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Dissertações |
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ALINE DA COSTA BOMFIM VENTURA
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Bioecologia da Ictiofauna Marinha Descartada pelo Arrasto Camaroeiro em Praias da Bacia Potiguar, Brasil.
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Orientador : FLAVIO JOSE DE LIMA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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FLAVIO JOSE DE LIMA SILVA
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SIMONE ALMEIDA GAVILAN
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ANA BERNADETE LIMA FRAGOSO
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Data: 19/03/2014
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A composição da ictiofauna descartada pelo arrasto camaroeiro, sua fase reprodutiva e ecologia alimentar foram estudadas nas praias da Bacia Potiguar, Brasil. Os peixes foram coletados mensalmente, no ano de 2012. Durante as biometrias, porções do tubo digestório e das gônadas foram retiradas, fixadas em formol a 10% e Bouin, respectivamente, para serem submetidas ao tratamento histológico pelas técnicas de Hematoxilina-Eosina. Foram realizadas as análises de conteúdo estomacal através dos Métodos de Frequência de Ocorrência e Volumétrico e foi calculado o Índice de Repleção. Ao longo do período de estudo foram registrados um total de 49 espécies. As assembleias de peixes diferiram entre os trechos de monitoramento, com maior valor de abundância, biomassa e dos índices de riqueza e diversidade nos trechos B, C e D. Já o trecho A, apresentou maiores valores para dominância e equitabilidade. Na análise de Cluster de acordo com a similaridade faunística, observou-se a formação de três grupos: o grupo I formado pelos trechos B e D, o grupo II composto pelo trecho C e o grupo III formado pelo trecho A. A avaliação do estágio reprodutivo revelou que as assembleias de peixes descartadas pelos arrastos são compostas principalmente por juvenis. Em relação a ecologia alimentar, as espécies Larimus breviceps, Menticirrhus littoralis e Pomadasys corvinaeformis caracterizaram-se como carnívoras com tendência a carcinofagia. Já Conodon nobilis caracterizou-se como carnívora com tendência a piscivoria, porém todas se revelaram generalistas – oportunistas e com maior atividade alimentar durante estiagem. O dendograma de agrupamento das espécies com base nos itens alimentares ingeridos demonstrou a formação de quatro grupos: O grupo I composto por espécies que se alimentam principalmente de “gastrópode” e “sedimento”; o grupo II de “teleósteo”; o grupo III de “crustacea” e o grupo IV de “equinodermata” e “bivalve”. As características morfohistológicas do tubo digestório das espécies analisadas mostraram-se consistentes com seus hábitos alimentares. Assim, a Costa Branca do RN pode ser considerada um sítio de alimentação e recrutamento para peixes juvenis, os quais se utilizam oportunisticamente de recursos associados com o fundo.
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A composição da ictiofauna descartada pelo arrasto camaroeiro, sua fase reprodutiva e ecologia alimentar foram estudadas nas praias da Bacia Potiguar, Brasil. Os peixes foram coletados mensalmente, no ano de 2012. Durante as biometrias, porções do tubo digestório e das gônadas foram retiradas, fixadas em formol a 10% e Bouin, respectivamente, para serem submetidas ao tratamento histológico pelas técnicas de Hematoxilina-Eosina. Foram realizadas as análises de conteúdo estomacal através dos Métodos de Frequência de Ocorrência e Volumétrico e foi calculado o Índice de Repleção. Ao longo do período de estudo foram registrados um total de 49 espécies. As assembleias de peixes diferiram entre os trechos de monitoramento, com maior valor de abundância, biomassa e dos índices de riqueza e diversidade nos trechos B, C e D. Já o trecho A, apresentou maiores valores para dominância e equitabilidade. Na análise de Cluster de acordo com a similaridade faunística, observou-se a formação de três grupos: o grupo I formado pelos trechos B e D, o grupo II composto pelo trecho C e o grupo III formado pelo trecho A. A avaliação do estágio reprodutivo revelou que as assembleias de peixes descartadas pelos arrastos são compostas principalmente por juvenis. Em relação a ecologia alimentar, as espécies Larimus breviceps, Menticirrhus littoralis e Pomadasys corvinaeformis caracterizaram-se como carnívoras com tendência a carcinofagia. Já Conodon nobilis caracterizou-se como carnívora com tendência a piscivoria, porém todas se revelaram generalistas – oportunistas e com maior atividade alimentar durante estiagem. O dendograma de agrupamento das espécies com base nos itens alimentares ingeridos demonstrou a formação de quatro grupos: O grupo I composto por espécies que se alimentam principalmente de “gastrópode” e “sedimento”; o grupo II de “teleósteo”; o grupo III de “crustacea” e o grupo IV de “equinodermata” e “bivalve”. As características morfohistológicas do tubo digestório das espécies analisadas mostraram-se consistentes com seus hábitos alimentares. Assim, a Costa Branca do RN pode ser considerada um sítio de alimentação e recrutamento para peixes juvenis, os quais se utilizam oportunisticamente de recursos associados com o fundo.
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DANIEL SOLON DIAS DE FARIAS
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Diversidade, distribuição espacial, temporal, interações antrópicas e biologia alimentar de tartarugas marinhas da Costa Branca – RN/CE, Brasil.
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Orientador : FLAVIO JOSE DE LIMA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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FLAVIO JOSE DE LIMA SILVA
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SIMONE ALMEIDA GAVILAN
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ANA BERNADETE LIMA FRAGOSO
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Data: 19/03/2014
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Este trabalho objetivou estudar a diversidade e distribuição das tartarugas marinhas encalhadas na Bacia Potiguar, Rio Grande do Norte, bem como os aspectos relacionados ao comportamento alimentar associado aos impactos antrópicos. O estudo foi realizado a partir da análise de dados dos animais encalhados, registrados em um monitoramento diário, em uma área de abrangência delimitada a noroeste pelo município de Aquiraz, no Ceará, e a leste pelo município de Caiçara do Norte, Rio Grande do Norte. Os animais encalhados mortos foram necropsiados e foram coletados esôfago, estômago e intestinos, fixados em formol a 10%, sendo posteriormente o conteúdo estomacal triado e armazenado em álcool 70%. Para a caracterização da dieta e análise qualitativa dos resíduos foi utilizada uma combinação de métodos de identificação - Método Volumétrico e o Método de Frequência de Ocorrência, que depois foram conjugados no Índice de Importância Alimentar (IAi). Destes mesmos órgãos foram retirados fragmentos representativos para a confecção de lâminas histológicas. Foram registradas 2.408 ocorrências de tartarugas marinhas durante o período de 01/01/2010 a 31/12/2012. A espécie Chelonia mydas apresentou o maior número de registros (70,43%, N = 1.696); seguido de Eretmochelys imbricata (4,28%, N = 103) e Lepidochelys olivacea com 1,45% (N = 35). Caretta caretta e Dermochelys coriacea apresentaram, respectivamente, 0,91% (N = 22) e 0,04% (N = 1) registros de encalhes. Tanto a distribuição espacial, como a temporal, variaram mostrando uma maior ocorrência de encalhes no trecho A e um maior número de registros nos meses quentes do ano. A análise da dieta das tartarugas demonstrou que Chelonia mydas alimentou-se preferencialmente de algas; Caretta caretta apresentou uma dieta com predomínio do item “fragmentos de corais” (carnívora) e E. imbricata apresentou preferência alimentar por material de origem animal. Com relação à presença de resíduos sólidos 57,14% (n = 76) dos animais que vieram a óbito apresentavam causa mortis relacionadas à ingestão de detritos. De acordo com os dados apresentados, a Bacia Potiguar apresenta-se como uma área de grande diversidade e distribuição de espécies de tartarugas marinhas, sendo caracterizada como área de alimentação e desova para estas espécies.
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Este trabalho objetivou estudar a diversidade e distribuição das tartarugas marinhas encalhadas na Bacia Potiguar, Rio Grande do Norte, bem como os aspectos relacionados ao comportamento alimentar associado aos impactos antrópicos. O estudo foi realizado a partir da análise de dados dos animais encalhados, registrados em um monitoramento diário, em uma área de abrangência delimitada a noroeste pelo município de Aquiraz, no Ceará, e a leste pelo município de Caiçara do Norte, Rio Grande do Norte. Os animais encalhados mortos foram necropsiados e foram coletados esôfago, estômago e intestinos, fixados em formol a 10%, sendo posteriormente o conteúdo estomacal triado e armazenado em álcool 70%. Para a caracterização da dieta e análise qualitativa dos resíduos foi utilizada uma combinação de métodos de identificação - Método Volumétrico e o Método de Frequência de Ocorrência, que depois foram conjugados no Índice de Importância Alimentar (IAi). Destes mesmos órgãos foram retirados fragmentos representativos para a confecção de lâminas histológicas. Foram registradas 2.408 ocorrências de tartarugas marinhas durante o período de 01/01/2010 a 31/12/2012. A espécie Chelonia mydas apresentou o maior número de registros (70,43%, N = 1.696); seguido de Eretmochelys imbricata (4,28%, N = 103) e Lepidochelys olivacea com 1,45% (N = 35). Caretta caretta e Dermochelys coriacea apresentaram, respectivamente, 0,91% (N = 22) e 0,04% (N = 1) registros de encalhes. Tanto a distribuição espacial, como a temporal, variaram mostrando uma maior ocorrência de encalhes no trecho A e um maior número de registros nos meses quentes do ano. A análise da dieta das tartarugas demonstrou que Chelonia mydas alimentou-se preferencialmente de algas; Caretta caretta apresentou uma dieta com predomínio do item “fragmentos de corais” (carnívora) e E. imbricata apresentou preferência alimentar por material de origem animal. Com relação à presença de resíduos sólidos 57,14% (n = 76) dos animais que vieram a óbito apresentavam causa mortis relacionadas à ingestão de detritos. De acordo com os dados apresentados, a Bacia Potiguar apresenta-se como uma área de grande diversidade e distribuição de espécies de tartarugas marinhas, sendo caracterizada como área de alimentação e desova para estas espécies.
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ALESSANDRA MARINHO MIRANDA LUCENA
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EFEITOS DO ALCALÓIDE INDÓLICO CAULERPINA, OBTIDO DE ALGA DO GÊNERO Caulerpa, EM MODELO DE COLITE EXPERIMENTAL MURINA.
