O VÍDEO COMO LINGUAGEM NO ESTUDO DA PAISAGEM: EXPERIÊNCIAS E PRÁTICAS EDUCATIVAS NO BAIRRO DO ALECRIM – NATAL/RN
Educação; Geografia; Paisagem; Linguagem videográfica; Imagem.
A paisagem é um dos conceitos fundamentais da Geografia, e no que concerne à Educação, trata-se de um conteúdo que se amplia ao longo da trajetória escolar, dado que potencializa desdobramento de sentidos e significados, participando da construção de saberes e conhecimentos geográficos dos alunos. Asim, como forma de consolidar processos de ensino-aprendizagem acerca da paisagem, nos valemos neste trabalho da linguagem videográfica, tão presente no cotidiano de alunos e professores visto seu acelerado avanço técnico e alcance dado a popularização do cinema, e que permitem hoje em dia, sobretudo aos jovens, um protagonismo nessa linguagem como produtor, editor e difusor de produtos audiovisuais. Diante deste cenário, nos indagamos sobre de que modo os telefones celulares (e suas câmeras digitais) vêm transformando os hábitos, a cultura e os modos de aprender-ensinar tanto da escola, quanto das culturas jovens. Assim, uma questão nos orienta. De que modo a linguagem videográfica pode possibilitar ao professor de Geografia a promoção de caminhos educativos, na construção e compartilhamento de saberes espaciais? Tomando por base esse questionamentos o presente trabalho,se organiza da seguinte maneira: primeiramente, realiza um estudo sobre o conceito de paisagem na Geografia, e assim suas reverberações no Ensino de Geografia, em um contexto educacional estabelecido: o Instituto Padre Miguelinho, instituição pública de Ensino Médio centenária, localizada no bairro do Alecrim, Natal/RN. Um segundo passo se deu com a realização de um estudo teórico e técnico acerca da linguagem videográfica, que deu aporte para a realização de oficinas de vídeos (poéticas e técnicas) e de experimentações audiovisuais com grupos de alunos da 3ª série desta instituição, direcionadas para o estudo da paisagem em Geografia: a escolha se deu pelo Alecrim, bairro da cidade que configura o “entorno” da escola e um dos locais mais antigos da cidade, povoado por memórias, histórias, marcas da cultura, lugares de cotidianos e trajetórias de vida relevantes para o estudo das paisagens pelos alunos. O terceiro momento, se dá como a análise crítica do processo de ensino-aprendizagem a partir dos dados coletados na aplicação de questionários, entrevistas e conversas acerca dos processos de experimentação, além das impressões dos alunos acerca da compreensão do conceito de paisagem e da exibição do vídeo em uma mostra de Artes na escola. Como produtos finais que ampliam o estudo teórico, a dissertação traz a Oficina de Linguagem Videográfica (com os planos de aula e orientações didáticas), o roteiro e ficha técnica do mini-documentário, além do vídeo produzido pelos alunos, intitulado "Praça Gentil Ferreira".