Banca de DEFESA: SILVANO CARLOS DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SILVANO CARLOS DE SOUZA
DATA : 15/04/2024
HORA: 08:30
LOCAL: Platarforma de Webconferência
TÍTULO:

O QUE DIZEM OS CURUMINS-ALUNOS MENDONÇAS DO AMARELÃO SOBRE A ESCOLA: ELEMENTOS PARA PENSAR O SUCESSO E O FRACASSO ESCOLAR


PALAVRAS-CHAVES:

fracasso/sucesso escolar; vivências dos curumins Mendonças do Amarelão.


PÁGINAS: 128
RESUMO:

A referida pesquisa foi realizada tendo como principais sujeitos os curumins-alunos da Escola Municipal Indígena do Amarelão que frequentavam o 5o ano do Ensino Fundamental no ano de 2023. A escolha pelo 5o ano se deve ao fato que de acordo com Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa INEP, (2017) a taxa de reprovação no 5o ano foi de 54,8% e aprovação de 45,2% e 0 % de abandono escolar; em 2018. A escolha pelo contexto investigado também se deu porque o povo de origem Potiguara, que vive no território indígena Mendonças do
Amarelão, compõe a maior comunidade indígena do Estado do Rio Grande do Norte. Os procedimentos metodológicos envolveram a pesquisa de campo em uma turma de 5o ano, com 16 crianças, com idade entre 10 e 15 anos de idade. Para tanto, realizamos encontros com os alunos tanto em grupos na sala de aula com a exibição do curta-metragem vida Maria e contação da história, O menino que Aprendeu a Ver, como individualmente através de entrevistas e com questionários. Para o suporte teórico, ancoramo-nos nos estudos Culturais em Educação com autores como Stuart Hall (1997), Bonin, Ripoll e Aguiar (2003) e Costa, Silveira, Sommer (2003). Para nos ajudar a compreender o fenômeno do “Fracasso e do Sucesso Escolar”, acionamos autores como Patto (2010), Bossa (2002), Álvaro Marchesi e Carlos Hernández (2004) Teodoro (2006), Charlout (2006), Esteban (2009) e Sores (1997). Para discutir a educação indígena e educação escolar indígena, fundamentamo-nos nos estudos de Baniwa (2019), Mèlia (1979), Cohn (2005) e de Bonin, Ripoll, Aguiar (2015),
Bonin (2022), Brito (2000). A partir das análises dos dados os principais resultados da pesquisa evidenciam que 31% das crianças indígenas da turma pesquisada não sabem ler nem escrever e, que 50% relataram dificuldades em aprender matemática o que pode comprometer todo o desenvolvimento escolar. As crianças convivem com a cultura da quebra de castanha de caju e alguns já trabalham para ajudar seus pais. São crianças inteligentes que têm sonhos de ser jogadores de futebol, médicos, professores e terem um futuro melhor. A escola indígena está em processo de adequação para garantir uma educação escolar indígena. As
crianças vivenciam a cultura indígena nas atividades específicas na dança do Toré e em peças teatrais sobre a história da comunidade. Para os curumins-alunos o sucesso está relacionado a felicidade, saúde e poder contar com alguém ao seu lado e fracasso é quando não aprendem a ler, escrever e estão sós.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANA PAULA ABRAHAMIAN DE SOUZA - UFRPE
Interna - 6347805 - DENISE MARIA DE CARVALHO LOPES
Externa à Instituição - GIOVANA CARLA CARDOSO AMORIM - UERN
Presidente - 1672888 - MARIANGELA MOMO
Externa ao Programa - 1131585 - PATRICIA IGNACIO - null
Notícia cadastrada em: 05/04/2024 11:10
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