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Orientador : JANEUSA TRINDADE DE SOUTO
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MEMBROS DA BANCA :
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JANEUSA TRINDADE DE SOUTO
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VALTER FERREIRA DE ANDRADE NETO
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MARCIA REGINA PIUVEZAM
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Data: 21/03/2014
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As doenças inflamatórias intestinais são enfermidades onde a tolerância e homeostase da resposta inflamatória estão comprometidas, gerando lesões teciduais e favorecendo o surgimento de neoplasias. Há dois importantes exemplos de doenças inflamatórias intestinais, a colite ulcerativa, foco do modelo desse estudo, e a doença de Crohn. Os medicamentos utilizados no tratamento dessas doenças desencadeiam diversos efeitos adversos; além disso, em alguns pacientes, eles não são eficazes. Os extratos de algas têm demonstrado várias atividades biológicas, entre elas a atividade anti-inflamatória. Os extratos das algas do gênero Caulerpa foram utilizados em vários estudos, onde modelos inflamatórios foram analisados, entre eles o modelo de colite ulcerativa. A utilização do extrato metanólico da C. mexicana como terapêutica nesse modelo atenuou o quadro clinico desenvolvido pelos animais. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo analisar a ação terapêutica da Caulerpina (CLP), extraída da C. racemosa, no modelo murino de colite ulcerativa. Camundongos C57BL/6 machos foram expostos a uma solução de Dextrana Sulfato de Sódio (DSS) a 3% por sete dias. A partir do primeiro dia de exposição ao DSS os animais foram tratados em dias alternados com a CLP nas doses de 4 e 40 mg/kg e com a dexametasona (3 mg/kg) por via oral. O desenvolvimento da doença foi analisado através do índice de atividade da doença (IAD), que leva em consideração a perda de peso corporal, a consistência e a presença de sangue nas fezes. Após a eutanásia, o cólon foi removido e mensurado, e amostras do tecido colônico foram destinadas a análise histológica e à cultura para dosagem de citocinas. Os níveis de citocinas no sobrenadante da cultura do cólon foram mensurados por ELISA. O tratamento com a CLP (4 mg/kg) desencadeou significativa melhora quanto à perda de peso corporal e ao IAD, e atenuou o encurtamento do cólon em resposta ao DSS. Tal dose foi capaz de reduzir os níveis de citocinas pró-inflamatórias analisadas (TNF-a, IFN-g, IL-6, IL-17), mas não teve efeito significativo nas citocinas anti-inflamatórias IL-10 e TGF-b. O tratamento com a CLP (40 mg/kg) não foi eficaz quanto a perda de peso e ao IAD, além de não ter atenuado a redução do cólon em resposta ao DSS. Essa dose conseguiu reduzir os níveis das citocinas pró-inflamatórias, porém não os níveis de IL-6. O tratamento com a dexametasona obteve melhora discreta quanto à perda de peso corporal e ao IAD, porém não atenuou a redução do cólon em resposta ao DSS. Esse tratamento também conseguiu reduzir todas as citocinas pró-inflamatórias testadas. Deste modo a CLP (4 mg/kg) demonstrou ser uma alternativa promissora no tratamento da colite ulcerativa, em razão dos seus efeitos benéficos sobre parâmetros clínicos, morfológicos e moleculares do modelo em estudo.
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As doenças inflamatórias intestinais são enfermidades onde a tolerância e homeostase da resposta inflamatória estão comprometidas, gerando lesões teciduais e favorecendo o surgimento de neoplasias. Há dois importantes exemplos de doenças inflamatórias intestinais, a colite ulcerativa, foco do modelo desse estudo, e a doença de Crohn. Os medicamentos utilizados no tratamento dessas doenças desencadeiam diversos efeitos adversos; além disso, em alguns pacientes, eles não são eficazes. Os extratos de algas têm demonstrado várias atividades biológicas, entre elas a atividade anti-inflamatória. Os extratos das algas do gênero Caulerpa foram utilizados em vários estudos, onde modelos inflamatórios foram analisados, entre eles o modelo de colite ulcerativa. A utilização do extrato metanólico da C. mexicana como terapêutica nesse modelo atenuou o quadro clinico desenvolvido pelos animais. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo analisar a ação terapêutica da Caulerpina (CLP), extraída da C. racemosa, no modelo murino de colite ulcerativa. Camundongos C57BL/6 machos foram expostos a uma solução de Dextrana Sulfato de Sódio (DSS) a 3% por sete dias. A partir do primeiro dia de exposição ao DSS os animais foram tratados em dias alternados com a CLP nas doses de 4 e 40 mg/kg e com a dexametasona (3 mg/kg) por via oral. O desenvolvimento da doença foi analisado através do índice de atividade da doença (IAD), que leva em consideração a perda de peso corporal, a consistência e a presença de sangue nas fezes. Após a eutanásia, o cólon foi removido e mensurado, e amostras do tecido colônico foram destinadas a análise histológica e à cultura para dosagem de citocinas. Os níveis de citocinas no sobrenadante da cultura do cólon foram mensurados por ELISA. O tratamento com a CLP (4 mg/kg) desencadeou significativa melhora quanto à perda de peso corporal e ao IAD, e atenuou o encurtamento do cólon em resposta ao DSS. Tal dose foi capaz de reduzir os níveis de citocinas pró-inflamatórias analisadas (TNF-a, IFN-g, IL-6, IL-17), mas não teve efeito significativo nas citocinas anti-inflamatórias IL-10 e TGF-b. O tratamento com a CLP (40 mg/kg) não foi eficaz quanto a perda de peso e ao IAD, além de não ter atenuado a redução do cólon em resposta ao DSS. Essa dose conseguiu reduzir os níveis das citocinas pró-inflamatórias, porém não os níveis de IL-6. O tratamento com a dexametasona obteve melhora discreta quanto à perda de peso corporal e ao IAD, porém não atenuou a redução do cólon em resposta ao DSS. Esse tratamento também conseguiu reduzir todas as citocinas pró-inflamatórias testadas. Deste modo a CLP (4 mg/kg) demonstrou ser uma alternativa promissora no tratamento da colite ulcerativa, em razão dos seus efeitos benéficos sobre parâmetros clínicos, morfológicos e moleculares do modelo em estudo.
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JOAO GABRIEL DE MEDEIROS FARIAS
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Construção de bibliotecas de cDNAs subtraídos diferencialmente a partir das sementes de Mamona submetidas à estresse hídrico e análise in silico de transcritos potencialmente expressos sob condições de estresse: Metalotioneína, Auxin-repressed 12.5 kDa e Glutelin type-A 3
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Orientador : KATIA CASTANHO SCORTECCI
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MEMBROS DA BANCA :
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KATIA CASTANHO SCORTECCI
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JOAO PAULO MATOS SANTOS LIMA
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TERCILIO CALSA JUNIOR
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Data: 25/03/2014
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Estresses ambientais abióticos são fatores que causam respostas ao nível molecular, fisiológico e morfológico em plantas, dependendo também de sua intensidade e duração. É visto que algumas espécies apresentam tolerância a condições estressantes e ao mesmo tempo são fontes naturais de matéria prima para indústria. Nesse contexto encontra-se a mamona (Ricinus comunnis L.), principal fonte de óleo de rícino valorizado por suas aplicações farmacêuticas e principalmente industriais, vem sendo usada como cultura em regiões onde a disponibilidade de água é reduzida, usada como fonte de renda para agricultura da região nordeste brasileira. Visto que pouco se sabe sobre as respostas moleculares que levam essa planta a tolerar regiões secas e como as sementes, principais foco de interesse, respondem a essa escassez, nesse trabalho foram construídas duas bibliotecas de cDNAs, onde a partir de uma abordagem subtrativa, continham RNAs diferencialmente expressos em sementes de plantas mamona submetidas ao estresse hídrico durante 5 dias (biblioteca L7), e a outra RNAs diferencialmente expressos em sementes controle (biblioteca L5). A biblioteca L7 apresentou a maior variedade de transcritos com um total de 182. A maior parte das funções estabelecidas pelo sistema Gene Ontology – GO, foram direcionadas aos “Processos Metabólicos” (526), em segundo “Respostas a estímulos” (57), o terceiro termo mais abundante foram referentes a “Desenvolvimento”(26). Já na biblioteca L5, foram encontrados 91 transcritos, com maior parte de suas funções referentes a “Processos Metabólicos”(413), em segundo “Respostas a estímulos” (8) e em terceiro Regulação (6). Alguns dos transcritos da biblioteca L7 foram escolhidos para análise por repetirem-se mais de 3x e não aparecerem na biblioteca L5, o que indica uma possível regulação positiva sobre estresse. As análises sobre Metalotioneína (4x), mostraram que a sequência de proteica apresentava os domínios conservados que a caracterizava como tipo II, onde são encontrados dois domínios funcionais ricos em cisteína com posições altamente conservadas, desempenhando a função de ligar-se a metais pesados, correlacionadas assim como a atividade de eliminação EROs e defesa contra o estresse oxidativo, além de apresentar homologia com a sequência de Bruguiera gymnorhiza, uma planta de mangue adaptada a ambientes salinos. Analisamos também os transcritos da referente a proteína AUXIN-REPRESSED 12.5 KDA (3x), apontada como sendo reprimida pelo hormônio auxina e associada ao processo de dormência da semente, é descrito em uma família gênica onde vários membros pertencem as vias de resposta ao estresse. Por último, analisamos a proteína GLUTELIN TYPE-A 3 (5x), uma importante proteína de armazenamento com caráter hidrofílico, possivelmente direcionada para o vacúolo. Em nosso trabalho foi possível observar um aumento de transcritos em relação a subtração controle, possivelmente reflexo do aumento do metabolismo da semente, tanto para resposta defensiva ao estresse hídrico quanto para o amadurecimento rápido da semente onde foram observados transcritos referentes a resposta oxidativa, controle hormonal, proteínas de reserva e produção de óleo.
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Estresses ambientais abióticos são fatores que causam respostas ao nível molecular, fisiológico e morfológico em plantas, dependendo também de sua intensidade e duração. É visto que algumas espécies apresentam tolerância a condições estressantes e ao mesmo tempo são fontes naturais de matéria prima para indústria. Nesse contexto encontra-se a mamona (Ricinus comunnis L.), principal fonte de óleo de rícino valorizado por suas aplicações farmacêuticas e principalmente industriais, vem sendo usada como cultura em regiões onde a disponibilidade de água é reduzida, usada como fonte de renda para agricultura da região nordeste brasileira. Visto que pouco se sabe sobre as respostas moleculares que levam essa planta a tolerar regiões secas e como as sementes, principais foco de interesse, respondem a essa escassez, nesse trabalho foram construídas duas bibliotecas de cDNAs, onde a partir de uma abordagem subtrativa, continham RNAs diferencialmente expressos em sementes de plantas mamona submetidas ao estresse hídrico durante 5 dias (biblioteca L7), e a outra RNAs diferencialmente expressos em sementes controle (biblioteca L5). A biblioteca L7 apresentou a maior variedade de transcritos com um total de 182. A maior parte das funções estabelecidas pelo sistema Gene Ontology – GO, foram direcionadas aos “Processos Metabólicos” (526), em segundo “Respostas a estímulos” (57), o terceiro termo mais abundante foram referentes a “Desenvolvimento”(26). Já na biblioteca L5, foram encontrados 91 transcritos, com maior parte de suas funções referentes a “Processos Metabólicos”(413), em segundo “Respostas a estímulos” (8) e em terceiro Regulação (6). Alguns dos transcritos da biblioteca L7 foram escolhidos para análise por repetirem-se mais de 3x e não aparecerem na biblioteca L5, o que indica uma possível regulação positiva sobre estresse. As análises sobre Metalotioneína (4x), mostraram que a sequência de proteica apresentava os domínios conservados que a caracterizava como tipo II, onde são encontrados dois domínios funcionais ricos em cisteína com posições altamente conservadas, desempenhando a função de ligar-se a metais pesados, correlacionadas assim como a atividade de eliminação EROs e defesa contra o estresse oxidativo, além de apresentar homologia com a sequência de Bruguiera gymnorhiza, uma planta de mangue adaptada a ambientes salinos. Analisamos também os transcritos da referente a proteína AUXIN-REPRESSED 12.5 KDA (3x), apontada como sendo reprimida pelo hormônio auxina e associada ao processo de dormência da semente, é descrito em uma família gênica onde vários membros pertencem as vias de resposta ao estresse. Por último, analisamos a proteína GLUTELIN TYPE-A 3 (5x), uma importante proteína de armazenamento com caráter hidrofílico, possivelmente direcionada para o vacúolo. Em nosso trabalho foi possível observar um aumento de transcritos em relação a subtração controle, possivelmente reflexo do aumento do metabolismo da semente, tanto para resposta defensiva ao estresse hídrico quanto para o amadurecimento rápido da semente onde foram observados transcritos referentes a resposta oxidativa, controle hormonal, proteínas de reserva e produção de óleo.
