AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO PLANO DE EXPANSÃO DA REDE FEDERAL NA QUALIDADE DOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO SEGUNDO INDICADORES DE DESEMPENHO
Indicadores de desempenho; Expansão da Educação Profissional; Avaliação da qualidade; Análise multivariada
O Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional prevê a construção de 860 novas unidades de ensino até 2020, representando um intenso crescimento frente às 140 unidades existentes até então. Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia vêm realizando a expansão enquanto vivenciam as deficiências e os desafios das unidades ainda em desenvolvimento, criadas nas fases anteriores do Plano. A qualidade dos serviços dessas instituições tem sido avaliada pelos órgãos de controle, que requerem a apresentação de indicadores de desempenho nos seus Relatórios de Gestão anuais. No contexto da expansão dos Institutos, em particular, deseja-se identificar possíveis mudanças os padrões de qualidade. Assim, esta pesquisa foi motivada pelo seguinte problema: houve diferença no desempenho dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia após a inauguração das primeiras unidades da Fase II do Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica? Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva ex-post-facto com abordagem quantitativa, que objetiva contribuir para o conhecimento do impacto da Expansão da Rede Federal. Foram coletados os dados dos 12 indicadores apresentados nos Relatórios de Gestão dos 38 Institutos Federais nos anos 2007 a 2011, para avaliação dos desempenhos através de técnicas de estatística descritiva. Os indicadores foram analisados de forma consolidada e aberta pelas seguintes perspectivas: por região do país, por crescimento de unidades de ensino e por origem das instituições. Também foi realizada uma análise multivariada de clusters no intuito de identificar grupos de excelência dentre os Institutos. Os resultados evidenciaram haver diferenças no desenvolvimento do Plano de Expansão entre as regiões brasileiras, tanto no plano da infraestrutura quanto nos indicadores acadêmicos, com melhores resultados no Centro-Oeste e Sul, e que há perfis diferenciados de Institutos conforme sua origem, onde os melhores indicadores de qualidade ocorrem naqueles originados por integração de diferentes instituições de ensino. Ainda, foram identificados dois grupos de excelência, com ênfase em gestão acadêmica, de pessoas e de expansão.