As Diretrizes Curriculares Nacionais para cursos de Engenharia [R3] estabelecem o seguinte perfil geral para os egressos dos cursos de Engenharia:
Art. 3º O perfil do egresso do curso de graduação em Engenharia deve compreender, entre outras, as seguintes características:
I - ter visão holística e humanista, ser crítico, reflexivo, criativo, cooperativo e ético e com forte formação técnica;
II - estar apto a pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias, com atuação inovadora e empreendedora;
III - ser capaz de reconhecer as necessidades dos usuários, formular, analisar e resolver, de forma criativa, os problemas de Engenharia;
IV - adotar perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares em sua prática;
V - considerar os aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e de segurança e saúde no trabalho; e
VI - atuar com isenção e comprometimento com a responsabilidade social e com o desenvolvimento sustentável.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a área de Computação [R2] definem um perfil geral para a área e perfis específicos para os cursos. O perfil comum a todos os profissionais de Computação é o seguinte:
Art. 4º Os cursos de bacharelado e de licenciatura da área de Computação devem assegurar a formação de profissionais dotados:
I - de conhecimento das questões sociais, profissionais, legais, éticas, políticas e humanísticas;
II - da compreensão do impacto da computação e suas tecnologias na sociedade no que concerne ao atendimento e à antecipação estratégica das necessidades da sociedade;
III - de visão crítica e criativa na identificação e resolução de problemas contribuindo para o desenvolvimento de sua área;
IV - da capacidade de atuar de forma empreendedora, abrangente e cooperativa no atendimento às demandas sociais da região onde atua, do Brasil e do mundo;
V - de utilizar racionalmente os recursos disponíveis de forma transdisciplinar;
VI - da compreensão das necessidades da contínua atualização e aprimoramento de suas competências e habilidades;
VII - da capacidade de reconhecer a importância do pensamento computacional na vida cotidiana, como também sua aplicação em outros domínios e ser capaz de aplicá-lo em circunstâncias apropriadas; e
VIII - da capacidade de atuar em um mundo de trabalho globalizado.
O perfil específico para o curso de Engenharia de Computação, segundo as DCN de Computação [R2], é:
Art. 4º (...) § 2º Levando em consideração a flexibilidade necessária para atender domínios diversificados de aplicação e as vocações institucionais, espera-se que os egressos dos cursos de Engenharia de Computação:
I - possuam sólida formação em Ciência da Computação, Matemática e Eletrônica visando à análise e ao projeto de sistemas de computação, incluindo sistemas voltados à automação e controle de processos industriais e comerciais, sistemas e dispositivos embarcados, sistemas e equipamentos de telecomunicações e equipamentos de instrumentação eletrônica;
II - conheçam os direitos e propriedades intelectuais inerentes à produção e à utilização de sistema de computação;
III - sejam capazes de agir de forma reflexiva na construção de sistemas de computação, compreendendo o seu impacto direto ou indireto sobre as pessoas e a sociedade;
IV - entendam o contexto social no qual a Engenharia é praticada, bem como os efeitos dos projetos de Engenharia na sociedade;
V - considerem os aspectos econômicos, financeiros, de gestão e de qualidade, associados a novos produtos e organizações;
VI - reconheçam o caráter fundamental da inovação e da criatividade e compreendam as perspectivas de negócios e oportunidades relevantes.
O perfil definido pela portaria da área de Engenharia de Computação no ENADE 2023 [R11] é:
Art. 4º A prova do ENADE, no componente específico da área de Engenharia de Computação, tomará como referencial do(a) estudante concluinte o seguinte perfil:
I - Rigoroso científica e metodologicamente, com raciocínio lógico e capacidade de abstração no desenvolvimento e na análise de soluções computacionais, envolvendo a integração hardware e software;
II - Colaborativo, propositivo e resiliente no trabalho em contextos transversais e interdisciplinares;
III - Criativo e crítico na identificação e na resolução de problemas, considerando aspectos políticos, econômicos, éticos, sociais, humanísticos, ambientais e culturais;
IV - Organizado, comunicativo, proativo e responsável em sua atuação profissional;
V - Comprometido com a sua permanente atualização profissional e atento ao surgimento e ao desenvolvimento de novas tecnologias, com capacidade de integrá-las em seu fazer profissional;
VI - Inovador e empreendedor na geração e na identificação de novos produtos, processos e serviços.