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THIAGO ACCIOLY DE SOUZA
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FUNGOS GASTEROIDES (BASIDIOMYCOTA) EM ÁREAS DA AMAZÔNIA CENTRAL, BRASIL
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Orientador : IURI GOULART BASEIA
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MEMBROS DA BANCA :
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IURI GOULART BASEIA
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BIANCA DENISE BARBOSA DA SILVA
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FELIPE WARTCHOW
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Data: 25/03/2014
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O Brasil detém a maior biodiversidade do planeta, sendo a Floresta Amazônica a maior floresta úmida do planeta, com alta diversidade de espécies de animais, plantas e fungos. O desconhecimento sobre a diversidade de fungos é preocupante, e estimativas recentes sugerem que as florestas tropicais abriguem a maioria das espécies ainda não descritas. Trabalhos pioneiros demonstraram a ocorrência de uma micobiota muito rica e os poucos trabalhos sobre diversidade de fungos gasteroides realizados na região amazônica indicam que as estimativas de diversidade estão corretas também para esse grupo de fungos. Contudo, a rápida degradação de grandes áreas de floresta tropical pela atividade humana, torna urgente o estudo da sua diversidade como forma de orientar o desenvolvimento de pesquisas e práticas rumo à sustentabilidade. O objetivo deste trabalho foi investigar as espécies de fungos gasteroides em áreas florestais na cidade de Manaus e entornos através de estudos taxonômicos de espécimes coletados e de revisão bibliográfica. Durante parte do período chuvoso de 2013 (janeiro e fevereiro) foram realizadas incursões a campo para coleta de basidiomas nas áreas de estudo. Os basidiomas foram fotografados e posteriormente descritos e ilustrados macro- e microscopicamente. Adicionalmente às identificações, o presente estudo discute comparativamente as espécies descritas.
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GABRIELA MEDEIROS ARAUJO
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-Helicobacter pylori E CITOTÓXICA in vitro DE EXTRATOS ORGÂNICOS OBTIDOS DAS FOLHAS DE Encholirium spectabile E Syzygium cumini.
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Orientador : JOSE VERISSIMO FERNANDES
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSE VERISSIMO FERNANDES
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VANESSA DE PAULA SOARES RACHETTI
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VANIA SOUSA ANDRADE
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NATALIA NOGUEIRA SARAIVA
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Data: 26/03/2014
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A Helicobacter pylori é uma bactéria espiralada, Gram negativa, móvel e microaeróbia reconhecida como uma das principais causas de gastrite, úlcera, câncer gástrico e do linfoma de células B de baixo grau de tecido linfoide associado à mucosa (MALT), se constituindo um microrganismo em destaque na área da microbiologia médica. Sua importância se deve à dificuldade de tratamento, devido à necessidade do uso concomitante de vários medicamentos além do crescente surgimento de cepas resistentes e multirresistentes aos antibióticos empregados na clínica. Com o intuito de ampliar a gama de opções terapêuticas eficazes e seguras, ultimamente, vem sendo intensificados estudos químicos sobre plantas medicinais, seja através da obtenção de extratos, frações, compostos isolados ou óleos essenciais que apresentem algum tipo de atividade biológica. Diante do exposto, objetivouse avaliar a atividade inibitória de extratos vegetais oriundos do Syzygium cumini e Encholirium spectabile, plantas com histórico de ação antiúlceras, e do óleo essencial obtido do S. cumini frente a H. pylori (ATCC 43504) utilizando a técnica de difusão em disco, para avaliação qualitativa, e a determinação da concentração inibitória mínima (CIM), através da técnica de microdiluição em caldo, para análise quantitativa. Também foi avaliada a toxicidade in vitro dos extratos a partir de ensaio hemolítico, utilizando eritrócitos de carneiro, e em cultura de células HeLa e VERO, pelo ensaio colorimétrico de viabilidade celular utilizando o MTT. Os extratos de ambos vegetais empregados nos ensaios antimicrobianos não inibiram o crescimento bacteriano, em contrapartida o óleo essencial do S. cumini (SCFO) mostrouse eficaz, exibindo CIM de 205 μg/mL (diluição equivalente a 0,024% do óleo bruto). Quanto ao ensaio hemolítico, o mesmo óleo ainda exibiu toxicidade intermediária ao promover 25% de hemólise a 1000 μg/mL. Em relação à citotoxicidade em cultura de células, o SCFO, a 260 μg/mL, comprometeu a viabilidade celular de cerca de 80% das células HeLa e 50% das células VERO. Portanto o óleo obtido das folhas do S. cumini apresenta potencial antibacteriano frente a H. pylori e potencial citotóxico, sugerindose uma fonte de novas moléculas candidatas a fármacos, desde que novas etapas de toxicidade in vitro e in vivo assim como caracterização química sejam avaliadas. Além disso, o desenvolvimento de um sistema de liberação de fármacos pode resultar em um protótipo a ser utilizado em testes préclínicos.
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A Helicobacter pylori é uma bactéria espiralada, Gram negativa, móvel e microaeróbia reconhecida como uma das principais causas de gastrite, úlcera, câncer gástrico e do linfoma de células B de baixo grau de tecido linfoide associado à mucosa (MALT), se constituindo um microrganismo em destaque na área da microbiologia médica. Sua importância se deve à dificuldade de tratamento, devido à necessidade do uso concomitante de vários medicamentos além do crescente surgimento de cepas resistentes e multirresistentes aos antibióticos empregados na clínica. Com o intuito de ampliar a gama de opções terapêuticas eficazes e seguras, ultimamente, vem sendo intensificados estudos químicos sobre plantas medicinais, seja através da obtenção de extratos, frações, compostos isolados ou óleos essenciais que apresentem algum tipo de atividade biológica. Diante do exposto, objetivouse avaliar a atividade inibitória de extratos vegetais oriundos do Syzygium cumini e Encholirium spectabile, plantas com histórico de ação antiúlceras, e do óleo essencial obtido do S. cumini frente a H. pylori (ATCC 43504) utilizando a técnica de difusão em disco, para avaliação qualitativa, e a determinação da concentração inibitória mínima (CIM), através da técnica de microdiluição em caldo, para análise quantitativa. Também foi avaliada a toxicidade in vitro dos extratos a partir de ensaio hemolítico, utilizando eritrócitos de carneiro, e em cultura de células HeLa e VERO, pelo ensaio colorimétrico de viabilidade celular utilizando o MTT. Os extratos de ambos vegetais empregados nos ensaios antimicrobianos não inibiram o crescimento bacteriano, em contrapartida o óleo essencial do S. cumini (SCFO) mostrouse eficaz, exibindo CIM de 205 μg/mL (diluição equivalente a 0,024% do óleo bruto). Quanto ao ensaio hemolítico, o mesmo óleo ainda exibiu toxicidade intermediária ao promover 25% de hemólise a 1000 μg/mL. Em relação à citotoxicidade em cultura de células, o SCFO, a 260 μg/mL, comprometeu a viabilidade celular de cerca de 80% das células HeLa e 50% das células VERO. Portanto o óleo obtido das folhas do S. cumini apresenta potencial antibacteriano frente a H. pylori e potencial citotóxico, sugerindose uma fonte de novas moléculas candidatas a fármacos, desde que novas etapas de toxicidade in vitro e in vivo assim como caracterização química sejam avaliadas. Além disso, o desenvolvimento de um sistema de liberação de fármacos pode resultar em um protótipo a ser utilizado em testes préclínicos.
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DIEGO MACHADO PEREIRA DA COSTA
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CO-CIRCULAÇÃO DO VÍRUS DENGUE TIPOS 1, 2 e 4 NOS ESTADOS DO RIO GRANDE DO NORTE E PARAÍBA, 2013.
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Orientador : JOSELIO MARIA GALVAO DE ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSELIO MARIA GALVAO DE ARAUJO
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JOSE VERISSIMO FERNANDES
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KLEBER JUVENAL SILVA FARIAS
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TATJANA KEESEN DE SOUZA LIMA CLEMENTE
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Data: 28/03/2014
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A dengue é uma doença viral transmitida ao homem pela picada de mosquitos do gênero Aedes, sendo o principal vetor urbano o Aedes aegypti. Atualmente tem causado, em escala global, considerável mortalidade e morbidade, o que a torna um grave problema de saúde pública em todo o mundo. São conhecidos quatro sorotipos antigenicamente distintos: vírus dengue (DENV) tipo 1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. O objetivo desse estudo foi Descrever o perfil epidemiológico da dengue nos estados do Rio Grande do Norte (RN) e Paraíba (PB) durante o ano de 2013. Para isso, foram estudados casos suspeitos de dengue, recebidos pelo Laboratório de Biologia Molecular de Doenças Infecciosas e do Câncer (LADIC-UFRN), provenientes de diferentes unidades de saúde dos estados do RN e PB, no período compreendido entre janeiro e dezembro de 2013. O RNA viral das amostras de soro foi extraído através do QIAmp Viral Mini Kit, sendo seguido o protocolo descrito pelo fabricante. Para detecção e tipagem dos DENV, foi utilizada a metodologia descrita por Lanciotti (J. Clin. Microbiol,v.30, n.3, p.545-551, 1992). Foram estudados 478 casos suspeitos de dengue, sendo 252 (52,7%) do Rio Grande do Norte e 226 (47,3) da Paraíba. A infecção por DENV foi identificada em 29,7% (142/478) dos casos. Foi observada a co-circulação de três sorotipos virais: DENV-1 (9,8% [14/142]), DENV-2 (3,5% [5/142]) e DENV-4 (86,7% [123/142]). A faixa etária de 21-30 foi a mais acometida pela doença em todo o período de estudo, representando 23,9% dos casos. O gênero mais acometido foi o feminino, representando 63,3% dos casos. O município de maior circulação do Estado do Rio Grande do Norte foi Pau dos Ferros, com 8,2% (8/97) dos casos identificados. Já na Paraíba, o município mais afetado foi João Pessoa, com 80% (36/45) dos casos. Os meses de maior circulação viral no RN e PB foram Março e Agosto, respectivamente. Estes resultados são de grande importância para a compreensão da atividade dos vírus dengue nos estados do RN e PB, fornecendo dados para nortear as ações de controle da doença, em apoio aos programas locais de combate a dengue.
