Mapeamento Tecnológico da Geração de Energia Eólica Offshore
Turbina eólica offshore. Usina eólica offshore. Mapeamento Tecnológico. Análise de Patentes.
A energia dos ventos vem sendo utilizada desde o final do século XIX. Na Dinamarca, por exemplo, ocorreu o grande desenvolvimento da energia eólica a partir da fabricação das primeiras turbinas por pequenas empresas de equipamentos agrícolas. Por volta de 1980, países como Alemanha e EUA através de políticas de incentivo, desencadearam investimentos com diversos estímulos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Além de se tratar de uma alternativa limpa, a energia eólica é capaz de produzir eletricidade a preços competitivos com relação às fontes tradicionais de energia. O ano de 2016 ficou marcado pela redução dos preços do setor eólico offshore, em algumas circunstâncias, esta fonte torna-se menos custosa do que onshore. O Brasil ainda não possui usinas de energia eólica offshore e ainda são poucos os estudos nesta área. Assim, o objetivo deste estudo foi mapear as tecnologias existentes e as tendências tecnológicas de turbinas para energia eólica offshore, explorando diferentes tecnologias do rotor e da estrutura de uma turbina eólica offshore. A pesquisa foi realizada em duas etapas: a fundamentação teórica, seguida de uma análise de patentes, possibilitando um mapeamento tecnológico das tecnologias. Foi utilizada a base de patentes Derwent Innovations Index (DII) e analisadas com abordagem quantitativa e qualitativa as patentes desde 1998 até 2018. Como conclusão cita-se que as turbinas eólicas offshore possuem quase o dobro de potência do que as turbinas onshore, apresentam pás reforçadas com fibra de vidro e a fundação mais utilizada é a monopile. No futuro, as turbinas tendem a aumentar ainda mais em potência e tamanho, espera-se que os materiais utilizados nas pás apresentarão características de baixa densidade, alta resistência e possam ser reciclados e as torres e as fundações estão com tendência híbrida de materiais e modelos. Além disso, nota-se uma tendência no desenvolvimento de tecnologias para as turbinas serem implementadas em águas cada vez mais profundas.