O Engenheiro de Computação que se deseja formar aplica a ciência e a tecnologia da computação na solução de problemas de Engenharia. É um profissional capaz de atuar principalmente, mas não exclusivamente, em áreas em que existe uma forte integração entre software e hardware, como automação industrial, sistemas paralelos e distribuídos, arquitetura de computadores, sistemas embarcados, robótica, comunicação de dados e processamento digital de sinais.
Em comparação com outros profissionais da área de Computação, o perfil do egresso da Engenharia de Computação da UFRN é mais direcionado a sistemas onde os computadores não são os únicos agentes que
influenciam o meio. Além dos dados, que são grandezas geradas, processadas e utilizadas por computadores, também é capaz de receber, tratar e gerar sinais, que são informações geradas externamente e/ou produzidas internamente para atuar sobre o meio externo.
Para tanto, o curso de Engenharia de Computação da UFRN deve formar egressos com o seguinte perfil:
● Boa formação básica nos fundamentos científicos relevantes das Ciências Exatas e Naturais (principalmente Matemática, Estatística e Física) e nos conhecimentos relevantes associados à formação básica em Engenharia e Computação;
● Formação profissionalizante geral que envolve os conteúdos fundamentais da Computação, da Eletricidade e da Eletrônica; e
● Formação profissionalizante específica nos aspectos ligados ao desenvolvimento e análise de soluções computacionais, incluindo a integração hardware e software, e nas aplicações da Computação em problemas de Engenharia e da sociedade em geral.
● Capaz de compreender o impacto da Computação e suas tecnologias, considerando aspectos sociais, políticos, éticos, humanísticos, legais e de propriedade intelectual, econômicos, ambientais e culturais.
● Empreendedor, criativo, inovador e capaz de trabalhar de forma colaborativa e interdisciplinar.
● Comprometido com a permanente atualização profissional, o aprimoramento de suas competências e a incorporação de novas tecnologias ao exercício profissional.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para cursos de Engenharia [R3] estabelecem as seguintes competências gerais para os egressos dos cursos de Engenharia:
1. Formular e conceber soluções desejáveis de engenharia, analisando e compreendendo os usuários dessas soluções e seu contexto:
a) Ser capaz de utilizar técnicas adequadas de observação, compreensão, registro e análise das necessidades dos usuários e de seus contextos sociais, culturais, legais, ambientais e econômicos.
b) Formular, de maneira ampla e sistêmica, questões de engenharia, considerando o usuário e seu contexto, concebendo soluções criativas, bem como o uso de técnicas adequadas.
2. Analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação:
a) Ser capaz de modelar os fenômenos, os sistemas físicos e químicos, utilizando as ferramentas matemáticas, estatísticas, computacionais e de simulação, entre outras.
b) Prever os resultados dos sistemas por meio dos modelos.
c) Conceber experimentos que gerem resultados reais para o comportamento dos fenômenos e sistemas em estudo.
d) Verificar e validar os modelos por meio de técnicas adequadas.
3. Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos (bens e serviços), componentes ou processos:
a) Ser capaz de conceber e projetar soluções criativas, desejáveis e viáveis, técnica e economicamente, nos contextos em que serão aplicadas.
b) Projetar e determinar os parâmetros construtivos e operacionais para as soluções de Engenharia.
c) Aplicar conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de Engenharia.
4. Implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia:
a) Ser capaz de aplicar os conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar a implantação das soluções de Engenharia.
b) Estar apto a gerir, tanto a força de trabalho quanto os recursos físicos, no que diz respeito aos materiais e à informação.
c) Desenvolver sensibilidade global nas organizações.
d) Projetar e desenvolver novas estruturas empreendedoras e soluções inovadoras para os problemas.
e) Realizar a avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções de Engenharia nos contextos social, legal, econômico e ambiental.
5. Comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica:
a) Ser capaz de expressar-se adequadamente, seja na língua pátria ou em idioma diferente do Português, inclusive por meio do uso consistente das tecnologias digitais de informação e comunicação
(TDICs), mantendo-se sempre atualizado em termos de métodos e tecnologias disponíveis.
