O Curso de Fisioterapia da UFRN estrutura todo o processo formativo, da matriz curricular aos procedimentos metodológicos, de modo a contemplar o perfil de egresso previsto nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fisioterapia. Visa formar um profissional fisioterapeuta generalista, humanista, contextualizado político e culturalmente, atuante nos vários níveis de atenção à saúde.
Este profissional será capacitado a realizar procedimentos de avaliação, diagnóstico e intervenção fisioterapêutica nas disfunções cinético-funcionais dos vários sistemas, de acordo com os princípios éticos, bioéticos, morais e deontológicos, de forma individual e/ou coletiva, promovendo o desenvolvimento científico, com domínio de saberes e competências inerentes à Fisioterapia e a dimensão do processo saúde doença; sendo capaz de buscar ao longo do processo formativo e/ou por educação permanente, os conhecimentos necessários para atuar na docência, na prática clínica, na gestão em saúde e na pesquisa científica.
O profissional fisioterapeuta deverá desenvolver, aprimorar e manter suas competências, habilidades e atitudes, observando o Aprender a Ser, por meio do reconhecimento de suas condições e limitações humanas, técnicas e científicas, para desenvolver estratégias de se constituir como sujeito no mundo; Aprender a Conhecer, de maneira a desenvolver a capacidade de absorver e produzir conhecimentos inerentes à profissão; Aprender a Viver Juntos, considerando a saúde como um produto social, respeitando os princípios éticos inerentes ao exercício profissional, para interagir com os outros (relações interpessoais, interprofissionais); e o Aprender a Fazer, desenvolvendo habilidades técnicas e relações humanas específicas, para avaliar, diagnosticar, prevenir e tratar o indivíduo e a coletividade, quanto à promoção, proteção e recuperação da saúde, em especial, nos aspectos cinético-funcionais. São habilidades e competências do Fisioterapeuta:
- Inserir-se profissionalmente nos diversos níveis de atenção à saúde, atuando em programas de promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde, contribuindo para a manutenção da qualidade de vida dos pacientes, de sua família e comunidade;
- Conhecer os aspectos semiológicos e meios diagnósticos para avaliar as disfunções cinético-funcionais dos vários sistemas orgânicos, realizando consultas, avaliações;
- Inserir-se profissionalmente nos diversos níveis de atenção à saúde, atuando em programas de promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde, contribuindo para a manutenção da qualidade de vida dos pacientes, de sua família e comunidade;
- Conhecer os aspectos semiológicos e meios diagnósticos para avaliar as disfunções cinético-funcionais dos vários sistemas orgânicos, realizando consultas, avaliações e reavaliações do paciente, colhendo dados, solicitando, executando e interpretando exames propedêuticos e complementares que permitam elaborar um diagnóstico cinético-funcional;
- Eleger e quantificar os recursos, as técnicas e as condutas fisioterapêuticas apropriadas, baseado em evidência científica, objetivando tratar as disfunções no campo da fisioterapia, em toda sua extensão e complexidade, estabelecendo prognóstico, reavaliando condutas e decidindo pela alta fisioterapêutica;
- Analisar criticamente o amplo leque de aspectos clínicos, científicos, filosóficos, éticos, políticos, sociais, culturais, implicados na atuação profissional do fisioterapeuta;
- Emitir laudos, pareceres e atestados fisioterapêuticos; - Manter sigilo profissional acerca de questões a elas confiadas no seu exercício profissional;
- Encaminhar o paciente a outros profissionais, quando necessário, visando o restabelecimento da saúde do paciente;
- Desempenhar atividades de planejamento, organização e gestão de serviços de saúde públicos ou privados, além de assessorar, prestar consultorias e auditorias no âmbito de suas competências profissionais;
- Analisar e procurar soluções para os problemas da sociedade, atuando multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente na promoção da saúde, individual e/ou coletivamente;
- Desenvolver atividades técnico-científicas em sua área de atuação, através de aulas, palestras, conferências, cursos, orientação a outros profissionais e à comunidade;
- Desenvolver e executar projetos de pesquisas que contribuam na produção do conhecimento, socializando o saber científico produzido;
- Supervisionar estágios das futuras gerações de profissionais, proporcionando condições para que haja beneficio mútuo entre os futuros profissionais e os profissionais dos serviços;
- Acompanhar e incorporar inovações tecnológicas pertinentes à sua prática profissional, garantindo a segurança e a qualidade na assistência.
