Banca de QUALIFICAÇÃO: EDSON ALVES DE FRANÇA JÚNIOR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDSON ALVES DE FRANÇA JÚNIOR
DATA : 19/12/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 1 - PPGG
TÍTULO:

Litoquímica e química mineral do magmatismo Cálcio-Alcalino de Alto K Equigranular no extremo NE da Província  Borborema


PALAVRAS-CHAVES:

Cálcio-alcalino de alto K equigranular; Litoquímica; Química mineral; Mineralizações; Magmatismo Ediacarano


PÁGINAS: 25
RESUMO:

A Província Borborema é constituída por grandes blocos crustais de idades arqueanas a paleoproterozoicas afetados por diversos granitoides Ediacarano a Cambriano, representados por batólitos, stocks e diques. Os granitoides de natureza Cálcio-alcalina de Alto K Equigranular foram ao longo dos últimos anos estudados de forma individualizada, existindo ainda uma carência do ponto de vista de integração desses dados a nível regional, no que diz respeito a sua filiação magmática, comparação petrogenética (T, P e ƒO2) e evolutiva desses corpos nos domínios Rio Piranhas-Seridó e São José do Campestre da Província Borborema. Neste contexto, os dados aqui interpretados mostraram similaridades em termos de petrografia e filiação magmática, sejam eles na forma de rochas associadas aos batólitos de Caraúbas, Serra do Lima, Acari e Monte das Gameleiras, denominados de Grupo I, como na forma de stocks isolados representados pelos corpos Serra do Caramuru/Tapuio, Serra da Macambira e Serra da Rajada, chamados de Grupo II, e ainda, na forma de diques (Grupo III). Com relação a petrografia, os três grupos mostram a composição modal semelhante, variando de biotita monzogranitos a biotita sienogranitos hololeucocráticos a leucocráticos, com SiO2 entre 64,55-75,40% e K2O+Na2O entre 7,89-9,44%. A paragênese félsica (>85%) é formada por quartzo, plagioclásio e microclina e a máfica pelo predomínio da biotita (≤10%). Os  minerais acessórios, em geral são traços, apresentam composição modal ≤1,5%, representados pela titanita, opacos, alanita, epídoto, zircão, apatita e subordinadamente fluorita (pluton Caraúbas) e granada (diques do pluton Serra do Caramuru). Minerais como clorita, mica branca e carbonato são produtos de alteração em estágios tardi-magmáticos de biotita e feldspatos. Em geral os dados de litoquímica mostram semelhanças entre os grupos, com algumas particularidades entre os elementos maiores. O Grupo II mostra uma tendência para valores mais altos de Fe2O3, MgO e TiO2, em comparação com os granitos dos Grupo I e III. Cálculos da norma CIPW indicam minerais normativos de quartzo e hiperstênio, com as composições dos granitoides variando de supersaturada a saturada. Os plagioclásios normativos indicam o campo dos granitos no ternário Ab-An-Or, mostrando coerência com o diagrama modal Q-A-P. A presença de coríndon normativo principalmente para os plutons dos grupos II e III e diopsídio (±
coríndon) normativo para o Grupo I, corrobora com o diagrama de índice de Shand, indicando uma aluminosidade transicional entre peraluminosa a metaluminosa (A/CNK entre 0,87 a 1,08). Diagramas de variação tipo-Harker mostram correlações negativas entre Al2O3, CaO, Fe2O3, MgO, TiO2, P2O5, Ba, Sr e Zr, sugerindo fracionamento do plagioclásio, seguido dos máficos como biotita, titanita, apatita e zircão. Já o Rb mostra um comportamento incompatível, mostrando fracionamento tardio de Kfeldspato no processo evolutivo do magma. Diagramas para os elementos terras raras (ETR) mostram enriquecimento em ETR leves em relação aos pesados para os grupos I e II. Mostram razões (La/Yb)N entre 15,07 e 60,17 para Grupo I e 8,33 e 35,32 para Grupo II, indicando maior concentração de pesados no Grupo I. As anomalias negativas de Eu (Eu/Eu* variando de 0,23 a 0,71) sugerem fracionamento do plagioclásio. Os diagramas de discriminantes de séries magmáticas mostram uma tendência para um trend evolutivo transicional entre alcalino e cálcio-alcalino, sendo classificados como cálcio-alcalinos de alto K,  com alguns plutons dos Grupos I e III propenso a um trend de natureza mais alcalina. Dados de química mineral (biotita, plagioclásio e titanita) foram obtidos da literatura apenas para as amostras do Grupo I. As biotitas sugerem grupos distintos, com valores de fe [Fe/(Fe+Mg)] variando de 0,715-0,736 (pluton Caraúbas) e 0,532-0,574 (plutons Acari e Monte das Gameleiras), ambas primárias, pertencente no campo da molécula de anita. Substituições catiônicas são do tipo anita-flogopita. A razão #fe/Al(t) mostra que os dois grupos pertencem à série-magnetita. Os diagramas de associação magmática indicam que a biotita apresenta característica transicional entre peraluminosa-cálcio-alcalina. A titanita mostra semelhanças entre TiO2 e CaO, com diferenças apenas no Al2O3 (2,39-4,32%) entre os dois grupos, sugerindo origem magmática. Substituições acopladas mostram correlações
negativas entre Ti e Al+Fe, com valores variando de 0,81-0,85 cpfu e 0,15-0,21 cpfu, respectivamente. O plagioclásio mostra composição no campo do oligoclásio (An10-28%). Na região pesquisada existem diversas ocorrências de mineralização, como por exemplo, as mineralizações de W-Mo tipo skarn de idades variando de 510 ± 2 Ma a 554 ± 2 Ma, obtidas pelo método Re-Os em molibdenita. Dados recentes de U-Pb em zircão mostraram que os leucogranitos apresentam idades bem mais próximas das mineralizações (561 ± 4 Ma). Desta forma, pretende-se, ainda que de forma preliminar, tecer comparações entre os corpos pesquisados e suas possíveis relações com as regiões mineralizadas, com base nos dados de elementos traços e correlações com possíveis fontes para mineralizações. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 080.368.454-15 - ANTONIO CARLOS GALINDO - UFRN
Interno - 2042352 - FREDERICO CASTRO JOBIM VILALVA
Presidente - 1513243 - MARCOS ANTONIO LEITE DO NASCIMENTO
Notícia cadastrada em: 08/12/2017 17:13
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