Banca de QUALIFICAÇÃO: CRISTIANE LEAO CORDEIRO DE FARIAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CRISTIANE LEAO CORDEIRO DE FARIAS
DATA: 27/05/2015
HORA: 14:00
LOCAL: Laboratório de Geologia e Geofísica do Petróleo (LGGP-UFRN)
TÍTULO:

INDICADORES AMBIENTAIS E ECOLÓGICOS DO RIO POTENGI (RN) E DA PLATAFORMA CONTINENTAL ADJACENTE.


PALAVRAS-CHAVES:

granulometria, estuário, diversidade, dominância, ecologia, foraminíferos.


PÁGINAS: 26
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
RESUMO:

Foram estudadas 42 amostras, as quais 18 foram coletadas em outubro de 2011 e 24 amostras foram coletadas em janeiro de 2012. A primeira campanha foi realizada no estuário do Rio Potengi e na plataforma continental adjacente. A coleta foi realizada a bordo de um barco e através do aparelho CTD foi possível coletar dados físicos (salinidade, condutividade, densidade, temperatura e pressão). Para que seja possível estudar a diversidade de foraminíferos e a granulometria, amostras de sedimentos foram coletadas utilizando a draga Van Veen. As amostras foram coradas com rosa de bengala, para distinguir os foraminíferos vivos dos mortos. O programa Primer 6 foi utilizado para obter-se as analises univariadas (índice de diversidade, dominância e equitabilidade) e multivariadas (PCA – Análise do Componente Principal, cluster, MDS – Escala Multi-Dimensional e BEST). Dados ambientais (profundidade, temperatura, salinidade e porcentagens de areia, silte, argila, enxofre e carbono orgânico) foram padronizados e submetida às analises de PCA para identificar tendências ambientais. As análises de MDS e cluster foram aplicadas aos dados biológicos. O programa ArcMap 10 foi utilizado para confeccionar mapas de contorno das densidades relativas de nove espécies de foraminíferos selecionadas species (Ammonia sp, Bolivina sp, Caronia exilis, Cibicides sp, Elphidium sp, Hanzawaia boueana, Pseudononium atlanticum, Quinqueloculina sp e Textularia sp). A primeira campanha mostrou que o estuário e a plataforma adjacente são tipicamente marinhos, com uma grande diversidade de espécies e a presença de espécies tolerantes a alta salinidade. No Rio Potengi, entre a Capitania dos Portos e a Ponte de Igapó, há uma baixa diversidade de espécies com uma maior dominância de espécies tolerantes à água doce, como Caronia exilis e Ammotion salsum. Foram identificadas duas áreas – fonte de poluição: a primeira sendo correspondente ao despejo de dejetos provenientes da carcinicultura, onde a diversidade de espécies foi muito baixa com a dominância marcante de espécies oportunistas: Ammonia tepida, Bolivina striatula e Quinqueloculina milleti. A segunda fonte foi identificada perto do Canal do Baldo, onde os canais principais de esgoto são despejados no Rio Potengi. Nessa regiao, a diversidade foi baix tambem e há a dominância de espécies oportunistas: Ammonia tepida, Bolivina striatula e Quinqueloculina patagonica. Em relação às espécies de foraminíferos, a segunda campanha revelou a formação de três grupos: plataforma interna Norte (5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 and 16), plataforma interna Sul (17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24) e Rio Potengi (1, 2, 3 e 4). Ambas as análises de PCA e BEST revelaram a distinção dos três grupos influenciados principalmente pela profundidade, CaCO3 e carbono orgânico. As analises de cluster e MDS demonstraram que as espécies de foraminíferos indicadoras principais são: Ammonia tepida, Quinqueloculina patagonica, Cassidulina subglobosa, Trochamina inflata and T. squamata, as quais ocorrem principalmente na plataforma interna Sul; as espécies Bolivina striatula, Cibicides fletcheri, Quinqueloculina lamarckiana, Q. milleti, Pseudononion atlanticum, Textularia earlandi, T. gramen e Trochamina discorbis ocorrem principalmente no Rio Potengi; as espécies Hanzawaia boueana, Elphidium discoidale, Cibicides valvulanatus, C. variabilis, Discorbis peruvianus, Quinqueloculina lamarckiana, Pseudononion atlanticum, Textularia earlandi, T. gramen e Trochamina discorbis aparecem mais frequentemente na plataforma interna Norte. A área de estudo demonstrou que os impactos foram causados pela ação antrópica, resultando em uma baixa diversidade de foraminiferos com a dominância de algumas poucas espécies. A utilização de foraminíferos como bioindicadores e parâmetros abióticos é uma alternativa eficiente para monitorar e identificar prováveis áreas submetidas à poluição e a contaminação.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2218779 - HELENICE VITAL
Interno - 2042405 - MOAB PRAXEDES GOMES
Presidente - 166.483.808-29 - PATRÍCIA PINHEIRO BECK EICHLER - UFRN
Notícia cadastrada em: 12/05/2015 16:17
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