O curso de Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte se institui metodologicamente de modo a contemplar dimensões e domínios principais, para alcançar as competências e habilidades que o estudante desenvolve durante a sua formação.
Muitas abordagens e teorias de aprendizagem apontam para um modo particular de desenvolver competências gerais, para alcançar as dimensões: 1) SOCIAL (aprender a viver juntos) que inclui uma formação humanística, ética e política, centrada na responsabilidade social, 2) PROFISSIONAL (aprender a ser) baseada na prática continuada, nas habilidades interpessoais e na comunicação em saúde, centrada na saúde integral das pessoas.
Obviamente que a formação envolve o aprendizado de habilidades específicas, como as habilidades cognitivas (aprender a aprender), psicomotoras e atitudinais (aprender fazendo). Em se tratando de uma ciência aplicada da área da saúde os principais domínios a serem alcançados envolvem conteúdos de: 1) Biomédicos Básicos e Éticos, 2) Atenção Primária à Saúde, enfatizando a promoção e proteção específica à saúde; 3) Atenção Secundária à Saúde no SUS, enfatizando a saúde funcional e a educação em saúde; 4) Gestão das Políticas de
Saúde, em todos os níveis de atenção a saúde, privilegiando a multiprofissionalidade, a integralidade do cuidado e a educação em saúde; 5) Equidade e Sustentabilidade dos Processos de Reabilitação, buscando sempre a
inclusão social das pessoas com deficiência e; 6) Comunicação e Relação Psicossocial.
Em todos esses domínios e dimensões são trabalhadas competências e habilidades a serem estabelecidas que se refletem na formação de estudantes proativos, observadores, generalistas, com visão ampliada e censo críticoreflexivo, para atuar, de modo articulado com outros profissionais e com responsabilidade social e ambiental.
Em 2017, foi apresentado o esboço de minuta das diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação, bacharelado, em fisioterapia para consulta pública. Essa minuta está organizada a partir de “princípios que devem
transversalizar a formação profissional, e que balizam o perfil do egresso mediante
o desenvolvimento de competências que estão elencadas de acordo com as
dimensões e seus respectivos domínios de atuação profissional”. A atualização
das dimensões e domínios retratam o cenário os quais o profissional pode se
inserir: I – Atenção fisioterapêutica à saúde; II – Gestão, empreendedorismo e
inovação em saúde; III – Educação para vida.
A partir dessa minuta toda a proposta deste PPC está em consonância ao preconizado pela DCN para o curso de Fisioterapia.
Durante os 10 semestres letivos, há um equilíbrio entre a carga horária total de todas disciplinas ofertadas, como pode ser visualizado no Quadro 4. Durante o primeiro e segundo semestre, os alunos cursam disciplinas obrigatórias que fazem parte do eixo básico comum aos cursos da área da saúde, no entanto, ao mesmo
tempo há disciplinas específicas dos cursos de fisioterapia e ofertadas pelos docentes, fisioterapeutas, do curso, como “história e fundamentos da fisioterapia”, “ética e deontologia” e “fundamentos da epidemiologia e saúde pública”.
No terceiro e quarto período há início das disciplinas básicas específicas do curso de fisioterapia como “cinesiologia”, “cinesioterapia”, “métodos e técnicas de avaliação”, “recursos terapêuticos manuais”, dentre outras. Do quinto ao oitavo período são cursadas as disciplinas clínicas que se referem a introdução das disfunções que são tratadas em três grandes áreas: 1) Cardio-Pneumo-Vascular, 2) Materno-infantil e 3) Locomotor. Os alunos estarão sendo capacitados a avaliar, realizar o diagnóstico cinético-funcional, traçar e executar plano terapêutico. Os últimos dois semestres são destinados para cursar os estágios que referem-se as atividades individuais, conforme a Resolução 03/2017 – CCF que regulamenta o estágio curricular obrigatório e de acordo com a Resolução No 171/2013- CONSEPE, de 5 de novembro de 2013.
