Banca de QUALIFICAÇÃO: RAFAELLY LIRA CAVALCANTI LIMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAFAELLY LIRA CAVALCANTI LIMA
DATA : 15/10/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do NUPPRAR/UFRN
TÍTULO:

Reúso da água produzida na fabricação de fluidos de perfuração base emulsão inversa e sua influência nas propriedades do fluido


PALAVRAS-CHAVES:

Reúso de Água Produzida, Fluido de Perfuração, Resíduo Oleoso e Fluido Base Olefina.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

A produção de petróleo tem um papel fundamental para a economia e para a garantia do desenvolvimento da sociedade. Entretanto, durante todas as suas etapas, dentre elas a perfuração, há impactos ambientais que precisam ser minimizados. Esta problemática ambiental é antiga, e surgiu com a geração de resíduos considerados tóxicos, que não podem ser dispensados e/ou depositados arbitrariamente no meio ambiente, sem tratamento, pois causam prejuízos severos. Tem-se o fluido de perfuração base olefina e a água produzida como resíduos de considerável volume gerados para a exploração e produção de petróleo. Diminuir o passivo ambiental gerado pela demanda de fluidos de perfuração através da reutilização de água produzida, gerada pela própria indústria na formulação de fluidos base olefina sintética, mostra que a indústria de petróleo pode se reinventar e trabalhar para absorver seus próprios resíduos. Evitando a utilização de água limpa na formulação dos fluidos e diminuindo o volume final de resíduo. Nesse trabalho foram formulados e testados fluidos de perfuração a base de olefina contendo entre 20-40% de água produzida sem tratamento. Inúmeros testes foram realizados tanto com a água produzida como com os fluidos de perfuração. Verificou-se o potencial de inibição do resíduo e se este apresentava inibição compatível com as fases aquosas já utilizadas para fluidos a base de olefina, a água produzida simulou um resíduo com elevado grau de dificuldade em relação ao seu tratamento, contendo óleo sob a forma emulsionada, Água Produzida (AP) real também foi testada. Foram realizadas comparações entre os fluidos já usados atualmente e os preparados com as diferentes águas produzidas. Através do planejamento experimental fatorial 33 pôde-se verificar a influência da água produzida, do viscosificante e do emulsificante nas propriedades reológicas e na estabilidade elétrica das emulsões dos fluidos. Utilizou-se, além do viscosímetro que é normalmente usado em campo um reômetro afim de se obter resultados preditivos de maior confiabilidade. Foram realizadas análises de corrosão nas diferentes águas produzidas, bem como nos fluidos formulados a partir delas, e comparado seu potencial de corrosão em relação ao fluido base olefina atualmente utilizado nas operações de perfuração. Os testes mostraram que a água produzida, embora corrosiva, não afeta o potencial de corrosão dos fluidos de perfuração, visto que esta como se encontra emulsionada não é a fase molhável/externa do fluido. Sabendo que o fluido de perfuração deve atender as necessidades da operação de perfuração, desenvolvendo suas funções de forma adequada, verificou-se o comportamento dos parâmetros reológicos e se os resíduos poderiam afetar o desempenho do fluido em relação à limpeza de poço. Realizou-se simulações em software comercial para uma típica geometria de poço offshore. De acordo com o projeto direcional simulado, a última fase correspondente ao poço aberto tem início já no trecho horizontal de 90°. Os fluidos fabricados com água produzida apresentaram desempenho equivalente aos já utilizados e corrosão semelhante. Para todas as vazões estudadas, a simulação apresentou limpeza satisfatória para os seguintes critérios: concentração de sólidos menor que 6% e altura relativa menor que 15%. Considerando o poço limpo e padrão de limpeza heterogênea, tornando-se uma alternativa promissora na área de fluidos.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - KLISMERYANE COSTA DE MELO - IFRN
Presidente - 347057 - TEREZA NEUMA DE CASTRO DANTAS
Interna - 1531209 - VANESSA CRISTINA SANTANNA
Notícia cadastrada em: 01/10/2019 15:32
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa11-producao.info.ufrn.br.sigaa11-producao