6. Trabalhar e liderar equipes multidisciplinares:
a) Ser capaz de interagir com as diferentes culturas, mediante o trabalho em equipes presenciais ou a distância, de modo que facilite a construção coletiva.
b) Atuar, de forma colaborativa, ética e profissional em equipes multidisciplinares, tanto localmente quanto em rede.
c) Gerenciar projetos e liderar, de forma proativa e colaborativa, definindo as estratégias e construindo o consenso nos grupos.
d) Reconhecer e conviver com as diferenças socioculturais nos mais diversos níveis em todos os contextos em que atua (globais/locais).
e) Preparar-se para liderar empreendimentos em todos os seus aspectos de produção, de finanças, de pessoal e de mercado.
7. Conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício da profissão:
a) Ser capaz de compreender a legislação, a ética e a responsabilidade profissional e avaliar os impactos das atividades de Engenharia na sociedade e no meio ambiente.
b) Atuar sempre respeitando a legislação, e com ética em todas as atividades, zelando para que isto ocorra também no contexto em que estiver atuando.
8. Aprender de forma autônoma a lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e aos desafios da inovação:
a) Ser capaz de assumir atitude investigativa e autônoma, com vistas à aprendizagem contínua, à produção de novos conhecimentos e ao desenvolvimento de novas tecnologias.
b) Aprender a aprender.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a área de Computação [R2] definem as seguintes competências e habilidades comuns para os egressos dos cursos da área de Computação:
1. Identificar problemas que tenham solução algorítmica.
2. Conhecer os limites da computação.
3. Resolver problemas usando ambientes de programação.
4. Tomar decisões e inovar, com base no conhecimento do funcionamento e das características técnicas de hardware e da infraestrutura de software dos sistemas de computação consciente dos aspectos éticos, legais e dos impactos ambientais decorrentes.
5. Compreender e explicar as dimensões quantitativas de um problema.
6. Gerir a sua própria aprendizagem e desenvolvimento, incluindo a gestão de tempo e competências organizacionais.
7. Preparar e apresentar seus trabalhos e problemas técnicos e suas soluções para audiências diversas, em
formatos apropriados (oral e escrito).
8. Avaliar criticamente projetos de sistemas de computação.
9. Adequar-se rapidamente às mudanças tecnológicas e aos novos ambientes de trabalho.
10. Ler textos técnicos na língua inglesa.
11. Empreender e exercer liderança, coordenação e supervisão na sua área de atuação profissional.
12. Ser capaz de realizar trabalho cooperativo e entender os benefícios que este pode produzir.
As competências e habilidades específicas para o curso de Engenharia de Computação, segundo as DCN de
Computação [R2], são:
1. Planejar, especificar, projetar, implementar, testar, verificar e validar sistemas de computação (sistemas digitais), incluindo computadores, sistemas baseados em microprocessadores, sistemas de comunicações e sistemas de automação, seguindo teorias, princípios, métodos, técnicas e procedimentos da Computação e da Engenharia.
2. Compreender, implementar e gerenciar a segurança de sistemas de computação.
3. Gerenciar projetos e manter sistemas de computação.
4. Conhecer os direitos e propriedades intelectuais inerentes à produção e à utilização de sistemas de computação.
5. Desenvolver processadores específicos, sistemas integrados e sistemas embarcados, incluindo o desenvolvimento de software para esses sistemas.
6. Analisar e avaliar arquiteturas de computadores, incluindo plataformas paralelas e distribuídas, como também desenvolver e otimizar software para elas.
7. Projetar e implementar software para sistemas de comunicação.
8. Analisar, avaliar e selecionar plataformas de hardware e software adequados para suporte de aplicação e sistemas embarcados de tempo real.
9. Analisar, avaliar, selecionar e configurar plataformas de hardware para o desenvolvimento e implementação de aplicações de software e serviços.
10. Projetar, implantar, administrar e gerenciar redes de computadores.
11. Realizar estudos de viabilidade técnico-econômica.
As competências e habilidades específicas segundo a portaria da área de Engenharia de Computação no ENADE 2023 [R11] são:
1. Conceber, especificar, projetar, construir, testar, verificar e validar soluções computacionais;
2. Compreender e explicar as dimensões quantitativas de um problema;
3. Interpretar e resolver problemas computacionais, empregando recursos lógicos ou matemáticos;
4. Desenvolver sistemas integrados de hardware e software;
5. Analisar, avaliar, desenvolver e otimizar software;
6. Desenvolver, implantar e configurar aplicações de software ou serviços em plataformas de hardware;
7. Projetar, implantar, administrar e gerenciar infraestruturas computacionais;
8. Implementar e gerenciar a segurança de sistemas de computação;
9. Realizar estudos de viabilidade técnica, social e econômica de projetos, de produtos, de processos ou de serviços na área de computação.
