Banca de DEFESA: ROANNY ASSIS DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ROANNY ASSIS DE SOUZA
DATA : 03/09/2018
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório LGGP
TÍTULO:

ESTILO ESTRUTURAL E CONTEXTO TECTONOESTRATIGRÁFICO DO GRUPO UBAJARA NO NW DO CEARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

Província Borborema; Grupo Ubajara; estilo estrutural; cinemática; contexto tectonoestratigráfico


PÁGINAS: 65
RESUMO:

O Grupo Ubajara é uma unidade metassedimentar neoproterozoica (ediacarana), de baixo grau metamórfico, que aflora adjacente ao Lineamento Transbrasiliano, no NW do Ceará. Esse lineamento corresponde a uma mega-zona de cisalhamento com direção NE, com rejeito direcional dextral. O Grupo Ubajara faz parte do Domínio Médio Coreaú, sendo totalmente delimitado por zonas de cisalhamento de média a baixa temperatura, seja com o Grupo Martinópole (também de idade neoproterozoica, criogeniano, deformado em grau metamórfico e de strain mais elevado) e terrenos gnáissico-migmatíticos (paleoproterozoicos a arqueanos). Na sua borda SE, o Grupo Ubajara está em contato por falha transcorrente dextral com o Grupo Jaibaras (ediacarano-cambriano), que preenche o gráben homônimo. Os contatos essencialmente tectônicos dificultam a interpretação do contexto estratigráfico-estrutural do Grupo Ubajara e é evidente o contraste metamórfico-estrutural com o Grupo Martinópole e os terrenos gnáissico-migmatíticos. Em adição, a falta do registro de uma não-conformidade, na base do Grupo Ubajara, coloca a hipótese de expressiva aloctonia desta unidade, precedente à deposição do Grupo Jaibaras.O Grupo Ubajara está envolvido em um padrão deformacional complexo, com estruturas contracionais e transcorrentes relacionadas ao Ciclo Brasiliano. O presente trabalho foca o estilo estrutural e as relações tectonoestratigráficas do Grupo Ubajara com outras unidades adjacentes, através da interpretação de imagens de sensores remotos, dados estruturais de campo e de microescala. A análise geométrica e cinemática das macroestruturas (delineadas em imagens orbitais e mapas geológicos), e correlações meso e microscópicas, permitiu o reconhecimento de três fases deformacionais que afetaram o Grupo Ubajara. A fase D1 tem caráter dúctil e é caracterizada por empurrões com transporte para NW e dobras recumbentes a invertidas, com foliação (S1) de mergulho baixo, variando a dobras apertadas com foliação de trend NW-SE a W-E, de mergulho médio a alto. A segunda fase (D2) compreende estruturas dúcteis de regime transcorrente, com cinemática dextral, incluindo zonas de cisalhamento de mergulho forte e direção NE-SW, lineações de estiramento com rake baixo e dobras abertas a apertadas, com foliação (S2) de trend em torno de N-S a NNE. A forma em chifre do Granito Mucambo denota a atuação desta fase durante o alojamento do corpo. Finalmente, uma evolução (estágio tardio) a estruturas dúcteis-frágeis ou frágeis também partilha da mesma cinemática transcorrente dextral que caracteriza a fase D2 (sendo então referida como D2t). A mesma é expressa por falhas normais dextrais NE e normais (e juntas de distensão) E-W a ENE, sendo correlacionada à tectônica transtracional que controla o gráben pull-apart de Jaibaras. Em algumas faixas miloníticas observa-se a elevação do grau metamórfico, sendo que a principal delas produziu milonitização de diques graníticos originalmente com direção E-W, lateralmente alojados em juntas de distensão numa terminação distensional da zona, sendo considerados contemporâneos ao Plúton Meruoca. O expressivo contraste metamórfico-estrutural do Grupo Ubajara, com respeito às unidades mais antigas, bem como a ausência do registro de uma não conformidade na sua base, apontam para expressiva aloctonia do grupo, combinando transporte tangencial (D1) e deslocamento transcorrente dextral (D2), este último associado ao LTB.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 346469 - EMANUEL FERRAZ JARDIM DE SA
Externo à Instituição - VLADIMIR CRUZ DE MEDEIROS - SGB
Interno - 350630 - ZORANO SERGIO DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 09/08/2018 13:53
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