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A dengue é uma doença viral transmitida ao homem pela picada de mosquitos do gênero Aedes, sendo o principal vetor urbano o Aedes aegypti. Atualmente tem causado, em escala global, considerável mortalidade e morbidade, o que a torna um grave problema de saúde pública em todo o mundo. São conhecidos quatro sorotipos antigenicamente distintos: vírus dengue (DENV) tipo 1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. O objetivo desse estudo foi Descrever o perfil epidemiológico da dengue nos estados do Rio Grande do Norte (RN) e Paraíba (PB) durante o ano de 2013. Para isso, foram estudados casos suspeitos de dengue, recebidos pelo Laboratório de Biologia Molecular de Doenças Infecciosas e do Câncer (LADIC-UFRN), provenientes de diferentes unidades de saúde dos estados do RN e PB, no período compreendido entre janeiro e dezembro de 2013. O RNA viral das amostras de soro foi extraído através do QIAmp Viral Mini Kit, sendo seguido o protocolo descrito pelo fabricante. Para detecção e tipagem dos DENV, foi utilizada a metodologia descrita por Lanciotti (J. Clin. Microbiol,v.30, n.3, p.545-551, 1992). Foram estudados 478 casos suspeitos de dengue, sendo 252 (52,7%) do Rio Grande do Norte e 226 (47,3) da Paraíba. A infecção por DENV foi identificada em 29,7% (142/478) dos casos. Foi observada a co-circulação de três sorotipos virais: DENV-1 (9,8% [14/142]), DENV-2 (3,5% [5/142]) e DENV-4 (86,7% [123/142]). A faixa etária de 21-30 foi a mais acometida pela doença em todo o período de estudo, representando 23,9% dos casos. O gênero mais acometido foi o feminino, representando 63,3% dos casos. O município de maior circulação do Estado do Rio Grande do Norte foi Pau dos Ferros, com 8,2% (8/97) dos casos identificados. Já na Paraíba, o município mais afetado foi João Pessoa, com 80% (36/45) dos casos. Os meses de maior circulação viral no RN e PB foram Março e Agosto, respectivamente. Estes resultados são de grande importância para a compreensão da atividade dos vírus dengue nos estados do RN e PB, fornecendo dados para nortear as ações de controle da doença, em apoio aos programas locais de combate a dengue.
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MARCOS ALVES TARGINO
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Fitossociologia e estado de conservação em remanescente de Caatinga no Rio Grande do Norte, Brasil
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Orientador : JOMAR GOMES JARDIM
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MEMBROS DA BANCA :
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JOMAR GOMES JARDIM
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LEONARDO DE MELO VERSIEUX
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RAMIRO GUSTAVO VALERA CAMACHO
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Data: 05/05/2014
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O presente estudo se trata de uma investigação da vegetação lenhosa através de um inventário fitossociológico em um remanescente de caatinga na região agreste do Rio Grande do Norte. Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar a vegetação lenhosa de caatinga com diferentes interferências. O estudo foi conduzido na Fazenda Cauaçu, município de João Câmara, microrregião Baixa Verde, em um remanescente de caatinga com ca. 700 ha. Foram alocadas 20 parcelas de 400 m², sendo distribuídas 10 parcelas em cada um dos dois sítios (A1 e A2) com diferentes históricos de uso e distantes mais que 100 m entre si. Foram inventariadas todas as plantas lenhosas com diâmetro do caule ao nível do solo (DNS) ≥ 3 cm e altura total ≥ 1m. A partir dos dados levantados foram calculados os Índices de diversidade, equabilidade e similaridade. Foram inventariados no total, 3.107 indivíduos distribuídos em 23 famílias, 40 gêneros e 45 espécies. Desse total 86,7% das espécies foram identificadas ao nível específico, 11,1% ao nível genérico e 2,2% apenas em família. Fabaceae e Euphorbiaceae apresentaram a maior riqueza, representando 42,2% de todas as espécies e foi semelhante ao relatado em outros estudos em áreas de caatinga. O índice de diversidade (H´) calculado foi de 2,929 e 1,498 nats. ind. -¹ para as áreas A1 e A2, respectivamente. Entre as espécies mais frequentes e abundantes na área, se destacaram Croton blanchetianus Baill. e Poincianella gardneriana (Benth.) L.P.Queiroz. representando 53,9% de todos os indivíduos. Todas as espécies presentes em A2 foram comuns a A1, exceto a carnaúba, Copernicia prunifera (Mill.) H.E.Moore, presente apenas na primeira. Para cada área A1 e A2, foram encontradas 44 e 24 espécies, respectivamente. As densidades foram de 3.312 e 4.455 ind./ha e as áreas basais 10,498 e 8,267 m²/ha, respectivamente. A vegetação da área está composta por espécies típicas da Caatinga e o remanescente apresenta áreas em bom estado de conservação e áreas com diferentes níveis de interferência, porém em regeneção natural.
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O presente estudo se trata de uma investigação da vegetação lenhosa através de um inventário fitossociológico em um remanescente de caatinga na região agreste do Rio Grande do Norte. Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar a vegetação lenhosa de caatinga com diferentes interferências. O estudo foi conduzido na Fazenda Cauaçu, município de João Câmara, microrregião Baixa Verde, em um remanescente de caatinga com ca. 700 ha. Foram alocadas 20 parcelas de 400 m², sendo distribuídas 10 parcelas em cada um dos dois sítios (A1 e A2) com diferentes históricos de uso e distantes mais que 100 m entre si. Foram inventariadas todas as plantas lenhosas com diâmetro do caule ao nível do solo (DNS) ≥ 3 cm e altura total ≥ 1m. A partir dos dados levantados foram calculados os Índices de diversidade, equabilidade e similaridade. Foram inventariados no total, 3.107 indivíduos distribuídos em 23 famílias, 40 gêneros e 45 espécies. Desse total 86,7% das espécies foram identificadas ao nível específico, 11,1% ao nível genérico e 2,2% apenas em família. Fabaceae e Euphorbiaceae apresentaram a maior riqueza, representando 42,2% de todas as espécies e foi semelhante ao relatado em outros estudos em áreas de caatinga. O índice de diversidade (H´) calculado foi de 2,929 e 1,498 nats. ind. -¹ para as áreas A1 e A2, respectivamente. Entre as espécies mais frequentes e abundantes na área, se destacaram Croton blanchetianus Baill. e Poincianella gardneriana (Benth.) L.P.Queiroz. representando 53,9% de todos os indivíduos. Todas as espécies presentes em A2 foram comuns a A1, exceto a carnaúba, Copernicia prunifera (Mill.) H.E.Moore, presente apenas na primeira. Para cada área A1 e A2, foram encontradas 44 e 24 espécies, respectivamente. As densidades foram de 3.312 e 4.455 ind./ha e as áreas basais 10,498 e 8,267 m²/ha, respectivamente. A vegetação da área está composta por espécies típicas da Caatinga e o remanescente apresenta áreas em bom estado de conservação e áreas com diferentes níveis de interferência, porém em regeneção natural.
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MARIA JAQUELINE MONTE DE ANDRADE
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Ecologia e história natural de população de Hemidactylus agrius Vanzolini, 1978, com avaliação da distribuição das espécies nativas do gênero no nordeste do Brasil
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Orientador : ELIZA MARIA XAVIER FREIRE
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MEMBROS DA BANCA :
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ELIZA MARIA XAVIER FREIRE
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MAURO PICHORIM
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LUCIANO ALVES DOS ANJOS
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Data: 13/05/2014
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O gênero Hemidactylus Oken, 1817 tem distribuição cosmopolita e, no Brasil, ocorrem três espécies, sendo duas nativas, H. brasilianus e H. agrius, e uma exótica, H. mabouia. Tomando como base os estudos sobre ecologia de lagartos efetuados na Estação Ecológica do Seridó, de 2001 a 2011, este trabalho buscou reavaliar a ocorrência das espécies do gênero Hemidactylus nesta ESEC, analisar aspectos ecológicos e biológicos da população de H. agrius; e investigar a distribuição atual e potencial das espécies nativas do gênero na região nordeste, analisando a adequabilidade da ESEC para este táxon. Para os dois primeiros objetivos, uma área de amostragem constituída por cinco transectos de 200 m x 20 m, foi inspecionada em turnos alternados por três dias consecutivos, de agosto de 2012 a agosto de 2013. Para a última perspectiva, foram consultados pontos de ocorrência de H. agrius e H. brasilianus na literatura e no banco de dados da Coleção Herpetológica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para construção de mapas preditivos, através do algoritmo de Máxima Entropia (MaxEnt). Na ESEC Seridó foram coletados 62 H. agrius (25 fêmeas, 18 machos e 19 juvenis) e dois recém-nascidos foram obtidos a partir de um ninho comunal incubado em laboratório, nenhum registro foi feito para as demais espécies do gênero. Hemidactylus agrius demostrou ser uma espécie noturna com especialidade a hábitats com Afloramentos Rochosos, no entanto, generalista quanto ao uso de microhábitats. Nesta população as fêmeas possuem comprimento corporal médio maior que o dos machos e apresentaram maiores frequências de autotomia caudal. Em relação à dieta, H. agrius é uma espécie moderadamente generalista, que consome artrópodes, principalmente Aranae, Orthoptera e Isoptera; e vertebrados, além de ter constatado um caso de canibalismo. Quanto à sazonalidade foram registradas diferenças apenas para o número dos itens alimentares consumidos. A dieta foi similar entre os sexos, porém diferenças ontogenéticas foram registradas para o volume total e comprimento máximo dos itens alimentares. Relações significativas foram constatadas entre o tamanho do corpo e da cabeça dos espécimes com o comprimento máximo das presas consumidas. Casos de polidactilia e de bifurcação caudal foram registrados na população com frequências de 1,6 % e 3,1%, respectivamente. Em relação às localidades de ocorrência das espécies nativas, foram constatados 27 pontos, sendo 14 para H. agrius e 13 para H. brasilianus; a primeira apresentou distribuição restrita, enquanto que a segunda demonstrou ampla distribuição. Em ambos os modelos gerados a área da ESEC Seridó apresentou de média a alta adequabilidade. Os resultados deste trabalho confirma a ausência de H. brasilianus e H. mabouia nesta ESEC e confere a H. agrius condição de espécie canibal oportunista. Além disso, confirma os padrões de distribuição exibidos pelas espécies nativas de Hemidactylus e aponta a ESEC Seridó como área de provável ocorrência para as espécies do gênero, constatando, assim, que o estabelecimento de H. brasilianus e de H. mabouia, possivelmente, é limitado por fatores bióticos, ainda pouco esclarecidos.