Com base nessas definições gerais e levando-se em conta o histórico e a vocação do curso e a realidade do mundo do trabalho regional e nacional, o curso de graduação em Engenharia de Computação da UFRN deve proporcionar aos seus egressos, ao longo da formação, as seguintes competências (C1 a C7) e habilidades (H1a a H7b):
C1: Possuir sólida formação em ciências exatas e naturais, possibilitando a compreensão e solução de problemas de Engenharia envolvendo o contexto de software e/ou hardware.
H1a: Analisar e compreender os fenômenos naturais por meio de modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação.
H1b: Perceber problemas do mundo que possam ser solucionados por algum tipo de sistema e conceber o sistema adequado para solucioná-lo.
H1c: Identificar, representar, interpretar e resolver problemas que tenham solução algorítmica, empregando recursos abstratos, lógicos e/ou matemáticos.
H1d: Projetar algoritmos não triviais e empregar os algoritmos e estruturas de dados adequados de modo que proporcionem melhor desempenho.
C2: Atuar na análise, especificação, projeto, desenvolvimento, teste, verificação e validação de sistemas de informática de uso geral ou dedicados, englobando computadores, sistemas baseados em microprocessadores e sistemas integrados de software e hardware de uso específico para solução de problemas tecnológicos no contexto de Engenharia.
H2a: Projetar e desenvolver sistemas nas áreas de computação, redes de computadores, automação e sistemas, tecnologia da informação, processamento de sinais, inteligência artificial, análise de dados e robótica.
H2b: Analisar, avaliar, selecionar e/ou desenvolver arquiteturas de computadores, plataformas de hardware e software, incluindo plataformas paralelas e distribuídas, processadores específicos, sistemas integrados e sistemas embarcados de tempo real, incluindo o software para esses sistemas.
H2c: Encontrar vulnerabilidades e implementar e gerenciar a segurança, confiabilidade, integridade e disponibilidade de sistemas de computação.
C3: Comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica.
H3a: Comunicar-se na língua pátria e em idiomas diferentes, incluindo a língua inglesa.
H3b: Utilizar de forma consistente as tecnologias digitais de informação e comunicação, mantendose sempre atualizado em termos de métodos e tecnologias disponíveis.
C4: Considerar os aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e de segurança e saúde no trabalho.
H4a: Conhecer e aplicar com ética a legislação, os atos normativos no exercício da profissão e o direito relacionado à propriedade intelectual sobre a produção e utilização de sistemas de computação.
H4b: Realizar a avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções propostas nos contextos social, legal, econômico e ambiental, comprometendo-se com a responsabilidade social e com o desenvolvimento sustentável.
C5: Aprender a lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se continuamente em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e aos desafios da inovação.
C6: Possuir criatividade e espírito inovador e empreendedor.
C7: Ser capaz de implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia.
H7a: Realizar estudos de viabilidade técnica, social e econômica, planejar, supervisionar, elaborar e coordenar a implantação de projetos, produtos e/ou serviços.
H7b: Liderar ou participar de equipes multidisciplinares, de forma colaborativa, ética e profissional.
A estrutura curricular foi concebida buscando desenvolver as competências (C1 a C7) e habilidades (H1a a H7b) que se deseja que o egresso possua, descritas no final da seção 7.2.1. Embora várias competências e habilidades sejam trabalhadas de maneira transversal em muitas disciplinas, são apresentados na Tabela 11 os componentes curriculares que estão mais diretamente envolvidos no seu desenvolvimento.
Carga horária
O currículo do curso prevê uma carga horária total de 3679h (ver Tabela 34), contabilizadas em horasrelógio (horas de 60 minutos), a serem integralizadas em prazo médio de 5 (cinco) anos. Essa carga horária é superior ao mínimo exigido pela Resolução CNE/CES nº 2 [R14], que dispõe sobre a carga horária mínima dos cursos. O mínimo a ser considerado depende da diretriz, embora a Engenharia de Computação da UFRN atenda ambos os critérios e a norma que se aplique formalmente sejam as DCN de Computação:
● Pelas diretrizes de Engenharia, a duração mínima é de 3600h, com integralização em 5 anos.
