FREQUENCIA DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA EM CENTROS DE SAUDE DO ESTADO DO RN
Pseudomonas aeruginosa, Resistência, MBL, AmpC.
O crescente aumento da resistência aos antimicrobianos em Pseudomonas aeruginosa é um exemplo notável de como as bactérias podem manter e expressar novas informações genéticas que conferem resistência a uma ou várias drogas. No presente estudo avaliou-se a susceptibilidade a antimicrobianos em isolados de P. aeruginosa em três grandes centros de referência do Rio Grande do Norte. Os isolados foram obtidos entre fevereiro de 2013 e junho de 2014, onde 113 cepas foram isoladas de diversas amostras clínicas por demanda espontânea. As espécies de P. aeruginosa foram identificadas inicialmente nos laboratórios de origem e confirmadas no Laboratório de Micobactérias (LabMIC). A determinação da susceptibilidade deu-se através do Teste de Susceptibilidade aos Antibióticos (TSA). Após determinação da resistência as amostras foram submetidos à avaliação fenotípica confirmatória. Entre os 113 isolados 67,2% (n = 76) apresentaram perfil de resistência a, pelo menos, uma classe de antimicrobianos. Todas as cepas de P. aeruginosaforam susceptíveis a Polimixina B. As maiores taxas de resistência foram verificadas frente à Ofloxacina (57,5%), ciprofloxacina (55,7%), Norfloxacina (55,7%), ticarcilina-ácido clavulânico (43,3%), ceftazidima (41,5%), Meropenem (39,8%), Aztreonam e Cefepime (38,9%). A frequência de resistência foi menor frente à imipenem (36,2%), tobramicina (36,2%), piperacilina-tazobactam (36,2%) e amicacina (28,3%). Das 113 cepas estudadas, 46 (40,7%) apresentaram resultados fenotípicos positivos para produção de AmpC. 50 (44%) apresentaram resistência a, pelo menos, um dos carbapenêmicos, e estas foram submetidas ao teste de detecção fenotípica para produção de MBL. Das 50 amostras com resistência a carbapenêmicos, 21 (42%) apresentaram teste fenotípico positivo para produção de metallo-β-lactamase a partir do teste de bloqueio enzimático, sendo presuntivamente consideradas produtoras de MBL. Os resultados indicaram que o grau de resistência a antimicrobianos em P. aeruginosa tem aumentado.