POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA NO CEARÁ: A EXPERIÊNCIA DE CONSTRUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS JENIPAPO-KANINDÉ, AQUIRAZ / CEARÁ
Educação Escolar Indígena. Escola Indígena. Jenipapo-Kanindé. Ensino Remoto/Híbrido. Cultura. Ceará.
As Escolas Indígenas, no Brasil, emergiram a partir da luta do movimento indígena em prol da Terra, Saúde e Educação que atendesse às suas especificidades e respeitasse a sua cultura local. Criando-se assim a modalidade de educação escolar indígena na educação brasileira, assegurada pela Constituição Federal de 1988, já que por longas décadas a educação foi utilizada como forma de dominação e integração nacional, negando-lhes até mesmo o direito às suas identidades, crenças, línguas, costumes e culturas. Diante disso, a presente pesquisa busca compreender a experiência de educação escolar indígena entre o povo Jenipapo-Kanindé (JK), que habita a Terra Indígena (TI) Lagoa Encantada, no município de Aquiraz – Ceará. Para isso, buscamos contextualizar de que forma vem ocorrendo o processo de escolarização não indígena e indígena no Ceará e entre os JK. Com isso, esta investigação apresenta a experiência de educação escolar na Escola Indígena Jenipapo-Kanindé (EIJK) em seus diversos contextos, incluindo a experiência de ensino remoto/híbrido e as fronteiras educacionais existentes no local. O recorte temporal compreende o período que vai de 2018 a 2021 através de visitas de campo esporádicas para as investigações iniciais, levantamento bibliográfico, acompanhamento das redes sociais da EIJK, entrevistas não presenciais (on-line) e presenciais, além de imersão no campo de caráter etnográfico, buscando contribuir com os debates no campo da antropologia e educação.