● Pelas diretrizes de Computação, a duração mínima é de 3200h, com integralização em 4 anos.
O curso de Engenharia de Computação é totalmente presencial. Não são previstos componentes curriculares oferecidos total ou parcialmente na modalidade de ensino a distância. Por essa razão, não se aplicam ao curso as disposições da regulamentação interna da UFRN [R7] sobre o funcionamento de componentes curriculares na modalidade a distância nos cursos de graduação presenciais.
Avaliação do processo de ensino-aprendizagem
A avaliação do processo de ensino-aprendizagem seguirá o Regulamento dos Cursos de Graduação da UFRN [R1], arts. 91 ao 122, tendo como referência o perfil do egresso, os objetivos do curso e as competências profissionais orientadoras para a formação do Engenheiro de Computação.
Geralmente os procedimentos de avaliação do aprendizado são bastante diversificados e dependem de cada componente. Nos cursos de Engenharia, de modo geral, são realizadas provas escritas, seminários individuais ou em grupos, relatórios técnicos, estudos de casos e projetos, algumas vezes utilizando metodologias de Aprendizado Baseado em Projetos ou Problemas (PBL).
A coordenação do curso acompanhará a evolução dos alunos ao longo dos anos de modo a detectar taxas de insucesso anormalmente altas em relação a determinadas disciplinas e/ou professores, em comparação com disciplinas e/ou professores similares. Com o objetivo de detectar, diagnosticar e tentar resolver estes casos, além de outros aspectos do curso que requeiram uma intervenção específica, a avaliação da aprendizagem será complementada pelas seguintes ações:
● Reuniões semestrais do Coordenador e do Vice-coordenador com os alunos, tentando identificar pontos positivos e negativos no processo de ensino-aprendizagem das várias disciplinas, possivelmente utilizando questionários preenchidos pelos alunos e professores.
● Utilização das avaliações dos docentes pelos discentes feitas pela UFRN para identificar problemas e
soluções.
Periodicamente, as dificuldades e problemas do curso relacionados com a infraestrutura, equipamentos de laboratório, pessoal, problemas de gestão, metodologias adotadas nas componentes curriculares, etc. serão averiguadas pela Coordenação do curso, Colegiado e NDE, juntamente com os demais docentes, chefes de laboratórios e a chefia do DCA para propor soluções. As ferramentas mais utilizadas para detectar essas eventuais necessidades são as avaliações dos discentes e docentes para cada disciplina, demandas levantas
em reuniões periódicas com os alunos e o Plano de Ação Trienal do curso (PATCG).
Avaliação do Projeto Pedagógico
A avaliação do Projeto Pedagógico compreende o acompanhamento e a gestão da execução do projeto. A avaliação será executada a partir das seguintes ações, realizadas principalmente durante a Semana de Avaliação e Planejamento (SAP) do DCA, prevista no Calendário Acadêmico da UFRN:
● Reuniões entre professores que lecionarão as disciplinas do curso em áreas afins, para discussão sobre as metodologias de ensino-aprendizado que serão utilizadas, de modo a formar um conjunto consistente, além de alterá-las quando necessário. Esse planejamento ocorrerá.
● Reuniões entre o Coordenador, o Vice Coordenador, professores e representantes dos alunos para avaliar a eficácia do Projeto Pedagógico e detectar possíveis ajustes que sejam necessários.
● Reunião com o corpo docente para levantar as eventuais dificuldades no curso, acompanhar o alcance das metas anteriores, avaliar o curso e propor melhorias e modificações pertinentes.
O Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso de Engenharia de Computação possui atribuições de acompanhamento e atualização contínua do projeto pedagógico do curso. O NDE é composto por um mínimo de cinco professores do quadro permanente que ministram regularmente componentes curriculares do curso, preferencialmente obrigatórios. O NDE promoverá uma contínua avaliação do processo de ensinoaprendizagem e eventuais melhorias no curso de acordo com os seguintes pontos:
● Reflexão para identificar fragilidades e possibilitar correções contínuas dos instrumentos utilizados, proporcionando melhorias na taxa de sucesso do curso;
● Diversificar os instrumentos de avaliação para garantir uma avaliação mais ampla e eficaz.