A Gestão de Empreendimentos da Agricultura Familiar e os Impactos para a Sustentabilidade: um estudo de caso com a rede Xiquexique
Agricultura familiar; Desenvolvimento; Sustentabilidade
O termo Desenvolvimento Sustentável como o conhecemos hoje foi utilizado pela primeira vez pela ONU em 1988, quando da criação da Comissão Mundial Sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento - CMMAD, preocupada com as reduções alarmantes dos recursos naturais e com a poluição desenfreada produzida pelo homem. Possibilitar ao homem produzir os bens necessários para sua vida sem esgotar os recursos necessários a vida dos outros animais e dos seus descendentes, considerando sustentabilidade ambiental, econômica e sociopolítica, preservando Gaia para uma vida duradoura, este é o conceito de Desenvolvimento Sustentável aplicado neste projeto, segundo orientações dadas pelo Relatório de Brundtland em 1988. No Brasil, as preocupações com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável surgiram mais tarde que as discussões internacionais. Apesar disso, no país temos já em 1981, a Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA, que definiu não existirem mais danos ambientais tolerados. Em 1988, a constituição federal declara que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, por mais utópico que isso possa parecer abre um espaço para o incremento de toda uma política ambiental, uma preocupação com a sustentabilidade e promove o debate sobre o tema. As políticas governamentais vêm se manifestando no sentido de promover o crescimento da modalidade de agricultura familiar, ou seja, de tornar a atividade competitiva. Porém, apresenta-se um novo paradigma para o desenvolvimento, um modelo fundamentado nos princípios especificados no capítulo 14 da Agenda 21, que propõe a “promoção do desenvolvimento rural e agrícola sustentável”.