Banca de DEFESA: GUILHERME MARTINS DELABRIDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GUILHERME MARTINS DELABRIDA
DATA : 25/01/2023
HORA: 09:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

ANÁLISE SÍSMICA DE COLD SEEPS COMO ZONAS DE PROSPECÇÃO NA PORÇÃO OFFSHORE DA BACIA DE BARREIRINHAS, MARGEM EQUATORIAL BRASILEIRA


PALAVRAS-CHAVES:

margem equatorial brasileira; estruturas de escape/percolação; migração de hidrocarbonetos; cold seeps; pockmarks; mounds de águas profundas


PÁGINAS: 120
RESUMO:

A margem equatorial brasileira (MEB) é um segmento oblíquo-transformante com equivalentes geológicos no Golfo da Guiné, África Ocidental. Ambas as margens são oriundas da separação da Pangéia e consequente abertura do Oceano Atlântico Equatorial. Essas áreas tem sido estudadas como novas fronteiras exploratórias e recentemente ganharam atenção pela descoberta de sistemas petrolíferos em águas profundas e ultra-profundas em ambas margens conjugadas. A bacia strike-slip de Barreirinhas, localizada na porção central da MEB, tem equivalentes geológicos com as bacias produtoras de oléo e gás da Costa do Marfim e Tano. Apesar disso, ainda não foram identificadas reservas relevantes na Bacia de Barreirinhas, ainda mais por ser pobremente estudadas em respeito aos sistemas petrolíferos, particularmente os de águas profundas. Este presente estudo visa identificar cold seeps localizadas em estratos rasos e associadas à migração de hidrocarbonetos, indicando possíveis acumulações de hidrocarbonetos ao longo da porção imersa da Bacia de Barreirinhas. A investigação foi feita através de sísmica de reflexão convencional 2D em migração temporal pós-empilhamento, com uso adicional de atributos sísmicos, incluindo RMS amplitude, amplitude instantânea, frequência instantânea e caos. Esses atributos sísmicos são extensivamente utilizados na indústria petrolífera para reduzir riscos exploratórios, através da otimização das linhas sísmicas convencionais. Os resultados do estudo compreendem a identificação de cold seeps, em estratos rasos, associadas à migração de hidrocarbonetos, incluindo falhas com escape de fluidos, chaminés de gás, pockmarks, hydrocarbon-derived diagenetic zone (HRDZ), bottom simulating reflectors (BSR) e mounds de águas profundas. Estruturas regionais morfológicas e estratigráficas compreendem as zonas de ocorrências de cold seeps formadas por escape e percolação de fluidos, o que indica sistemas petrolíferos. No talude continental inferior e elevação continental do setor leste, falhas normais regionais e chaminés de gás controlam a formação de cold seeps. No setor central ao setentrional da elevação continental e planície abissal, diversos mounds de águas profundas são abastecidos por grandes chaminés de gás e falhas. Existem sistemas de células gravitacionais na porção central e ocidental da bacia, onde o domínio extensional é caracterizado por falhas normais, estruturas em flor negativa e chaminés de gás que produzem cold seeps na plataforma externa e talude superior. Esses controles estruturais são relacionados ao domínio compressional do talude continental inferior e elevação continental, onde zonas de descolamento e séries de falhas e dobras são correlacionadas à pockmarks e mounds de águas profundas. Próximo ao domínio compressional ocidental, intrusões ígneas controlam o desenvolvimento de falhas carreadoras de fluidos, chaminés de gás, bright spots e pockmarks. Essas estruturas derivadas de hidrocarbonetos, cold seeps e rotas de migração de fluidos em águas profundas indicam potenciais sistemas petrolíferos em sequências tectono-sedimentares do Aptiano ao Turoniano-Oligoceno no setor central da margem equatorial brasileira. No entanto, técnicas mais refinadas são necessárias para confirmar a presença de ativa percolação e/ou acumulação de hidrocarbonetos. Assim sendo, a Bacia de Barreirinhas pode constituir um campo vasto para a indústria do petróleo e para pesquisa científica, esta especialmente focando na natureza dos HRZDs e mounds de águas profundas, dotados de grande potencial para a geobiologia.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - ***.415.225-** - ANTÔNIO JORGE CAMPOS MAGALHÃES - NÃO INFORMADO
Interno - 2042405 - MOAB PRAXEDES GOMES
Externa à Instituição - NARELLE MAIA DE ALMEIDA - UFC
Notícia cadastrada em: 09/01/2023 14:36
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa04-producao.info.ufrn.br.sigaa04-producao