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O gênero Hemidactylus Oken, 1817 tem distribuição cosmopolita e, no Brasil, ocorrem três espécies, sendo duas nativas, H. brasilianus e H. agrius, e uma exótica, H. mabouia. Tomando como base os estudos sobre ecologia de lagartos efetuados na Estação Ecológica do Seridó, de 2001 a 2011, este trabalho buscou reavaliar a ocorrência das espécies do gênero Hemidactylus nesta ESEC, analisar aspectos ecológicos e biológicos da população de H. agrius; e investigar a distribuição atual e potencial das espécies nativas do gênero na região nordeste, analisando a adequabilidade da ESEC para este táxon. Para os dois primeiros objetivos, uma área de amostragem constituída por cinco transectos de 200 m x 20 m, foi inspecionada em turnos alternados por três dias consecutivos, de agosto de 2012 a agosto de 2013. Para a última perspectiva, foram consultados pontos de ocorrência de H. agrius e H. brasilianus na literatura e no banco de dados da Coleção Herpetológica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para construção de mapas preditivos, através do algoritmo de Máxima Entropia (MaxEnt). Na ESEC Seridó foram coletados 62 H. agrius (25 fêmeas, 18 machos e 19 juvenis) e dois recém-nascidos foram obtidos a partir de um ninho comunal incubado em laboratório, nenhum registro foi feito para as demais espécies do gênero. Hemidactylus agrius demostrou ser uma espécie noturna com especialidade a hábitats com Afloramentos Rochosos, no entanto, generalista quanto ao uso de microhábitats. Nesta população as fêmeas possuem comprimento corporal médio maior que o dos machos e apresentaram maiores frequências de autotomia caudal. Em relação à dieta, H. agrius é uma espécie moderadamente generalista, que consome artrópodes, principalmente Aranae, Orthoptera e Isoptera; e vertebrados, além de ter constatado um caso de canibalismo. Quanto à sazonalidade foram registradas diferenças apenas para o número dos itens alimentares consumidos. A dieta foi similar entre os sexos, porém diferenças ontogenéticas foram registradas para o volume total e comprimento máximo dos itens alimentares. Relações significativas foram constatadas entre o tamanho do corpo e da cabeça dos espécimes com o comprimento máximo das presas consumidas. Casos de polidactilia e de bifurcação caudal foram registrados na população com frequências de 1,6 % e 3,1%, respectivamente. Em relação às localidades de ocorrência das espécies nativas, foram constatados 27 pontos, sendo 14 para H. agrius e 13 para H. brasilianus; a primeira apresentou distribuição restrita, enquanto que a segunda demonstrou ampla distribuição. Em ambos os modelos gerados a área da ESEC Seridó apresentou de média a alta adequabilidade. Os resultados deste trabalho confirma a ausência de H. brasilianus e H. mabouia nesta ESEC e confere a H. agrius condição de espécie canibal oportunista. Além disso, confirma os padrões de distribuição exibidos pelas espécies nativas de Hemidactylus e aponta a ESEC Seridó como área de provável ocorrência para as espécies do gênero, constatando, assim, que o estabelecimento de H. brasilianus e de H. mabouia, possivelmente, é limitado por fatores bióticos, ainda pouco esclarecidos.
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MIGUEL ANGEL ANSALDI JUNIOR
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Frequência de β-lactamases dos grupos tem , shv, ctx-m e kpc produzidas por enterobactérias isoladas no estado do Rio Grande do Norte
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Orientador : RENATO MOTTA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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RENATO MOTTA NETO
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MARIA CELESTE NUNES DE MELO
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MARIA TEREZA BARRETO DE OLIVEIRA
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LAURA MESQUITA PAIVA
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Data: 23/05/2014
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A resistência bacteriana é um problema de saúde pública crescente em todo o mundo e a disseminação dos genes de resistência aos antimicrobianos compreende uma preocupação recorrente. Diante dessa realidade alarmante, a família Enterobacteriaceae figura como um dos protagonistas em nosso país não só pela frequência com que seus representantes são isolados, mas também pela evolução no que tange a resistência ao antimicrobianos, prinicipalmente quando direcionada aos β-lactâmicos pela produção enzimática de β-lactamases de espectro ampliado (ESBLs e carbapenemases). Para o controle e tratamento adequado do paciente, dados locais são fundamentais, e pensando nisso optou-se em realizar um estudo inédito no estado do Rio Grande do Norte, cujo objeto principal foi avaliar a ocorrência de β-lactamases de espectro estendido (ESBL) e carbapenemases do tipo KPC em enterobactérias obtidas de amostras clínicas oriundas de três centros de referência em saúde. Duzentas enterobactérias oriundas de diversos sítios biológicos foram coletadas durante o período compreendido entre abril de 2012 e agosto de 2013 e submetidas em laboratório a análises fenotípicas confirmatórias (técnica de disco aproximação de Jarlier e teste de Hodge modificado) e moleculares para a identifiação dos genes de resistência blaTEM, blaSHV, blaCTX-M e blaKPC. Dessas enterobactérias, 73 (36,5%) foram confirmadas como produtoras de ESBL, das quais mais da metade pertenceram as espécies Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli. Outras espécies menos frequentes como Enteroboacter cloacae, Enterobacter aerogenes, Citrobacter freundii, Providencia stuartti também expressaram o mesmo fenótipo. As análises moleculares através de PCR indicaram que 87,5% dos 73 isolados fenotipicamente confirmados como ESBL albergavam o gene blaCTX-M, 43% amplificaram o gene blaSHV, 37,5% o gene blaTEM. Quanto a produção de carbapenemases, 7 (9,5%) foram positivas para o teste de Hodge Modificado (MHT), todas pertencentes a espécie Klebsiella pneumoniae, porém apenas 5 delas confirmaram a presença do gene blaKPC. Mais de 50% das enterobactérias multiresistentes albergaram os genes blaESBL de forma associada. Vinte e seis espécies de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae positivas para o gene blaCTX-M (mais prevalente) foram submetidas a análises de similaridade através da técnica de Eletroforese em Gel de Campo Pulsado (PFGE) e isolados com coeficiente de Dice superiores ou iguais a 80% foram considerados clonais. Foram encontrados 5 perfis de fragmentação clonal do DNA cromossomal para as cepas de E.coli 12 perfis de fragmentação cromossomal para as cepas de K.pneumoniae. Por tratar-se de um estudo preliminar, espera-se que esses resultados possam ser ampliados e utilizados como referência a nível estadual, prevenindo a dispersão dessa resistência e que sirva também como mais um dado nacional para a construção de um perfil mais fidedigno no que diz respeito à epidemiologia desse mecanismo de resistência.
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A resistência bacteriana é um problema de saúde pública crescente em todo o mundo e a disseminação dos genes de resistência aos antimicrobianos compreende uma preocupação recorrente. Diante dessa realidade alarmante, a família Enterobacteriaceae figura como um dos protagonistas em nosso país não só pela frequência com que seus representantes são isolados, mas também pela evolução no que tange a resistência ao antimicrobianos, prinicipalmente quando direcionada aos β-lactâmicos pela produção enzimática de β-lactamases de espectro ampliado (ESBLs e carbapenemases). Para o controle e tratamento adequado do paciente, dados locais são fundamentais, e pensando nisso optou-se em realizar um estudo inédito no estado do Rio Grande do Norte, cujo objeto principal foi avaliar a ocorrência de β-lactamases de espectro estendido (ESBL) e carbapenemases do tipo KPC em enterobactérias obtidas de amostras clínicas oriundas de três centros de referência em saúde. Duzentas enterobactérias oriundas de diversos sítios biológicos foram coletadas durante o período compreendido entre abril de 2012 e agosto de 2013 e submetidas em laboratório a análises fenotípicas confirmatórias (técnica de disco aproximação de Jarlier e teste de Hodge modificado) e moleculares para a identifiação dos genes de resistência blaTEM, blaSHV, blaCTX-M e blaKPC. Dessas enterobactérias, 73 (36,5%) foram confirmadas como produtoras de ESBL, das quais mais da metade pertenceram as espécies Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli. Outras espécies menos frequentes como Enteroboacter cloacae, Enterobacter aerogenes, Citrobacter freundii, Providencia stuartti também expressaram o mesmo fenótipo. As análises moleculares através de PCR indicaram que 87,5% dos 73 isolados fenotipicamente confirmados como ESBL albergavam o gene blaCTX-M, 43% amplificaram o gene blaSHV, 37,5% o gene blaTEM. Quanto a produção de carbapenemases, 7 (9,5%) foram positivas para o teste de Hodge Modificado (MHT), todas pertencentes a espécie Klebsiella pneumoniae, porém apenas 5 delas confirmaram a presença do gene blaKPC. Mais de 50% das enterobactérias multiresistentes albergaram os genes blaESBL de forma associada. Vinte e seis espécies de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae positivas para o gene blaCTX-M (mais prevalente) foram submetidas a análises de similaridade através da técnica de Eletroforese em Gel de Campo Pulsado (PFGE) e isolados com coeficiente de Dice superiores ou iguais a 80% foram considerados clonais. Foram encontrados 5 perfis de fragmentação clonal do DNA cromossomal para as cepas de E.coli 12 perfis de fragmentação cromossomal para as cepas de K.pneumoniae. Por tratar-se de um estudo preliminar, espera-se que esses resultados possam ser ampliados e utilizados como referência a nível estadual, prevenindo a dispersão dessa resistência e que sirva também como mais um dado nacional para a construção de um perfil mais fidedigno no que diz respeito à epidemiologia desse mecanismo de resistência.
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MARÍLIA AUGUSTA ROCHA DE QUEIROZ PINHEIRO
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Uso da terapia larval no tratamento de úlceras de difícil cicatrização em pacientes no Hospital Universitário Onofre Lopes - Natal, RN
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Orientador : RENATA ANTONACI GAMA
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MEMBROS DA BANCA :
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RENATA ANTONACI GAMA
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RENATO MOTTA NETO
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CARLOS BRISOLA MARCONDES
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JOSÉ ALBERTINO RAFAEL
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Data: 27/05/2014
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A terapia larval é a utilização de larvas estéreis no desbridamento de feridas. Atualmente essa técnica vem sendo bastante utilizada na Europa, Estados Unidos e Israel, dentre outros países, entretanto, ainda não foi implementada no Brasil e não há relatos de sua aplicação utilizando larvas da mosca Chrysomya megacephala. O presente trabalho objetivou avaliar o desbridamento de úlceras de difícil cicatrização utilizando larvas de C. megacephala. Pacientes com úlceras crônicas foram incluídos no estudo após responderem a um questionário, serem esclarecidos sobre os possíveis riscos e benefícios da terapia larval e assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Antes das aplicações, foram colhidas amostras para identificação das bactérias presentes nas úlceras. Após essa etapa, as úlceras foram avaliadas antes e durante o tratamento através de registro fotográfico, mensuração de diâmetros e avaliação dos percentuais de tecido necrótico e de granulação. A avaliação foi seguida da aplicação de aproximadamente 5 larvas estéreis de 2º instar de C. megacephala por cm2 de lesão. Os curativos com larvas foram trocados após 48 horas com 48 horas de intervalo entre as aplicações. As úlceras dos pacientes incluídos no trabalho apresentaram caráter polimicrobiano e em todas elas foi isolada a espécie Pseudomonas aeruginosa. Todos os pacientes submetidos à terapia larval apresentaram redução do percentual de necrose e aumento do tecido de granulação na superfície das úlceras e uma consequente melhora no decorrer do tratamento.
