Banca de QUALIFICAÇÃO: GRACIELLE RODRIGUES DANTAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GRACIELLE RODRIGUES DANTAS
DATA: 13/02/2012
HORA: 14:30
LOCAL: Sala de Reuniões do Centro de Biociências
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMALÁRICA DE EXTRATOS OBTIDOS DE ALGAS MARINHAS NO LITORAL DO RIO GRANDE DO NORTE


PALAVRAS-CHAVES:

Malária, algas marinhas, extratos brutos, atividade antimalárica.


PÁGINAS: 61
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Parasitologia
RESUMO:

A malária continua sendo a mais importante doença parasitária do mundo, sendo responsável por cerca de 500 milhões de casos e causando 2 a 3 milhões de mortes anualmente. A Amazônia registra cerca de 400 mil casos/ano. Esta doença é causada pelo protozoário de gênero Plasmodium das quais 4 espécies são responsáveis pela transmissão ao homem: P. falciparum, P. vivax, P. malariae e P. ovale.

Nos últimos anos, o controle da malária é dificultado principalmente pela resistência do parasito aos antimaláricos usuais e as limitações existentes no combate ao vetor, o que contribui para a expansão desta parasitose. Os avanços mais significativos na busca de novos medicamentos contra a malária têm sido realizados com a introdução de componentes naturais, sendo os principais antimaláricos atualmente utilizados derivados de plantas. Recentemente, produtos naturais de origem marinha – particularmente as algas – tem sido alvo de pesquisas, com estudos mostrando que algumas algas possuem atividade antiplasmódica. Sabendo que o litoral do Rio Grande do Norte abriga várias espécies de algas, o presente estudo consistiu em avaliar a atividade antimalárica dos extratos etanólicos das algas Spatoglossum schroederi, Gracilaria birdiae e Udotea flabellum contra a cepa K1 Plasmodium falciparum em testes in vitro e utilizando o modelo murino-P. berghei para avaliação da atividade antimalárica in vivo.

Para a preparação dos extratos, as algas foram trituradas com nitrogênio líquido para obtenção de um pó fino, seguidas de extração com solvente lipofílico etanol em rotaevaporador (temperatura 45° C±5°C) por 24, 48 e 72 horas, sendo apenas a primeira extração utilizada nos testes antimaláricos. Para os testes in vitro, os extratos foram diluídos em DMSO na concentração estoque de 5 mg/mL, e posteriormente diluídas em meio RPMI completo para obtenção das concentrações de teste (200, 100 e 50 µg/mL). Os testes in vivo foram baseados

 

 

 

 

no Teste supressivo de 4 dias, onde camundongos Swiss foram inoculados com 1x105 hemácias infectadas com Plasmodium berghei. O tratamento deu-se do primeiro ao quarto dia após a infecção, com 0,2 ml dos extratos em doses de 1000 e 500 mg/kg/animal. O grupo controle negativo recebeu 0,2 ml de Tween-20 2%, enquanto que o grupo controle positivo recebeu sub-dose de cloroquina (5 mg/kg/animal). A avaliação da atividade antimalárica foi feita através da supressão da parasitemia no 5º e 7º dias após infecção, observados em esfregaços sanguíneos. A inibição do crescimento dos parasitos foi determinada em relação ao grupo controle negativo (% inibição = parasitemia do controle – parasitemia com amostra/ parasitemia do controle x 100). A mortalidade dos animais foi acompanhada diariamente por 30 dias. Apenas a alga verde Udotea flabellum apresentou atividade antimalárica in vitro em todas as concentrações testadas, em até 90% de redução da parasitemia. As algas Spatoglossum schroederi e Udotea flabellum foram ativas contra o P. berghei apenas nas doses de 500 mg/kg com redução variando de 32,24 a 53,21%  e 47,34% a 48,18% no quinto e sétimo dias, respectivamente.

Embora sejam dados preliminares, os possíveis componentes bioativos presentes nessas algas marinhas podem ser promissores para o desenvolvimento de novas drogas antimaláricas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1715230 - JOSELIO MARIA GALVAO DE ARAUJO
Externo à Instituição - MÁRCIA RÚBIA SILVA MELO - INPA
Presidente - 2213126 - VALTER FERREIRA DE ANDRADE NETO
Notícia cadastrada em: 10/02/2012 11:20
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