posteriormente, avaliou-se o desempenho de cada modelo comparando a curva força vs. deslocamento do material em estudo. Por fim, concluiu-se que os modelos de Yeoh e Ogden apresentaram valores coerentes enquanto que os modelos que destoaram foram os modelos Neo-Hookean e Mooney-Rivlin. Tal constatação foi atribuída ao número de constantes presentes na formulação de tais modelos, além disso, pode-se afirmar que o uso da formulação do método dos elementos finitos posicional para análise não linear de pórticos planos com o uso de modelos hiperelásticos tem bom desempenho, principalmente, após as modificações propostas por esse trabalho nas formulações dos modelos hiperelásticos, modificações essas que consistiram na adição do primeiro invariante de deformação da formulação de cisalhamento simples para incluir a consideração da distorção na energia específica de deformação dos modelos hiperelásticos.