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A terapia larval é a utilização de larvas estéreis no desbridamento de feridas. Atualmente essa técnica vem sendo bastante utilizada na Europa, Estados Unidos e Israel, dentre outros países, entretanto, ainda não foi implementada no Brasil e não há relatos de sua aplicação utilizando larvas da mosca Chrysomya megacephala. O presente trabalho objetivou avaliar o desbridamento de úlceras de difícil cicatrização utilizando larvas de C. megacephala. Pacientes com úlceras crônicas foram incluídos no estudo após responderem a um questionário, serem esclarecidos sobre os possíveis riscos e benefícios da terapia larval e assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Antes das aplicações, foram colhidas amostras para identificação das bactérias presentes nas úlceras. Após essa etapa, as úlceras foram avaliadas antes e durante o tratamento através de registro fotográfico, mensuração de diâmetros e avaliação dos percentuais de tecido necrótico e de granulação. A avaliação foi seguida da aplicação de aproximadamente 5 larvas estéreis de 2º instar de C. megacephala por cm2 de lesão. Os curativos com larvas foram trocados após 48 horas com 48 horas de intervalo entre as aplicações. As úlceras dos pacientes incluídos no trabalho apresentaram caráter polimicrobiano e em todas elas foi isolada a espécie Pseudomonas aeruginosa. Todos os pacientes submetidos à terapia larval apresentaram redução do percentual de necrose e aumento do tecido de granulação na superfície das úlceras e uma consequente melhora no decorrer do tratamento.
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MICHAEL JEFFERSON COELHO MEIRA
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DESCRIÇÃO DE NOVAS ESPÉCIES DE ENTOMOBRYOIDEA, WOMERSLEY, 1934 (COLLEMBOLA, HEXAPODA) EM REMANESCENTES URBANOS DE MATA ATLÂNTICA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
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Orientador : BRUNO CAVALCANTE BELLINI
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MEMBROS DA BANCA :
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BRUNO CAVALCANTE BELLINI
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EDUARDO ASSIS ABRANTES
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RENATA ANTONACI GAMA
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Data: 20/06/2014
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Colêmbolos são microartrópodes comumente reconhecidos em ambientes edáficos. Entre as formas mais comuns (e mais visíveis) destes animais, estão os Entomobryoidea, um dos grupos mais diversificados de colêmbolos. Embora sejam registradas mais de 8300 espécies de Collembola no globo, no Brasil pouco mais de 310 espécies são registradas, sendo a maioria no Sudeste do país. No Nordeste, em particular no Rio Grande do Norte, esses registros ainda são reduzidos, mesmo na Mata Atlântica, domínio reconhecidamente diverso para esta fauna e de forma específica, para os Entomobryoidea. Assim, este trabalho teve como principal objetivo descrever novas espécies de Entomobryoidea em remanescentes urbanos de Mata Atlântica no Rio Grande do Norte, mais especificamente no Parque das Dunas, Natal na Área de Proteção Ambiental de Genipabu, Extremoz. As coletas foram realizadas nos meses Julho e agosto de 2012 e Janeiro e Fevereiro de 2013, com uso de aspiradores entomológicos e bandejas de plástico. Os espécimes coletados foram identificados em laboratório e descritos de forma detalhada através de consulta a literatura específica. Neste trabalho foram descritas quatro novas espécies: Entomobrya sp. nov. 1, Seira sp. nov. 1, Seira sp. nov. 2 e Trogolaphysa sp. nov. 1. Seira sp. nov. 1 possui claras semelhanças com S. paraibensis, entretanto a quetotaxia do mesotórax e abdome IV distingue ambas as espécies. Seira sp. nov. 2 é caracterizado por sua quetotaxia, principalmente na região ‘M’ cefálica e pelo seu mesotórax. Mesmo assim, a espécie possui semelhanças com S. praiana e S. potiguara. Entomobrya sp. nov. 1 possui poucas semelhanças com espécies brasileiras, do ponto de vista da coloração, entretanto não há para estas últimas detalhamento da quetotaxia dorsal, o que pode ocultar relações de proximidade filogenética. Mesmo assim, a principal característica diagnóstica de Entomobrya sp. nov. 1 frente a outras espécies do gênero é a complexidade da quetotaxia do quinto segmento abdominal. A descrição de novas espécies de Collembola , potencialmente endêmicas de seus habitats de ocorrência pode ajudar na compreensão de padrões morfológicos e evolutivos nos táxons amostrados, assim como na preservação dos ambientes nos quais foram encontradas.
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Colêmbolos são microartrópodes comumente reconhecidos em ambientes edáficos. Entre as formas mais comuns (e mais visíveis) destes animais, estão os Entomobryoidea, um dos grupos mais diversificados de colêmbolos. Embora sejam registradas mais de 8300 espécies de Collembola no globo, no Brasil pouco mais de 310 espécies são registradas, sendo a maioria no Sudeste do país. No Nordeste, em particular no Rio Grande do Norte, esses registros ainda são reduzidos, mesmo na Mata Atlântica, domínio reconhecidamente diverso para esta fauna e de forma específica, para os Entomobryoidea. Assim, este trabalho teve como principal objetivo descrever novas espécies de Entomobryoidea em remanescentes urbanos de Mata Atlântica no Rio Grande do Norte, mais especificamente no Parque das Dunas, Natal na Área de Proteção Ambiental de Genipabu, Extremoz. As coletas foram realizadas nos meses Julho e agosto de 2012 e Janeiro e Fevereiro de 2013, com uso de aspiradores entomológicos e bandejas de plástico. Os espécimes coletados foram identificados em laboratório e descritos de forma detalhada através de consulta a literatura específica. Neste trabalho foram descritas quatro novas espécies: Entomobrya sp. nov. 1, Seira sp. nov. 1, Seira sp. nov. 2 e Trogolaphysa sp. nov. 1. Seira sp. nov. 1 possui claras semelhanças com S. paraibensis, entretanto a quetotaxia do mesotórax e abdome IV distingue ambas as espécies. Seira sp. nov. 2 é caracterizado por sua quetotaxia, principalmente na região ‘M’ cefálica e pelo seu mesotórax. Mesmo assim, a espécie possui semelhanças com S. praiana e S. potiguara. Entomobrya sp. nov. 1 possui poucas semelhanças com espécies brasileiras, do ponto de vista da coloração, entretanto não há para estas últimas detalhamento da quetotaxia dorsal, o que pode ocultar relações de proximidade filogenética. Mesmo assim, a principal característica diagnóstica de Entomobrya sp. nov. 1 frente a outras espécies do gênero é a complexidade da quetotaxia do quinto segmento abdominal. A descrição de novas espécies de Collembola , potencialmente endêmicas de seus habitats de ocorrência pode ajudar na compreensão de padrões morfológicos e evolutivos nos táxons amostrados, assim como na preservação dos ambientes nos quais foram encontradas.
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GABRIELA SALVADOR OURIQUE
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Estudo in silico das interações da protease NS3-NS2B de DENV-2 com o inibidor peptídico Bz-nKRR-H com finalidades terapêuticas
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Orientador : EUDENILSON LINS DE ALBUQUERQUE
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MEMBROS DA BANCA :
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EUDENILSON LINS DE ALBUQUERQUE
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UMBERTO LAINO FULCO
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VALDER NOGUEIRA FREIRE
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Data: 18/07/2014
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Dengue (DENVE) é um importante vírus patógeno pertencente ao gênero Flavivirus. O genoma do vírus da Dengue, é constituído de RNA envelopado de fita simples e sentido único (+), possui aproximadamente 10.7-11 Kb. O RNA de DENV é traduzido como uma única poliproteína. Esta poliproteína, é traduzida em 3 proteínas estruturais (C, prM e E) e 7 não estruturais (NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B e NS5). A proteína NS3 é uma proteína multifuncional que além de promover o processamento da poliproteína do genoma viral, também possui atividade helicásica, NTPásica e RTPásica. A NS3 precisa de cerca de 40 resíduos da proteína NS2B (que age como cofator) para realizar suas atividades. Os tratamentos de DV atuais são principalmente sintomáticos, não existem vacinas eficazes aprovadas e comercializadas, nem drogas antivirais disponíveis para proteger ou curar a doença da dengue. O inibidor tetrapeptídico Bz-Nle-Lys-Arg-Arg-H, (com Ki de 5,8-7,0 μM) tem sido apresentado na literatura como um potente inibidor da protease NS3 em DV. Sendo uma estratégia inteligente para o tratamento da Dengue. O presente trabalho objetivou estudar as interações do ligante junto ao sítio ativo para fornecer uma visão mais clara e aprofundada dessas interações. Para tal desenvolveu-se um estudo in silico, com utilização de cálculos de mecânica quântica, baseada na Teoria do Funcional da Densidade (DFT), com aproximações do Gradiente Generalizado (GGA) para descrição dos efeitos de correlação e troca. A energia de interação de cada aminoácido do sítio de ligação, com o ligante foi calculada com base no método de fragmentação molecular com capas conjugadas (MFCC). Além da energia, foram calculadas as distâncias, tipos de interações moleculares e grupos atômicos envolvidos. Os modelos teóricos utilizados foram satisfatórios e demonstraram uma descrição mais precisa com a utilização da constante dielétrica ε=20 e 80. Os resultados demonstram que a energia de interação do sistema atingiu a convergência em 13,5A. Dentro desse raio de interação os resíduos mais importantes foram identificados. Met49, Met84 e Asp81 realizam interações de hidrogênio. Os resíduos Asp79 e Asp75 apresentam elevada energia de atração. Já resíduos como Arg54, Arg85 e Lys 131 realizam interações de hidrogênio próximas com o ligante, porém, aparecem no gráfico do BIRD possuindo elevada energia de repulsão com o inibidor. Os resultados também destacam a importância do resíduo Tyr161 e o envolvimento da tríade catalítica constituída por Asp75, Ser135 e His51.
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Dengue (DENVE) é um importante vírus patógeno pertencente ao gênero Flavivirus. O genoma do vírus da Dengue, é constituído de RNA envelopado de fita simples e sentido único (+), possui aproximadamente 10.7-11 Kb. O RNA de DENV é traduzido como uma única poliproteína. Esta poliproteína, é traduzida em 3 proteínas estruturais (C, prM e E) e 7 não estruturais (NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B e NS5). A proteína NS3 é uma proteína multifuncional que além de promover o processamento da poliproteína do genoma viral, também possui atividade helicásica, NTPásica e RTPásica. A NS3 precisa de cerca de 40 resíduos da proteína NS2B (que age como cofator) para realizar suas atividades. Os tratamentos de DV atuais são principalmente sintomáticos, não existem vacinas eficazes aprovadas e comercializadas, nem drogas antivirais disponíveis para proteger ou curar a doença da dengue. O inibidor tetrapeptídico Bz-Nle-Lys-Arg-Arg-H, (com Ki de 5,8-7,0 μM) tem sido apresentado na literatura como um potente inibidor da protease NS3 em DV. Sendo uma estratégia inteligente para o tratamento da Dengue. O presente trabalho objetivou estudar as interações do ligante junto ao sítio ativo para fornecer uma visão mais clara e aprofundada dessas interações. Para tal desenvolveu-se um estudo in silico, com utilização de cálculos de mecânica quântica, baseada na Teoria do Funcional da Densidade (DFT), com aproximações do Gradiente Generalizado (GGA) para descrição dos efeitos de correlação e troca. A energia de interação de cada aminoácido do sítio de ligação, com o ligante foi calculada com base no método de fragmentação molecular com capas conjugadas (MFCC). Além da energia, foram calculadas as distâncias, tipos de interações moleculares e grupos atômicos envolvidos. Os modelos teóricos utilizados foram satisfatórios e demonstraram uma descrição mais precisa com a utilização da constante dielétrica ε=20 e 80. Os resultados demonstram que a energia de interação do sistema atingiu a convergência em 13,5A. Dentro desse raio de interação os resíduos mais importantes foram identificados. Met49, Met84 e Asp81 realizam interações de hidrogênio. Os resíduos Asp79 e Asp75 apresentam elevada energia de atração. Já resíduos como Arg54, Arg85 e Lys 131 realizam interações de hidrogênio próximas com o ligante, porém, aparecem no gráfico do BIRD possuindo elevada energia de repulsão com o inibidor. Os resultados também destacam a importância do resíduo Tyr161 e o envolvimento da tríade catalítica constituída por Asp75, Ser135 e His51.
