DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIAS ANALÍTICAS ALTERNATIVAS POR CROMATOGRAFIA GASOSA PARA ANÁLISE DE BIODIESEL
biodiesel, cromatografia a gás, caracterização
No Brasil, desde o início do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, em 2004, diversas matérias primas foram avaliadas para a sua produção, tentando aliar a diversidade agrícola do país ao desejo de diminuir os custos de produção. Para determinar a composição química de amostras de biodiesel produzidas a partir dos óleos mais comuns, os métodos internacionais têm sido largamente utilizados no Brasil. Porém, para análises de biodiesel produzido a partir de algumas matérias primas alternativas, alguns problemas analíticos foram detectados. Esse foi o caso do biodiesel de mamona. Devido à necessidade de contornar esses problemas, novas metodologias foram desenvolvidas, utilizando colunas cromatográficas, padrões e diferentes métodos para quantificação, privilegiando a sempre simplificação dos equipamentos, a realização de análises mais rápidas, diminuindo os custos e facilitando a rotina dos laboratórios de pesquisas e de produção do biodiesel. No caso das análises para quantificação da glicerina livre, o etilenoglicol, padrão muito mais barato e de fácil aquisição, foi utilizado no lugar do 1,2,4-butanotriol, sem perda da qualidade dos resultados. Nas análises do metanol a não utilização do headspace, diminuiu os custos do equipamento utilizado. A determinação detalhada dos ésteres presentes ajudou o conhecimento mais profundo da composição de amostras de biodiesel provenientes de matérias primas alternativas. O relato dos experimentos e as conclusões das pesquisas que resultaram no desenvolvimento de metodologias alternativas para controle de qualidade da composição do biodiesel produzido no Brasil, país com enorme variabilidade de espécies na agricultura, são os objetivos dessa tese e estão relatados nas páginas seguintes.