Essa estruturação é importante para a formação de uma linha de raciocínio do discente, unindo desde os aspectos básicos da anatomia até a avaliação com o paciente. Assim, torna-se importante a conexão entre as áreas para a construção/ entendimento do problema e consequentemente seja possível a resolução. O debate entre as áreas por meio dos encontros da semana pedagógica parece ter efeito positivo na interdisciplinaridade.
Além das aulas assistidas, os discentes estão envolvidos em atividades de ensino, pesquisa e extensão. Apesar de serem atividades que estão indissociadas, para melhor descrição, cada uma será detalhada separadamente.
Monitoria
De acordo com o relatório de monitoria vigente para o ano de 2018, há 04 projetos de monitoria ativos contendo 05 monitores bolsistas e 14 monitores voluntários. É possível observar no relatório, a participação dos discentes do curso de fisioterapia em projetos de monitoria ofertadas por outros departamentos. Esse fato permite o convívio do bolsista com outras áreas, despertando o contexto da interdisciplinaridade.
Um dos projetos de monitoria intitulado “INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NOS
FUNDAMENTOS DA FISIOTERAPIA: unindo a teoria e a prática na construção do processo”, elaborado pela Prof Dra Catarina de Sousa, aborda várias disciplinas pre-profissionalizantes como: cinesiologia, cinesioterapia, recursos terapêuticos manuais, introdução a tecnologia assistiva, eletrotermofototerapia, fisioterapia aquática e deficiência no contexto da sociedade.
Extensão
Pelo relatório de extensão do semestre de 2018.1, há 60 alunos cadastrados no Sigaa distribuídos em 10 ações, sendo duas não coordenadas por docentes do Curso de Fisioterapia.
As atividades de extensão compreendem projetos e programas de educação em saúde, cursos, eventos e assistência fisioterapêutica à comunidade. Os projetos possuem financiamento da Pró-reitoria de Extensão da UFRN
(PROEX – UFRN), da Federação das Indústrias e do Comércio – FIERN, do Serviço Nacional da Indústria e do Comércio – SESI, do Hospital de Pediatria da UFRN – HOSPED e da Rede INTERTV.
Como podemos observar as atividades de extensão envolvem outras instâncias públicas e privadas, como instituições de saúde, de ensino, hospitais, prestadores de serviço, associações, dentre outros. Como princípio básico, estas ações visam estabelecer uma aproximação entre a Universidade, a Fisioterapia e a realidade social, integrando docentes, discentes, profissionais e a comunidade.
Pesquisa
Baseado no relatório de pesquisa do semestre de 2018.1, consta 18 projetos ativos, sendo dois não coordenados por docentes do curso, no entanto, com participação de discentes do curso de Fisioterapia. Ao total, há 137 discentes cadastrados no Sigaa em atividades de pesquisa. Esses projetos possuem financiamento da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação da UFRN (PPG e PROPESQ – UFRN), da Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte –FAPERN e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico –
CNPQ.
Além disso, a exigência de um trabalho de conclusão de curso como parte do processo de formação, tem estimulado os estudantes desde cedo a participar de bases de pesquisa e buscar por uma orientação mais sistemática dos professores do Departamento de Fisioterapia - FST.
Acessibilidade Digital
No componente obrigatório Introdução à Tecnologia Assistiva, os alunos realizam uma visita técnica no laboratório de acessibilidade da UFRN. Na visita, os alunos conhecem e manuseiam os recursos, inclusive, são esclarecidos pelos funcionários do setor, sobre o funcionamento e disponibilidade de empréstimos.
Atividade Complementar
De acordo com a Resolução Normativa 03/2017 – CCF, que regulamenta a inclusão de Atividades Autônomas (Complementares) de Formação no âmbito do Curso de Graduação de Fisioterapia da UFRN, as atividades autonomas de formação do curso de fisioterapia são obrigatórias até um mínimo de 240 horas.
Nas Atividades complementares são contabilizadas as atividades que envolvem ensino, pesquisa e extensão. É importante ressaltar que cada uma das atividades deve ter quantitativo mínimo de 30 horas, para fins de contabilização.