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RALINY OLIVEIRA SANTOS
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Avaliação dos efeitos da retirada do etanol em curto e longo prazo sobre respostas comportamentais relacionadas à ansiedade e sobre células imunorreativas para a serotonina no núcleo dorsal da rafe em ratas.
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Orientador : VANESSA DE PAULA SOARES RACHETTI
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MEMBROS DA BANCA :
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VANESSA DE PAULA SOARES RACHETTI
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ELAINE CRISTINA GAVIOLI
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JANAINA MENEZES ZANOVELI
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Data: 11/08/2014
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Indivíduos dependentes de etanol, ao reduzirem ou cessarem seu consumo, apresentam um conjunto de sinais e sintomas, dentre eles, alguns relacionados à ansiedade. Para um melhor entendimento das bases neurais envolvidas com a ansiedade na abstinência, ensaios pré-clínicos vêm utilizando modelos de consumo de etanol seguido de retirada em ratos submetidos a distintos testes de ansiedade, dentre eles, o labirinto em cruz elevado. O presente estudo teve por objetivo investigar se a retirada do etanol em curto e longo prazo promoveria alterações comportamentais sugestivas de ansiedade no teste do labirinto em cruz elevado (LCE) e no teste do campo aberto (CA) e, ainda, se influenciaria o número de células imunorreativas para a serotonina no núcleo dorsal da rafe (NDR), fonte de inervação serotonérgica ascendente relacionada à ansiedade. Ratas Wistar com aproximadamente 90 dias de vida foram submetidas a concentrações crescentes de etanol como única fonte de dieta líquida (2% durante os três primeiros dias, seguido de 4% durante três dias e 6% durante 15 dias) ou água (grupo controle), ambos com livre acesso à ração. Na etapa comportamental, no 21º dia de consumo, o etanol foi substituído por água (retirada) e, após 72 horas ou 21 dias de retirada, os animais controle e submetidos à retirada foram expostos ao teste do LCE, onde foram avaliadas as porcentagens de tempo gasto e de entradas nos braços abertos e o número de entradas nos braços fechados durante 5 minutos. Vinte e quatro horas após o teste no LCE, os animais foram submetidos ao teste do CA por 15 minutos. Durante este período avaliou-se a distância total percorrida pelos animais e durante os 5 minutos iniciais foram avaliados o tempo, a distância e o número de entradas no centro do aparato. Na etapa imunoistoquímica, os encéfalos de animais submetidos ao consumo de etanol por 21 dias, seguidos ou não de retirada de 72 horas e 21 dias, e seus controles foram submetidos à técnica da imunoistoquímica para detectar células imunorreativas para a serotonina (5-HT-IR) nas porções dorsal e caudal do NDR. Os dados comportamentais mostraram que tanto a retirada do etanol em curto prazo, quanto em longo prazo diminuiu a exploração dos braços abertos do LCE. No teste do CA não foram observadas alterações na locomoção no período de 15 minutos, porém, no mesmo teste, durante os 5 primeiros minutos observou-se efeito do tipo ansiogênico nos animais submetidos à 22 dias de retirada do etanol. Na etapa imunoistoquímica, não foram observadas diferenças na contagem de células 5-HT-IR nas porções dorsal e caudal do NDR dos animais submetidos à retirada em curto e longo prazo do etanol, em relação ao controle. No entanto, o consumo do etanol por 21 dias reduziu a contagem de células 5-HT-IR na região dorsal deste núcleo. Em conjunto, os dados aqui obtidos demonstram um efeito do tipo ansiogênico promovido pela retirada em curto e longo prazo do etanol não relacionado a alterações na marcação de serotonina nas porções dorsal e caudal do NDR.
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Indivíduos dependentes de etanol, ao reduzirem ou cessarem seu consumo, apresentam um conjunto de sinais e sintomas, dentre eles, alguns relacionados à ansiedade. Para um melhor entendimento das bases neurais envolvidas com a ansiedade na abstinência, ensaios pré-clínicos vêm utilizando modelos de consumo de etanol seguido de retirada em ratos submetidos a distintos testes de ansiedade, dentre eles, o labirinto em cruz elevado. O presente estudo teve por objetivo investigar se a retirada do etanol em curto e longo prazo promoveria alterações comportamentais sugestivas de ansiedade no teste do labirinto em cruz elevado (LCE) e no teste do campo aberto (CA) e, ainda, se influenciaria o número de células imunorreativas para a serotonina no núcleo dorsal da rafe (NDR), fonte de inervação serotonérgica ascendente relacionada à ansiedade. Ratas Wistar com aproximadamente 90 dias de vida foram submetidas a concentrações crescentes de etanol como única fonte de dieta líquida (2% durante os três primeiros dias, seguido de 4% durante três dias e 6% durante 15 dias) ou água (grupo controle), ambos com livre acesso à ração. Na etapa comportamental, no 21º dia de consumo, o etanol foi substituído por água (retirada) e, após 72 horas ou 21 dias de retirada, os animais controle e submetidos à retirada foram expostos ao teste do LCE, onde foram avaliadas as porcentagens de tempo gasto e de entradas nos braços abertos e o número de entradas nos braços fechados durante 5 minutos. Vinte e quatro horas após o teste no LCE, os animais foram submetidos ao teste do CA por 15 minutos. Durante este período avaliou-se a distância total percorrida pelos animais e durante os 5 minutos iniciais foram avaliados o tempo, a distância e o número de entradas no centro do aparato. Na etapa imunoistoquímica, os encéfalos de animais submetidos ao consumo de etanol por 21 dias, seguidos ou não de retirada de 72 horas e 21 dias, e seus controles foram submetidos à técnica da imunoistoquímica para detectar células imunorreativas para a serotonina (5-HT-IR) nas porções dorsal e caudal do NDR. Os dados comportamentais mostraram que tanto a retirada do etanol em curto prazo, quanto em longo prazo diminuiu a exploração dos braços abertos do LCE. No teste do CA não foram observadas alterações na locomoção no período de 15 minutos, porém, no mesmo teste, durante os 5 primeiros minutos observou-se efeito do tipo ansiogênico nos animais submetidos à 22 dias de retirada do etanol. Na etapa imunoistoquímica, não foram observadas diferenças na contagem de células 5-HT-IR nas porções dorsal e caudal do NDR dos animais submetidos à retirada em curto e longo prazo do etanol, em relação ao controle. No entanto, o consumo do etanol por 21 dias reduziu a contagem de células 5-HT-IR na região dorsal deste núcleo. Em conjunto, os dados aqui obtidos demonstram um efeito do tipo ansiogênico promovido pela retirada em curto e longo prazo do etanol não relacionado a alterações na marcação de serotonina nas porções dorsal e caudal do NDR.
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SARA CAROLINE PINTO DE ALMEIDA SANTOS
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Alterações morfofisiológicas e moleculares em resposta a estresses abióticos em mamona (Ricinus communis L.)
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Orientador : KATIA CASTANHO SCORTECCI
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA FERREIRA UCHOA
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KATIA CASTANHO SCORTECCI
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MARCIA MARIA AUXILIADORA NASCHENVENG PINHEIRO MARGIS
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Data: 21/08/2014
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A queima de combustíveis fósseis destaca-se dentre as atividades humanas como a principal responsável pelo aumento de gases poluentes na atmosfera que provocam mudanças climáticas. Diante deste cenário, têm se buscado alternativas menos poluentes e danosas que os combustíveis fósseis. Muito recurso tem sido investido em pesquisas que visem o conhecimento e produção de espécies de plantas oleaginosas que possam substituir parte do diesel mineral pelo biodiesel. Dentre estas plantas está a mamona (Ricinus communis L.), uma planta oleaginosa pertencente à família Euphorbiaceae, considerada rústica e que não exige grande disponibilidade de água para seu desenvolvimento e produção. Por possuir um óleo rico em um ácido graxo incomum (ácido ricinoléico), tem sido apontada como uma oleaginosa com grande potencial para o cultivo em regiões semiáridas, como o Nordeste do Brasil. Esta região é caracterizada pelos longos períodos de seca com baixa precipitação pluviométrica, além de solos salinos. Considerando isto, este trabalho teve como objetivo contribuir para a compreensão das respostas das plantas de mamona a estresses abióticos (hídrico e salino) por meio de análises morfofisiológicas e moleculares. Para isso, as plantas de mamona foram submetidas a condições de estresse salino (50, 100, 150 e 200 mM de NaCl) em ambiente controlado e estresse hídrico (5, 10, 15 dias e 10 dias cíclico). Após os tratamentos, as plantas foram sujeitas a diferentes análises quanto ao efeito dos estresses: a) na expansão e retenção de água nas folhas; b) no teor de clorofilas; c) nas enzimas do sistema antioxidante (SOD, CAT, APX e POX) em folhas, raízes e sementes; d) na anatomia foliar e de raízes; e) no teor de óleo em sementes; f) na expressão diferencial de genes através de biblioteca subtrativa de cDNA para estresse hídrico em sementes. Diante dos resultados obtidos, verificamos que a mamona sofreu alterações na atividade de enzimas antioxidantes, com respostas dependendo do nível de estresse e tecido-dependente. Nas atividades de SOD e APX em folha foi observada uma diminuição aos 5 e 10 dias de estresse hídrico, entretanto, em raiz houve um aumento da atividade de SOD aos 10 e 15 dias de estresse e de APX ao 5 e 10 dias. Em semente houve uma diminuição da atividade de SOD no maior período de estresse. As atividades de CAT e POX em folha apresentaram um aumento aos 10 dias de estresse, o que também foi observado na atividade de POX em raiz. Alterações nas estruturas do sistema vascular também foram observadas, no entanto, inferimos que a mamona pode resistir ao estresse hídrico moderado (5 dias) e ao estresse salino até 100 mM de NaCl, evitando a perda de água, mantendo o turgor celular. O teor do óleo não sofreu alterações com o déficit hídrico. Os resultados das bibliotecas subtrativas para estresse indicam que existe um aumento na expressão de genes em sementes relacionados à defesa da planta contra as condições de estresse (por exemplo, Dehidrina), assim como, na maturação e desenvolvimento do embrião. Os dados obtidos neste trabalho auxiliaram na compreensão do comportamento da mamona em condições de estresse abiótico, hídrico e salino, assim como, na recuperação hídrica da planta após a retomada das regas.
