Banca de DEFESA: CARLOS ALBERTO POLETTO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLOS ALBERTO POLETTO
DATA: 19/12/2011
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Nuprar
TÍTULO:

GESTÃO COMPARTILHADA DE P&D EM PETRÓLEO: A INTERAÇÃO ENTRE A PETROBRAS E A UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE


PALAVRAS-CHAVES:

gestão, inovação, parceria universidade-empresa, dependência de recursos, redes interorganizacionais


PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia Química
RESUMO:

Este trabalho que aborda a relação universidade-empresa tem como objetivo compreender o modelo de Gestão Compartilhada de P&D da Petrobras com a UFRN. Trata-se de um estudo de caso em que se procurou investigar se o modelo de cooperação estabelecido pelas duas instituições agrega inovação, se gera conhecimento técnico-científico e se contribui para a articulação com outros atores locais na promoção da inovação tecnológica. Além da pesquisa documental os dados necessários à análise foram obtidos através do envio de questionários aos coordenadores de projetos de P&D da empresa e da universidade. Também foram realizadas entrevistas com sujeitos que participaram do processo estudado desde o seu início até os dias atuais. Este estudo de caso foi analisado teoricamente através da Visão de Recursos e de Redes Interorganizacionais. Os dados amostrais também permitiram observar que: as pesquisas estavam alinhadas ao planejamento estratégico da empresa e que 29% dos projetos de P&D tiveram sucesso quanto ao alcance dos objetivos propostos (dos quais 11% foram incorporados aos processos da empresa); que foi produzido conhecimento técnico-científico registrado por centenas de publicações nacionais e internacionais, teses, dissertações, onze patentes, e por inovações tecnológicas radicais e incrementais; que a parceria também trouxe benefícios aos processos acadêmicos induzidos pela melhoria na infraestrutura da UFRN e pela mudança de “atitude” da universidade (atualmente com destaque nacional na pesquisa e formação de quadros para o setor petróleo). Quanto ao modelo, do ponto de vista técnico embora tenha alguns problemas deduz-se que ele é adequado. Do ponto de vista de gestão o modelo é criticado por conter um excesso de burocracia. Do ponto de vista estratégico a destinação dos recursos oriundos do marco legal necessita ser reavaliada, pois está focada somente no nível superior e entende-se que deva chegar também ao nível médio dada à nova realidade do setor petróleo no Brasil, para isso é desejável agregar o poder público local na parceria. O conjunto das informações levam à concluir que o modelo identificado e nomeado é uma inovação de arranjo organizacional aqui denominado de Gestão Compartilhada de P&D (em Petróleo da Petrobras com a UFRN). Afirma-se que o modelo de Gestão Compartilhada é possível de existir, que é uma forma simples e eficaz para o gerenciamento de parcerias entre empresas e ICT’s. Ele foi criado por contingências decorrentes do marco regulatório e por dependência de recursos. A parceria é resultante de um processo de Convergência, Construção e Avaliação apoiado no tripé Simplicidade, Sistematização e Continuidade, fatores importantes para a sua consolidação. Na prática foi construído um arranjo organizacional inovador para gerir parcerias universidade-empresa que é definido por uma relação diádica em dois níveis (institucional e técnico, portanto a governança é híbrida), por reuniões de medição trimestrais sistemáticas padronizadas e contrapartida financeira proporcional ao avanço da pesquisa. Estes detalhes conduziram ao estabelecimento de um ponto de interação entre as dimensões científica e tecnológica-empresarial, desmistificando que sejam dois mundos distantes.

Este trabalho que aborda a relação universidade-empresa tem como objetivo compreender o modelo de Gestão Compartilhada de P&D da Petrobras com a UFRN. Trata-se de um estudo de caso em que se procurou investigar se o modelo de cooperação estabelecido pelas duas instituições agrega inovação, se gera conhecimento técnico-científico e se contribui para a articulação com outros atores locais na promoção da inovação tecnológica. Além da pesquisa documental os dados necessários à análise foram obtidos através do envio de questionários aos coordenadores de projetos de P&D da empresa e da universidade. Também foram realizadas entrevistas com sujeitos que participaram do processo estudado desde o seu início até os dias atuais. Este estudo de caso foi analisado teoricamente através da Visão de Recursos e de Redes Interorganizacionais. Os dados amostrais também permitiram observar que: as pesquisas estavam alinhadas ao planejamento estratégico da empresa e que 29% dos projetos de P&D tiveram sucesso quanto ao alcance dos objetivos propostos (dos quais 11% foram incorporados aos processos da empresa); que foi produzido conhecimento técnico-científico registrado por centenas de publicações nacionais e internacionais, teses, dissertações, onze patentes, e por inovações tecnológicas radicais e incrementais; que a parceria também trouxe benefícios aos processos acadêmicos induzidos pela melhoria na infraestrutura da UFRN e pela mudança de “atitude” da universidade (atualmente com destaque nacional na pesquisa e formação de quadros para o setor petróleo). Quanto ao modelo, do ponto de vista técnico embora tenha alguns problemas deduz-se que ele é adequado. Do ponto de vista de gestão o modelo é criticado por conter um excesso de burocracia. Do ponto de vista estratégico a destinação dos recursos oriundos do marco legal necessita ser reavaliada, pois está focada somente no nível superior e entende-se que deva chegar também ao nível médio dada à nova realidade do setor petróleo no Brasil, para isso é desejável agregar o poder público local na parceria. O conjunto das informações levam à concluir que o modelo identificado e nomeado é uma inovação de arranjo organizacional aqui denominado de Gestão Compartilhada de P&D (em Petróleo da Petrobras com a UFRN). Afirma-se que o modelo de Gestão Compartilhada é possível de existir, que é uma forma simples e eficaz para o gerenciamento de parcerias entre empresas e ICT’s. Ele foi criado por contingências decorrentes do marco regulatório e por dependência de recursos. A parceria é resultante de um processo de Convergência, Construção e Avaliação apoiado no tripé Simplicidade, Sistematização e Continuidade, fatores importantes para a sua consolidação. Na prática foi construído um arranjo organizacional inovador para gerir parcerias universidade-empresa que é definido por uma relação diádica em dois níveis (institucional e técnico, portanto a governança é híbrida), por reuniões de medição trimestrais sistemáticas padronizadas e contrapartida financeira proporcional ao avanço da pesquisa. Estes detalhes conduziram ao estabelecimento de um ponto de interação entre as dimensões científica e tecnológica-empresarial, desmistificando que sejam dois mundos distantes.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 347559 - WILSON DA MATA
Externo ao Programa - 349728 - MARIA ARLETE DUARTE DE ARAUJO
Externo ao Programa - 347057 - TEREZA NEUMA DE CASTRO DANTAS
Externo à Instituição - MAURO ROBERTO BECKER - PETROBRAS
Externo à Instituição - WALTER FERNANDO ARAÚJO DE MORAES - UFPE
Notícia cadastrada em: 08/12/2011 16:57
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