Banca de QUALIFICAÇÃO: MARCOS ALVES TARGINO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCOS ALVES TARGINO
DATA: 16/04/2014
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Reuniões do CB
TÍTULO:

Fitossociologia e estado de conservação de remanescentes de Caatinga no Rio Grande do Norte, Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Caatinga, Depressão Sertaneja Setentrional, Fitossociologia, Grupos ecológicos.


PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Botânica
RESUMO:

O presente trabalho trata-se de uma investigação da vegetação através de um inventário fitossociológico em remanescentes de caatinga na região agreste do Rio Grande do Norte. O Domínio Caatinga e exclusivamente brasileiro, localizado na região semiárida, principalmente no Nordeste do Brasil. A Caatinga possui diversas fitofisionomias relacionadas à sua grande extensão (ca. 10% do território Nacional) e a variações do clima, solo e relevo, e por isso, considerado um ambiente de grande importância biológica. Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar a comunidade vegetal lenhosa de remanescentes de caatinga com diferentes interferências na região agreste do Rio Grande do Norte. O presente estudo visou também contribuir com o conheciemnto da diversidade de espécies lenhosas, compreender a estrutura e a dinâmica da comunidade vegetacional com vista à sua manutenção e consequente preservação. O estudo foi conduzido no município de João Câmara, na microrregião Baixa Verde, na Fazenda Cauaçu em um fragmento de caatinga com 600 ha. Foram alocadas 20 parcelas de 400m² sendo distribuídas (10 e 10 parcelas) em dois sítios com diferentes históricos de uso e distantes mais que 100 m entre as áreas. Sendo que uma das áreas (A1) apresentava sinais de interferência recente (10 a 15 anos) e a segunda (A2) com poucos sinais de interferência (há ca. 50 anos) de acordo com relato de moradores. Foram inventariadas todas as plantas lenhosas com diâmetro do caule ao nível do solo (DNS) ≥ 3cm e altura total ≥ 1m. A partir dos dados levantados foram calculados os Índices de diversidade, equabilidade e similaridade. O Capitulo I tratou da estrutura da vegetação e o Capítulo II analisou-se comparativamente as duas áreas com o objetivo de discutir a dinâmica de sucessão e as espécies envolvidas nesse processo. Foram inventariados no total 3.107 indivíduos distribuídos em 23 famílias, 40 gêneros e 45 espécies, nas duas áreas amostradas. Desse total 80% das espécies foram identificadas ao nível específico, 17,7% ao nível genérico e 2,3% apenas em família. As famílias Euphorbiaceae e Fabaceae apresentaram maior riqueza e números de indivíduos. Todas as espécies presentes em A2 foram comuns a A1, exceto a carnaúba, Copernicia prunifera (Mill.) H.E.Moore, presente apenas na primeira. Além daquelas citadas para A2, 20 espécies e suas respectivas famílias foram exclusivas de A1. Os resultados da análise dos grupos de sucessão ecológica, mostou que as plantas pioneiras apresentaram maior riqueza (19 spp.), correspondendo a de 50% dos indivíduos em ambas as áreas. Já a análise da classificação diamétrica mostrou que a área A1 está em processo de restauração inicial, devido ao domínio das menores classes de diâmetros (66,2 % dos indivíduos) e também na relação entre as áreas demonstrada pelo aumento dos valores de diâmetro na área mais conservada (A2). Já análise de agrupamento (Cluister) mostrou quatro grupos com características estruturais e espaciais comuns, e estabeleceram uma relação próxima aos resultados obtidos com a classificação em grupos de sucessionais. Conclui-se que os dados obtidos são proximamente a relacionados a outros estudos em áreas de caatinga. Porém, este estudo é o primeiro a contribuir sobre o conhecimento das espécies lenhosas suciossinais de caatinga a investigar a região agreste no Rio Grande do Norte. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1678398 - JOMAR GOMES JARDIM
Externo ao Programa - 1755074 - LEONARDO DE MELO VERSIEUX
Externo ao Programa - 1149364 - LUIZ ANTONIO CESTARO
Notícia cadastrada em: 15/04/2014 16:56
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