Banca de DEFESA: JONATHAN ALVES MARTINS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JONATHAN ALVES MARTINS
DATA : 20/02/2020
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório 01 do PPGEd - NEPSA II
TÍTULO:

ENGAJAMENTO COLETIVO NA PRIMAVERA SECUNDARISTA: A OCUPAÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL JOSÉ LINS DO REGO


PALAVRAS-CHAVES:

Política educativa. Ensino médio público, gratuito e de qualidade. Ocupação de escolas. Primavera secundarista. Práxis Educativa. 


PÁGINAS: 107
RESUMO:

Esta pesquisa teve por objetivo compreender o movimento de ocupação de unidades escolares realizado por estudantes contra a “Medida de Reorganização” da rede estadual de ensino que o governo de São Paulo tentou implantar em novembro de 2015. O campo empírico desta análise é a ocupação da escola estadual José Lins do Rego e foram suscitados questionamentos sobre se essa mobilização expressou uma luta particular de estudantes secundaristas frente às políticas de educação impostas pelo Estado paulistano ou se, de fato, se constituiu na defesa por uma escola pública, gratuita e democrática com participação popular nas decisões administrativas e pedagógicas da escola. Na análise deste objeto de estudo tomou-se o materialismo histórico e dialético como abordagem teórica e metodológica. Adotou-se como procedimentos de pesquisa: revisão da literatura especializada disponível em teses, dissertações, capítulos de livros e artigos acadêmicocientíficos; análise documental: em leis, decretos, relatórios, atas e pautas elaboradas por ocasião da ocupação. Realizou-se entrevistas semiestruturadas com estudantes e professores que participaram do movimento conhecido como primavera secundarista e, à luz do método documentário, analisou-se registros fotográficos que permitiram apreender a visão de mundo dos sujeitos por meio da análise do habitus coletivo. No curso da investigação, identificou-se que o engajamento coletivo insurgiu ante a crítica à política adotada pelo governo estadual e também se tornou uma forma propositiva ao se aplicar à realidade da escola ocupada, os ideais de educação dos sujeitos ali engajados. As imagens fotográficas analisadas são reveladoras da forma como o Estado brasileiro e, aquele em particular, atua em situações de contraponto ou de conflito, não dialogando, mas, por meio da repressão e com apelos judiciais à reinvindicações populares, de modo particular, no campo da educação. Constatou-se, ainda, que o movimento se configurou para além de denúncias, pois, os estudantes e os demais membros da escola José Lins do Rego deram prova de que, a despeito da violência policial ali instaurada, o autoritarismo não é plenamente triunfante. Ele pode desfazer-se sob a forma de resistência de quem constrói, luta e difunde um projeto de sociedade, de educação e de escola para a transformação social. Isso porque, ao discordarem do modelo de educação vigente – opressor e alienante –, as pessoas, em especial os estudantes engajados deram vida a uma práxis educativa coletiva e horizontal. A escola na qual estudavam e trabalhavam ficou identificada como espaço público educativo e a ela foram atribuídos novos significados, tornando aquele um momento histórico na formação da consciência de classe dos sujeitos que vislumbraram à transformação da realidade por meio de ações coletivas.  


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 6396421 - ANDREIA DA SILVA QUINTANILHA SOUSA
Externa à Instituição - GEOVANIA DA SILVA TOSCANO - UFPB
Interno - 1458867 - GILMAR BARBOSA GUEDES
Externa à Instituição - JEANE FÉLIX DA SILVA - UFPB
Presidente - 019.991.844-91 - MARIA APARECIDA DE QUEIROZ - UFRN
Notícia cadastrada em: 06/02/2020 10:05
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