Banca de QUALIFICAÇÃO: CRISTIANE PAULINO DE MENEZES SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CRISTIANE PAULINO DE MENEZES SANTOS
DATA : 05/10/2018
HORA: 15:00
LOCAL: AUDITÓRIO DO CCET
TÍTULO:

Controle de zona de falha na percolação de fluidos ricos em sílica em bacias sedimentares. Implicações na geração de selos.

PALAVRAS-CHAVES:

FLUXO DE FLUIDOS, ZONAS DE FALHA, SILICIFICAÇÃO

PÁGINAS: 30
RESUMO:

O fluxo de fluidos é um fenômeno intimamente relacionado a falhas geológicas, podendo estas se comportar tanto como condutoras quanto como selantes. O comportamento hidrológico de uma zona de falha desperta interesse em diversos ramos da ciência e indústria. Pois pode determinar se um meio rochoso tem condições de ser um reservatório de água, hidrocarbonetos ou outros depósitos minerais. A Falha de Afonso Bezerra constitui o mais importante lineamento com direção NW na Bacia Potiguar. Esta falha corta diferentes unidades da bacia e associado a ela, um intenso processo de silicificação tem sido observado. A principal proposta deste trabalho é compreender como este processo atuou nas diferentes unidades afetadas e quais as principais consequências desse processo no sistema permo-poroso da bacia. Para isso, foram mapeados segmentos da falha com presença de silicificação em rochas siliciclásticas e carbonáticas, realizadas análises petrográficas, de fluorescência e difratometria de raios-X, microscopia eletrônica de varredura (MEV) com electron dispersive scanning (EDS), termometria de inclusões fluidas, análises de densidade e porosimetria das porções não afetadas e afetadas pelo processo de silicificação. Os resultados mostraram que as amostras provenientes de zonas afetadas pela falha, apresentam cimentação em quartzo microcristalino preenchendo os poros e sobrecrescimento de quartzo em grãos detríticos, nos arenitos. Nas rochas carbonáticas a substituição por sílica é completa. Podendo ser distinguidos três tipos de cimento. A termometria realizada nas inclusões fluidas mostrou temperatura de homogeneização em tornode 50°C. As análises petrofísicas (densidade e porosimetria) mostraram redução de porosidade nas amostras afetadas pela silicificação. Deste modo, conclui-se que o processo de silicificação ocorre de maneira diferente nas duas unidades, porém, em ambas, a falha é o meio facilitador da percolação dos fluidos responsáveis pela silicificação nos arenitos e nos carbonatos e que este processo foi responsável pela redução da porosidade e consequentemente, pelo desenvolvimento de um selo na bacia.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 277437 - MARCELA MARQUES VIEIRA
Interno - 350640 - FRANCISCO HILARIO REGO BEZERRA
Externo à Instituição - SÉRGIO VIEIRA FREIRE BORGES - IFRN