Abordagens moleculares e citogenéticas na validação taxonômica de espécies da tribo Amphiprionini (Pomacentridae: Teleostei) comercializadas no Brasil.
Piscicultura ornamental marinha; marcadores moleculares; DNA barcode; citogenômica; rastreabilidade animal.
Os peixes-palhaços (Tribo Amphiprionini), originários do Indo-Pacífico e Mar Vermelho, estão entre os grupos taxonômicos de maior interesse comercial na indústria ornamental marinha. No Brasil, informações genômicas e citogenéticas são incipientes para estimar a atual diversidade e procedência de espécies e híbridos comercializados, inviabilizando sua rastreabilidade e manejo adequado. Este trabalho objetivou realizar um levantamento quantitativo e qualitativo das principais espécies de peixes ornamentais marinhas comercializadas no Brasil e contribuir com a prospecção da biodiversidade molecular e citogenética das principais espécies de Amphiprionini no mercado nacional. Exemplares das espécies comerciais mais representativas foram obtidas de lojas especializadas e cultivos comerciais do Brasil. As espécies foram ranqueadas quanto ao volume de indivíduos comercializados, estabelecendo-se sua origem e designação taxonômica ou nomes populares. As espécies foram validadas taxonomicamente através do sequenciamento e comparações com sequências mitocondriais COI depositadas no GenBank. Adicionalmente, as sete espécies mais representativas foram submetidas a análises citogenéticas convencionais (coloração Giemsa, bandamento-C e Ag-RONs). A análise mercadológica do ano de 2015 a 2021, somada as informações genéticas das espécies de peixes-palhaços proporcionou uma base biotecnológica para fins de identificação taxonômica, manejo e melhoramento genético. Os dados indicaram esse grupo como o mais popular entre as espécies ornamentais marinhas no mercado brasileiro e contribuem para o fortalecimento biotecnológico da piscicultura ornamental marinha nacional. Adicionalmente, os resultados têm reflexos na conservação biológica, pela ampliação da produção em cativeiro e a consequente mitigação da exploração extrativista das espécies em ambientes naturais.