Trabalho de Conclusão de Curso
A Resolução 02/2017 – CCF regulamenta o Trabalho de Conclusão de Curso – TCC no âmbito do Curso de Graduação de Fisioterapia da UFRN. Essa normatização tem por finalidade regulamentar as atividades relacionadas ao TCC do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN e está de acordo com a Resolução Nº 171/2013-CONSEPE, de 5 de novembro de 2013.
No currículo 4, o TCC apresenta uma carga horária de 45 hrs, no entanto, no currículo 5, passará a carga horária de 15hrs. O TCC é uma produção acadêmica que sintetiza os conhecimentos e habilidades construídos durante o
curso de fisioterapia, desenvolvida individualmente pelo aluno sob orientação de um docente vinculado ao curso de fisioterapia da UFRN, na relação máxima de 04 alunos/por período para cada docente orientador. Seu desenvolvimento é uma forma de consolidar um aprendizado.
O discente deverá apresentar o
TCC perante uma Banca Examinadora por três membros, sendo o orientador designado como presidente. O conceito final
para aprovação no componente curricular TCC será a média aritmética simples
das três notas atribuídas pelos membros da banca examinadora. Será aprovado
aluno que atingir nota mínima de 7,0.
Pós-graduação
No ano de 2006, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), através do Departamento de Fisioterapia, apresentou a CAPES a proposta de criação do Curso de Mestrado Acadêmico na área de Fisioterapia, sendo este, o
primeiro da Região Norte-Nordeste e único da área fora do eixo sul-sudeste. A Pós-graduação em Fisioterapia-UFRN foi aprovado pela CAPES e homologado pelo CNE (Portaria Nº 73- DOU19/01/2007-Parecer 267/2006 Pág 22 e 23,17/01/2007). A partir de 2010, o PPGFIS teve o seu curso de Doutorado aprovado.
As áreas de concentração são distribuídas em: avaliação e intervenção no processo de envelhecimento, avaliação e intervenção nos sistemas cardiovascular, avaliação e intervenção no sistema musculoesquelético e avaliação e intervenção no sistema nervoso. Na avaliação do ano de 2017, o Programa manteve o conceito 4.
A partir da demanda da Pós-graduação, houveram novos concursos para atender as necessidades tanto do curso de graduação como de pós-graduação.
Além disso, aportes financeiros institucionais favoreceram a aquisição de equipamentos que vem a beneficiar também a graduação. Nesse sentido, os discentes da graduação possuem oportunidades para conhecer e utilizar
equipamentos de novas tecnologias.
A gestão do curso terá vários níveis de apoio: a Coordenação, o Colegiado e o Núcleo Docente Estruturante (NDE). Além disso, será estimulada a orientação acadêmica pelos professores com o objetivo de facilitar a integração dos alunos à vida universitária, orientando-os quanto às suas atividades acadêmicas (Cf. Artigos 130 a 135 da Resolução nº 171/2013 ‐CONSEPE, de 5 de novembro de 2013).
A Coordenação e o Colegiado do Curso observarão as normas internas da UFRN, especialmente aquelas previstas nos artigos 62 e 9º, respectivamente, do Regimento Geral, no tocante à composição e atribuições.
No que diz respeito ao NDE, será organizado "com o intuito de qualificar o envolvimento docente no processo de concepção e consolidação de um curso de graduação” (Cf. a Resolução CONAES nº 1/2010 e Resolução CONSEPE nº 124/2011). Terá fundamentalmente as atribuições de acompanhar as atividades acadêmicas, de propor atualizações no PP e de buscar mecanismos para assegurar a consolidação do curso.
O acompanhamento e avaliação das dificuldades relacionadas a infraestrutura, equipamentos, pessoal e problemas de gestão, serão realizados como processo sistemático, planejado e dirigido na perspectiva de identificar, obter e proporcionar dados e informações relevantes que servirão de base para a tomada de decisão com vistas a melhoria do curso.
Vale ressaltar que o planejamento da semana pedagógica como também o plano trienal dos cursos de graduação, elaborados em 2017.1, foram elementos discutidos previamente com o NDE. A partir da discussão foram observadas as necessidades para uma Reforma Curricular com modificação de carga horária de disciplina e nome de disciplinas, alteração na proporção de bloco, criação de disciplinas optativas, transformação de disciplinas em módulos e inclusão ou exclusão de pré-requisitos.
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