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A queima de combustíveis fósseis destaca-se dentre as atividades humanas como a principal responsável pelo aumento de gases poluentes na atmosfera que provocam mudanças climáticas. Diante deste cenário, têm se buscado alternativas menos poluentes e danosas que os combustíveis fósseis. Muito recurso tem sido investido em pesquisas que visem o conhecimento e produção de espécies de plantas oleaginosas que possam substituir parte do diesel mineral pelo biodiesel. Dentre estas plantas está a mamona (Ricinus communis L.), uma planta oleaginosa pertencente à família Euphorbiaceae, considerada rústica e que não exige grande disponibilidade de água para seu desenvolvimento e produção. Por possuir um óleo rico em um ácido graxo incomum (ácido ricinoléico), tem sido apontada como uma oleaginosa com grande potencial para o cultivo em regiões semiáridas, como o Nordeste do Brasil. Esta região é caracterizada pelos longos períodos de seca com baixa precipitação pluviométrica, além de solos salinos. Considerando isto, este trabalho teve como objetivo contribuir para a compreensão das respostas das plantas de mamona a estresses abióticos (hídrico e salino) por meio de análises morfofisiológicas e moleculares. Para isso, as plantas de mamona foram submetidas a condições de estresse salino (50, 100, 150 e 200 mM de NaCl) em ambiente controlado e estresse hídrico (5, 10, 15 dias e 10 dias cíclico). Após os tratamentos, as plantas foram sujeitas a diferentes análises quanto ao efeito dos estresses: a) na expansão e retenção de água nas folhas; b) no teor de clorofilas; c) nas enzimas do sistema antioxidante (SOD, CAT, APX e POX) em folhas, raízes e sementes; d) na anatomia foliar e de raízes; e) no teor de óleo em sementes; f) na expressão diferencial de genes através de biblioteca subtrativa de cDNA para estresse hídrico em sementes. Diante dos resultados obtidos, verificamos que a mamona sofreu alterações na atividade de enzimas antioxidantes, com respostas dependendo do nível de estresse e tecido-dependente. Nas atividades de SOD e APX em folha foi observada uma diminuição aos 5 e 10 dias de estresse hídrico, entretanto, em raiz houve um aumento da atividade de SOD aos 10 e 15 dias de estresse e de APX ao 5 e 10 dias. Em semente houve uma diminuição da atividade de SOD no maior período de estresse. As atividades de CAT e POX em folha apresentaram um aumento aos 10 dias de estresse, o que também foi observado na atividade de POX em raiz. Alterações nas estruturas do sistema vascular também foram observadas, no entanto, inferimos que a mamona pode resistir ao estresse hídrico moderado (5 dias) e ao estresse salino até 100 mM de NaCl, evitando a perda de água, mantendo o turgor celular. O teor do óleo não sofreu alterações com o déficit hídrico. Os resultados das bibliotecas subtrativas para estresse indicam que existe um aumento na expressão de genes em sementes relacionados à defesa da planta contra as condições de estresse (por exemplo, Dehidrina), assim como, na maturação e desenvolvimento do embrião. Os dados obtidos neste trabalho auxiliaram na compreensão do comportamento da mamona em condições de estresse abiótico, hídrico e salino, assim como, na recuperação hídrica da planta após a retomada das regas.
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MARANA ALI SILVEIRA
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O antagonismo do receptor de serotonina do tipo 7 da substância cinzenta periaquedutal dorsal reduz a ansiedade experimental basal, mas não aquela gerada pela retirada do etanol em ratos
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Orientador : VANESSA DE PAULA SOARES RACHETTI
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MEMBROS DA BANCA :
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ELAINE CRISTINA GAVIOLI
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EUNICE ANDRE
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VANESSA DE PAULA SOARES RACHETTI
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Data: 02/09/2014
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Indivíduos dependentes de etanol que diminuem ou interrompem a sua utilização podem apresentar a Síndrome de Abstinência do Álcool, caracterizada por sinais e sintomas desagradáveis que favorecem a recaída, dentre eles, a ansiedade. Por ser uma droga psicotrópica, o etanol é capaz de promover mudanças comportamentais e neurofisiológicas, atuando sobre diversos sistemas de neurotransmissão, entre outros o sistema serotonérgico, que vem sendo diretamente relacionado aos estados aversivos, como é o caso da ansiedade. O presente estudo teve por objetivo investigar a participação do receptor de serotonina do tipo 7 (5-HT7) da substância cinzenta periaquedutal dorsal (DPAG) na ansiedade gerada pela retirada de etanol. Para isso, ratos Wistar com 75-100 dias foram submetidos a 2 experimentos. No primeiro, os animais receberam as doses de 2,5; 5,0 e 10 nmoles do antagonista de receptor 5-HT7 SB269970(SB) ou veículo intra-DPAG e, dez minutos após, foram expostos ao labirinto em cruz elevado (LCE). No dia seguinte, os animais foram submetidos aos mesmos tratamentos e testados no campo aberto (CA). No segundo experimento, os animais receberam concentrações crescentes (2%, 4%, 6%) de etanol como única fonte de dieta líquida ou água (grupo controle), ambos com acesso livre à ração. Setenta e duas e noventa e seis horas após a retirada do etanol, os animais receberam SB (2,5 e 5,0 nmoles) intra-DPAG dez minutos anteriores ao teste no LCE e no CA, respectivamente. No experimento 1, a dose do antagonista de 10 nmoles foi capaz de reverter a ansiedade gerada pelo LCE. No experimento 2, as doses ineficazes no LCE de SB (2,5 e 5,0 nmoles) não foram capazes de reverter a ansiedade gerada pela retirada de etanol no LCE, embora a dose de 2,5 nmoles de SB tenha revertido o seu efeito hipolocomotor neste teste.
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Indivíduos dependentes de etanol que diminuem ou interrompem a sua utilização podem apresentar a Síndrome de Abstinência do Álcool, caracterizada por sinais e sintomas desagradáveis que favorecem a recaída, dentre eles, a ansiedade. Por ser uma droga psicotrópica, o etanol é capaz de promover mudanças comportamentais e neurofisiológicas, atuando sobre diversos sistemas de neurotransmissão, entre outros o sistema serotonérgico, que vem sendo diretamente relacionado aos estados aversivos, como é o caso da ansiedade. O presente estudo teve por objetivo investigar a participação do receptor de serotonina do tipo 7 (5-HT7) da substância cinzenta periaquedutal dorsal (DPAG) na ansiedade gerada pela retirada de etanol. Para isso, ratos Wistar com 75-100 dias foram submetidos a 2 experimentos. No primeiro, os animais receberam as doses de 2,5; 5,0 e 10 nmoles do antagonista de receptor 5-HT7 SB269970(SB) ou veículo intra-DPAG e, dez minutos após, foram expostos ao labirinto em cruz elevado (LCE). No dia seguinte, os animais foram submetidos aos mesmos tratamentos e testados no campo aberto (CA). No segundo experimento, os animais receberam concentrações crescentes (2%, 4%, 6%) de etanol como única fonte de dieta líquida ou água (grupo controle), ambos com acesso livre à ração. Setenta e duas e noventa e seis horas após a retirada do etanol, os animais receberam SB (2,5 e 5,0 nmoles) intra-DPAG dez minutos anteriores ao teste no LCE e no CA, respectivamente. No experimento 1, a dose do antagonista de 10 nmoles foi capaz de reverter a ansiedade gerada pelo LCE. No experimento 2, as doses ineficazes no LCE de SB (2,5 e 5,0 nmoles) não foram capazes de reverter a ansiedade gerada pela retirada de etanol no LCE, embora a dose de 2,5 nmoles de SB tenha revertido o seu efeito hipolocomotor neste teste.
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JOSÉ HILÁRIO TAVARES DA SILVA
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CULICIDOFAUNA EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NO MUNICÍPIO DE NÍSIA FLORESTA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL
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Orientador : MARIA DE FATIMA FREIRE DE MELO XIMENES
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MEMBROS DA BANCA :
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HERBET TADEU DE ALMEIDA ANDRADE
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MARIA DE FATIMA FREIRE DE MELO XIMENES
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TATIANA MINGOTE FERREIRA DE ÁZARA
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Data: 30/09/2014
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Os insetos são conhecidos como importantes veiculadores de patógenos infecciosos, particularmente fêmeas de algumas espécies da ordem Diptera, pois necessitam da obtenção de proteínas sanguíneas para a maturação ovariana. O objetivo desse trabalho é realizar um levantamento sobre a ocorrência e abundância de culicideos nos diversos ambientes da Floresta Nacional de Nísia Floresta, no Município de Nísia Floresta, Estado do Rio Grande do Norte, buscando relacionar essa ocorrência com referenciais climatológicos, biológicos e ecológicos. Foram coletados e identificados morfologicamente 8.299 indivíduos, com a seguinte distribuição: 7.677 mosquitos adultos coletados na armadilha Shannon; 397 mosquitos capturados por meio de aspirador elétrico de Nasci; 93 e 132 mosquitos imaturos em larvitrampas e bromélias respectivamente. A maior parte dos indivíduos adultos capturados pertencem à tribo Aedini, destacando - se o Aedes scapularis com maior número de exemplares. Entre as espécies de culicideos encontradas algumas são potencialmente vetoras de arboviroses, protozooses ou filarioses, A. aegypti, A. albopictus, Culex nigripalpus entre outros. O presente estudo torna-se relevante pelo acréscimo de informações sobre a ecologia dos culicideos presentes na região de Nísia Floresta, principalmente nas proximidades da Unidade de Conservação.
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Studies on culicid fauna were conducted in anthropized areas of urban, rural and forest environments in different regions of Brazil. The National Forest of Nisia Floresta (FLONA-NF), located in the metropolitan region of Natal, is an Atlantic Forest remnant submitted to historical stages of anthropization. The fragments are in a stage of slow regeneration of native forest, exhibiting, therefore, heterogeneity of habitats, which enables the development of culicid species with varied hematophagic and behavioral habits. These factors stimulated the present study at the conservation unit. Studies of culicids also allow assessing the degree of environmental change in a number of regions. These insects participate in the epidemiological chains of diseases with extensive geographic distribution and occurrence of large population groups, requiring knowledge of the biological characteristics of species in order to determine the vulnerable points that facilitate control of vector insects. With the aim of performing the first culicid survey in the preserved area of Nisia Floresta, monthly collections of adult and immature mosquitoes were conducted by means of four methodological procedures, using a Shannon trap and Nasci aspirator in bromelias and larvitraps between February 2013 and February 2014. A total of 8,299 individuals were collected and identified morphologically using identification keys. The following distribution was obtained: 7,677 adult mosquitoes collected in the Shannon trap; 397 mosquitoes captured by the Nasci aspirator; and 93 and 132 immature mosquitoes in larvitraps and bromelias respectively. Nine genera of culicids were found with 19 species and three genera without species identification. The present study is relevant for being the first conducted at the site, with the occurrence of species in Rio Grande do Norte state; for adding knowledge about both the ecology of culicids and taxa with medical importance in other parts of the country. Furthermore, it highlights the need for conservation of the Atlantic Forest fragment and analyses regarding urbanization of areas surrounding the conservation unit, considering the potential presence of vertebrate and invertebrate hosts and consequent spread of pathogens with an impact on public health.
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