Produção, recuperação e purificação de surfactina por Bacillus subtilis utilizando melaço de cana como substrato
Biossurfactante, surfactina, melaço de cana, extração, recuperação.
Os biossurfactantes têm atraído grande interesse tanto da comunidade científica como da indústria, nos últimos anos, por oferecerem várias vantagens em relação aos surfactantes sintéticos, incluindo a possibilidade de produção a partir de recursos renováveis através de fermentação. Dentre as diferentes classes de biossurfactantes, os surfactantes lipopeptídeos destacam-se por seu potencial antibiótico, especialmente a surfactina. As características vantajosas da surfactina impulsionaram o desenvolvimento de pesquisas em escala de laboratório voltadas para recuperação avançada de óleo, biorremediação, atividade antibacteriana, antiviral, entre outros temas. No entanto, o alto custo e o baixo rendimento envolvido na produção, recuperação e purificação de surfactina, diminuem sua competitividade frente aos surfactantes químicos. Para superar estes gargalos, torna-se necessário a utilização de técnicas que possuam baixo custo operacional. Nesse sentido, o processo de sublação por solvente (SS) vem sendo empregado em diversas áreas como uma técnica de separação suave, na qual compostos de superfície ativa são adsorvidos na superfície de bolhas. A flotação/complexação/extração (FCE) é um tipo de SS aprimorada, que possui grande potencial na separação e recuperação de biomoléculas, cujas vantagens incluem baixa dosagem de solvente orgânico, alta eficiência de separação, operação simples e baixo impacto ambiental. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a produção de surfactina por Bacillus subtilis UFPEDA 438 utilizando como substrato o melaço de cana, bem como estudar a FCE como técnica de separação na recuperação e purificação de surfactina.