Banca de DEFESA: JOYCE LORENA OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOYCE LORENA OLIVEIRA
DATA : 26/08/2021
HORA: 09:00
LOCAL: videoconferência - https://youtu.be/wEXjfj7t1vA
TÍTULO:

Geologia e Petrogênese do vulcanismo alcalino miocênico da região de Serra Preta, Pedro Avelino / RN, NE do Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

vulcanismo intraplaca; magma alcalino; Mioceno; sistema de diques; NE do Brasil


PÁGINAS: 69
RESUMO:

O magmatismo cenozoico intracontinental que ocorre no Rio Grande do Norte é caracterizado por pequenos volumes de rochas basálticas na forma de plugs, necks, diques e derrames. Esse conjunto constitui uma ampla província tectono-magmática, fazendo parte do extremo NW do Alinhamento Macau – Queimadas. Parte desse vulcanismo afeta também rochas sedimentares da Bacia Potiguar, gerando auréolas térmicas de contato e contribuindo para a remobilização e maturação de hidrocarbonetos. À leste de Pedro Avelino / RN, três corpos ígneos de diferentes geometrias em mapa intrudem arenitos e carbonatos cretáceos da Bacia Potiguar. O objetivo dessa pesquisa é caracterizar seus aspectos petrogenéticos e investigar o mecanismo de colocação associado, utilizando dados de mapeamento geológico, petrográficos e geoquímicos de rocha total (elementos maiores, menores e terras raras). A expressão superficial do corpo maior, nomeado Serra Preta, é explicada por alojamento magmático com controle tectônico de um sistema de diques de direções NNW-SSE e NE-SW. Em termos petrográficos, essas rochas apresentam textura vulcânica e subvulcânica, sendo constituídas por olivina basaltos (predominante) e diferenciados tardios de nefelina microgabros. A matriz cripto a microcristalina é composta por micrólitos de augita, plagioclásio (~An50), opacos e vidro intersticial. Os dados litoquímicos mostram a natureza relativamente primitiva e alcalina desses magmas, marcada por altos valores de #mg (65-79), MgO (12-19%) e Ni (>200 ppm), além de baixo SiO2 (39-43%) e nefelina + olivina ± leucita normativas. Essa composição resulta em basanitos, melanefelinitos e olivina basaltos fortemente insaturados em sílica. A distribuição das amostras em diagramas do tipo Harker e AFM sugere fracionamento de olivina forsterítica e clinopiroxênio cálcico. Em diagramas multielementares, mostram enriquecimento em terras raras leves (LaN/YbN ~36-18) e em elementos incompatíveis de grande raio iônico, além de anomalias negativas de Rb, K e Hf. Modelamento de fusão parcial em equilíbrio de fonte peridotítica indica baixas taxas de fusão parcial (<10%) de granada lherzolito enriquecido em elementos incompatíveis e com diferentes proporções de flogopita e anfibólio. Modelamento geoquímico de elementos maiores indica taxa de cristalização fracionada de aproximadamente 80% e cumulato contendo olivina, clinopiroxênio, nefelina, magnetita, apatita, perovskita, leucita e plagioclásio cálcico. O mecanismo de colocação de magmas, interpretado como um sistema de diques e não em derrames/platôs, como assumido na literatura, foi favorecido por abertura de espaço em função de tensões locais no Mioceno, reativando estruturas rúpteis que funcionaram como condutos de magmas derivados do manto superior.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2042352 - FREDERICO CASTRO JOBIM VILALVA
Interno - 350630 - ZORANO SERGIO DE SOUZA
Externo à Instituição - ALCIDES NÓBREGA SIAL - UFPE
Notícia cadastrada em: 19/08/2021 17:54
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